quarta-feira, 30 de novembro de 2005

ENQUADRAS


Há por aí quem tenha um ideal fixo
Mas às vezes porém nem por isso
Alguns não querem o crucifixo
Outras clamam pelo chouriço

Inunda-se este País sem chama
Em rios e mares de desagrado
Afunda-se o País num mar de lama
Mas eu não drago mas eu não drago

terça-feira, 29 de novembro de 2005

BOLA REDONDA


Há sempre um Costa a dar à costa. Grande penalidade contra o Porto? Pois... a bola é redonda mas só rola para um lado.
FRASES



" Porque é que eu hei-de pensar na vida se a vida não pensa em mim?"

segunda-feira, 28 de novembro de 2005

BOLA REDONDA


Querem acabar com os crucifixos nas escolas portuguesas. Acho bem. Como também acho bem que em França não admitam caras tapadas nas aulas aos alunos muçulmanos. Agora o que eu acho estranho é que muitos daqueles que aplaudem a medida portuguesa, critiquem o governo francês. A bola é redonda mas só rola para um lado!
DESPORTO



Uma pergunta inocente: quem é a equipa portuguesa de futebol que tem mais campeonatos ganhos?
DICIONÁRIO
( Grande Dicionário da Língua Portuguesa de Cândido de Figueiredo)



Chuchas - o m. q. chucha-pitos
Chucha-pitos - insecto de longas patas, que habita sítios escuros e a que o povo atribui a morte de pintainhos.

domingo, 27 de novembro de 2005

A MÚSICA DE...
...CHARLES AZNAVOUR



Charles Aznavour nasceu em Paris em 1924 e ainda hoje dá espectáculos por esse mundo fora. Filho de emigrantes arménios entrou para o mundo do espectáculo aos onze anos, compôs mais de seiscentas canções e vendeu para cima de cem milhões de discos. Além de cantor, é actor, compositor e escritor. Foi eleito pela CNN e a revista Time como o artista do século, canta em várias línguas e é embaixador permanente da Onesco. Canções como La mamma, Isabelle, Et pourtant ou Il faut savoir foram top no mundo inteiro. Porque a sua música pertence ao meu imaginário fica aqui registada, acompanhada por uma frase sua: "a minha vida deve ser uma lição de vida para as pessoas que não são atraentes e que vieram de lugar nenhum". Bem haja Aznavour!
DICIONARIO
(Grande Dicionário da Língua Portuguesa de Cândido de Figueiredo)

Desertar:

Despovoar.Desamparar: desertar o seu lugar.Renunciar. Ausentar-se. Afastar-se. Fugir do serviço militar.

quarta-feira, 23 de novembro de 2005

PONTO DE MIRA



Como o tempo corre! Ainda ontem era ontem e tanta coisa se passou entretanto: Os canditatos arrastam-se de terra em terra, beijam as velhinhas e os putos ranhosos, soltam picardias, constroem castelos de sonho num ápice, prometem fazer tudo aquilo que nunca fizeram e pelo caminham vão papando uns jantares e culpando os outros; outros, de saída, descobrem que os idosos e reformados estão em maus lençóis (só agora?!!) ; na Casa Pia é tudo pio, pombinhas brancas que esvoaçam na doce brandura dos nossos sóis, clamam inocência; no apito dourado é tudo de ouro, de alto quilate; os professores dizem não, não querem ser culpados; os farmacêuticos dizem não às medidas; A mãe da Joana não matou a Joana: claro não é culpada; os militares foram lançados às guerras e morrem, mas culpados? não há; o Benfica não ganha há cinco jogos, mas que importa a culpa?; a justiça não tem meios e não tem culpa; a Ota apanhou agora o TGV e não quer descarrilar; o desemprego aumenta mas não querem trabalhar; os bancos têm mais lucros e não querem mais impostos; o Governo não tem culpa, foi o Governo anterior. Ninguém tem culpa? Eu tenho, eu assumo as minhas culpas, porque trabalhei 45 anos e descontei, porque gosto deste País (?!!), porque criei dois filhos e os formei, porque me formei a mim mesmo, porque li e incentivei os outros, porque paguei sempre os meus impostos, porque fui à guerra e voltei, porque acredito no Benfica, na familia, na paz, na honra. Sou culpado, julguem-me e condenem-me, e já que não posso voltar para a ilha, mandem-me para as origens, talvez para o Condado Portucalense, talvez assim fique mais próximo doutros condados.
FRASES



"A arte não é apenas o olhar; não é o resultado de reflexões intelectuais. A arte está intimamente ligada a leis inerentes ditadas pelo instrumento através do qual é expressa. Por outras palavras, a pintura é a pintura, a escultura é a escultura, a arquitectura é a arquitectura."


