segunda-feira, 6 de março de 2006

MENTAL OBESITY



Não posso deixar de transcrever o texto que que me foi enviado para o mail e que certamente tem corrido mundo. O professor Andrew Oitke publicou o seu polémico livro "Mental Obesity", que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral. Nessa obra, o catedrático de Antropologia em Harvard introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna.

" Há apenas algumas décadas, a humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada. Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses."

Segundo o autor, "a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de protaínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono. As pessosas viciaram-se em estereótipos, juizos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas. Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada."

"Os cozinheiros desta magna fast food intelectual são os jornalistas e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e realizadores de cinema.
Os telejornais e telenovelas são os hamburgers do espírito, as revistas e romances são os donuts da imaginação. O problema central está na família e na escola. Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolates. Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e telenovelas. Com uma alimentação intelectual tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma vida saudável e equilibrada."

Um dos capítulos mais polémicos e contundentes da obra, intitulado "os abutres", afirma:"O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais de realizações humanas. , paA imprensa deixou há muito de informar para apenas seduzir, agredir e manipular."

O texto descreve como os repórteres se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polémico e chocante. "Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais."

Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura. "O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades. Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy: Todos dizem que a Capela Sistina tem tecto, mas ninguém suspeita para que é que ela serve. Todos acham que Saddam é mau e Mandela é bom, mas nem desconfiam porquê. Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto." As conclusões do tratado, já clássico, são arrazadoras. "Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam na decadência. A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxal ou doentia."
"Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo. Não se trata de decadência, uma idade das trevas ou o fim da civilização, como todos apregoam. É só uma questão de obesidade. O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos. O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos. Precisa sobretudo de uma dieta mental.

quinta-feira, 2 de março de 2006

O GRANDE DEBATE DAS PEQUENAS COISAS


A nossa televisão (a do Estado, logo...) continua a debater e bem, todas as segundas-feiras os grandes problemas da nossa sociedade. Falta no entanto um debate das pequenas coisas com que nos deparamos todos os dias em todas as cidades e vilas deste nosso pequeno país. Problemas que parecendo de menor importância têm vindo a aumentar, sem que os politicos, especialmente os autarcas lhes deêm a mais pequena atenção. Voltarei outro dia ao debate, mas deixo já alguns desses flagelos para que possamos meditar: Arrumadores de carros; riscadores de parede; colagem de publicidade nas paredes e obras de arte; publicidade porta-a-porta; ofertas de produtos pelo telefone; postes e tabuletas nos passeios; cuspidores de vias públicas; pombos e cães; educação sexual, moral e cívica e tantos outros aspectos que com pequenas intervenções e baixo custo se poderão resolver.