Hans Hoffman


Pintor alemão radicado nos Estados Unidos, nasceu em 1880 e faleceu em 1966. Elo de ligação entre o expressionismo europeu e o americano na era do expressionismo abstracto e da action painting, contribuiu decisivamente para a difusão de uma arte americana auto confiante. Fundou a School of Fine Arts em Nova Yorque.
ESTOU DE VOLTA



Finalmente estou de volta após umas férias forçadas por um viruzito qualquer que se calhar não estava a gostar das minhas bloguices. Mas um anti-vírus obediente pôs na ordem esse intrometido e obrigou-o a devolver-me os meus acentos: graves e agudos e até os circunflexos. E perplexo ele obedeceu. Sinais do tempo.

terça-feira, 8 de novembro de 2005

PONTO DE MIRA


Franceses, malteses e às vezes. O que fazer? Assim que tiver o computador em ordem vou falar sobre o assunto mas entretanto aceito comentários.

sábado, 5 de novembro de 2005

BREVE RESPOSTA A MÁRIO SÁ-CARNEIRO



Eu sou eu, outro não sou
sou talvez português médio
sou pilar, sou ponte, sou remédio
sei a que venho e para onde vou
POEMA DE MÁRIO SÁ-CARNEIRO




Eu não sou eu nem sou outro
sou qualquer coisa de intermédio:
pilar da ponte de tédio
que vai de mim para o Outro.
BREVE RESPOSTA A EUGÉNIO DE ANDRADE




Quando a ternura
parece já do seu ofício desperta,

E o sono, em incerto barco,
já partiu,

quando cintilantes, irrompem
os teus olhos

E procuram
Nos olhos meus, aventura,

É que te falo das palavras
Loucas e abertas

Por esta navegação segura.
POEMA DE EUGÉNIO DE ANDRADE
Do livro Obscuro domínio



O silêncio



Quando a ternura
Parece já do seu ofíicio fatigada,
E o sono, a mais incerta barca,
Inda demora.
Quando azuis irrompem
Os teus olhos
E procuram
Nos meus navegação segura,
É que te falo das palavras
Desamparadas e desertas
Pelo silêncio fascinadas
BREVE RESPOSTA A ANTÓNIO BOTTO



Depois daquela tua despedida
Em que fui calmo e atento
A vida ganhou outra vida
E reavivou o meu sentimento

Além dessa triste partida
E muito mais que o meu tormento
A vida para mim tem a medida
de viver contigo no pensamento
POEMA DE ANTÓNIO BOTTO



Depois daquela minha despedida
Em que cheguei a ser talvez violento
A vida que resta é outra vida
E o sentimento é outro sentimento

Além dessa miséria conhecida
E muito mais além do meu lamento
A vida para mim não tem medida
E vivo o que me vem do pensamento
PALAVRAS COM E SEM SINAIS


O computador ainda não foi operado, prometo que em breve corrigirei todos os textos, mas por ora vou enviando sinais nas palavras.
OS COMPUTADORES DOS TEMPOS QUE CORREM



Há já alguns dias que não escrevo, não por falta de assunto nem de tempo, mas porque o meu computador resolveu pifar e esta a fazer greve de sinais, como eventualmente já verificaram. Ele é o acento grave que me agrava a escrita é o agudo que agudiza a cabeça. O til é o tal que não aparece, e o chapeuzinho dito acento circunflexo deve ter fugido na cabeça doutro blog qualquer.
O pior é que ninguém me dá solução para o caso e forçosamente terei que mandar o computador para o hospital para uma operação mais profunda. Já parece esta coisa chamada país onde os acentos são graves e se agudizam cada dia que passa, onde os chapeuzinhos, melhor dizendo os barretes são enfiados na cabeça do zé, sem apelo nem agravo, nem agrafes para fechar as feridas que nos abrem constantemente em operações patéticas, inestéticas e muitas vezes assimétricas nestes corpos cobaias que são cirurgicamente estropiados por bistúris em mãos incompetentes.
E como o meu computador, também esta máquina precisa duma operação profunda, senão arriscamo-nos a que estes "informáticos" de ditos brandos costumes, ao verem a máquina a ficar sem sinal, deixem de parte o software e partam para um profilático hardware.