sábado, 29 de novembro de 2008

Dona Manga no país das Coisas Boas

Era uma vez um reino que era governado pela Dona Gordurança, rainha feia e gorda. Todos os dias nas escolas do reino, os guardas reais, Zeca Hamburger e Joca Pizza, comandados pelo Tozé Batata Frita obrigavam os meninos a comer coisas que lhes faziam mal à saúde. No reino ao lado, a rainha Dona Manga e o príncipe Kivi Verde governavam o país das coisa boas e ao saberem que os meninos comiam tão mal, chamaram todos os seus amigos para lutarem contra Dona Gordurança e seus guardas. E vieram todos ao reino das coisas boas: o Zé espinafre, a menina Cenourinha, Dom Aipo e o Alho Francês, a princesa Ervilha, a rainha Dona Pêra e todos os soldados do reino da frutaria. E assim invadiram o reino das gorduras dando aos meninos daquele reino uma alimentação saudável.

ONDE ESTÁ O DINHEIRO?

Um mês ausente. Um mês sem escrever uma única linha. Mas não se preocupem os meus amigos, que me lêem às vezes, de vez em quando ou quase nunca. Tenho andado atarefado à procura do "dinheiro". Fui aos Estados Unidos, mas os grandes bancos não o têm, corri à Alemanha mas o money não está lá. Da França, da Itália e da Espanha não chegam notas. A Islândia foi-se e o capital pifou, mas não desesperei corri ao BPN, ao BES, ao BPP, ao BCP mas nada, não há liquidez, não há nota, não há pilim! Ó diabo, para onde foi o raio do dinheiro? será que fizeram um bruto churrasco e o comeram todo? ou reconstruiram as torres gémeas com dólares e euros? Cadê o dinheiro? E nisto passei um mês e nem tive tempo para umas bem merecidas férias algures num paraíso, quiçá num paraíso fiscal...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

EXPOSIÇÃO DE PINTURA



Encontra-se patente ao público no Palácio Anjos em Algés, duas exposições de pintura. Uma, a de Paula Rego, mostra-nos uma variedade de desenhos e pinturas dos anos sessenta até 2008. Em colagens, tinta da china, pastel ou tinta acrílica e mesmo em água-forte, em suportes que vão do papel à tela, Paula Rego faz-nos pensar na solidão, no medo, na fragilidade humana. Paula Rego e a sua contundência.
Na outra sala, com o título anos 80, podemos ver pinturas de José Guimarães, Nadir Afonso, Júlio Pomar, Eduardo Batarda e Graça Morais entre outros. Num mesmo espaço duas exposições que merecem a nossa atenção.

O CARRINHO DE CORRIDA

Na minha cidade azul o menino e o carro não são apenas um carro e um menino
poderia ser o carrinho de corridas do menino azul ou o carrinho azul do menino da cidade
mas dentro da cidade dentro do carro dentro do menino há outros meninos que não sendo azuis
são meninos que têm palavras têm sonhos que podem ser azuis

dentro do azul das palavras dos sonhos dos meninos que não têm cor
há uma cidade que não azul mas cinzenta que tolda as palavras e os gestos
e os carrinhos de corrida que são azuis dos meninos que também são azuis
da cidade que é azul morrem nas mãos dos meninos cinzentos
que percorrem as ruas nas escuras noites da minha cidade azul
sem palavras azuis sem sonhos azuis dentro desse carrinho azul de corrida
até ao breu total

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

domingo, 12 de outubro de 2008

FERNANDO PESSOA 2

A exposição da Biblioteca Municipal continha algumas caricaturas e retratos do poeta Fernando pessoa, entre as quais quatro pequenos trabalhos a tinta preta, da autoria deste vosso modesto pintor. Esta dois trabalhos que agora apresento neste blogue foram executados há menos de cinco minutos e juntam-se à meia-dúzia de caricaturas de tenho feito ao longo do tempo.

120 ANOS DE FERNANDO PESSOA


Passam agora 120 anos do nascimento de Fernando Pessoa. A Biblioteca Municipal da Amadora prestou a devida homenagem, fazendo uma exposição comemorativa. Com a presença da Drª. Cecília Neves, do Senhor Vereador da Cultura Dr. António Moreira e do Sobrinho do escritor, a exposição decorreu num ambiente de recordações contadas pelo seu familiar, a par da excelente montagem de painéis explicativos da vida e obra do poeta. Mais uma vez a Cecília Neves e a sua equipa realizaram um trabalho impecável.

AINDA NÃO TEREMOS BATIDO NO FUNDO?


Este pequeno texto é um extracto de um artigo de opinião publicado pelo jornalista Alfredo Farinha. Vale a pena ler este artigo que foi publicado no jornal "O diabo" na Terça-feira passada.

domingo, 28 de setembro de 2008

BENFICA

E o Benfica Ganhou! Ganhou e eu não ganhei para o susto quando vi a constituição da equipa. Confesso que completa só vi a primeira parte, a segunda foi intermitente, porque tinha gente a jantar em casa. Mas o Benfica ganhou e bem, pelo que vi, pelo que li, pelo que ouvi. Não esperava, porque a equipa não está consistente, quer por falta de alguns jogadores, por estarem lesionados ou castigados ou então por opção do treinador. Mas quanto a mim, creio que por falta de classe de alguns dos jogadores que compõem o plantel do glorioso. Um dia farei a crónica da não equipa que temos, por ora é tempo de festejar esta vitória que nos leva para junto do vencido de ontem, na frente da classificação.

PAUL NEWMAN

Morreu o meu actor preferido! Aos oitenta e poucos anos Paul Newman deixou-nos, após uma vida cheia de emoções. Actor, homem dos automóveis, filantropo, este americano marcou a minha geração com interpretações magnificas. Não esqueço o primeiro filme que vi: Os milionários de Filadélfia, depois seguiram outros com grande densidade artística, como "Gata em telhado de zinco quente" com a não menos famosa Elizabete Taylor, "Exodus" e "A cor do dinheiro" onde Newman ganhou um dos seus três Óscares. Vale a pena recordar nos nossos vídeoclubes a carreira deste homem que trouxe para a sétima arte uma nova maneira de representar. Como homem, também Paul Newman se salientou, dando aos outros muito daquilo que ganhou. Que descanse em paz!

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

PARAOLÍMPICOS

Escrevi no dia 4 de Setembro um pequeno artigo sobre os nossos paraolímpicos. Na altura, levado pela onda dos jornais e televisões escrevi paralímpicos. Venho agora rectificar o termo para paraolímpicos, porque o prezado jornalista Rui Cartaxana veio agora a terreiro lembrar que o termo correcto é de facto PARAOLÍMPICOS. E para terminar relembro aqui o êxito dos nossos PARAOLÍMPICOS que trouxeram 7 medalhas, sem queixas nem desculpas e alegria muita. Para quem tem tão poucos apoios e tão grandes dificuldades as medalhas são ouro no mel.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

TILDINHA

Neste país está tudo grosso
que a gente de vergonha até cora
vão dar indemnização ao Pedroso
e o nosso dinheirinho vai-se embora.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

O VALENTÃO DAS DÚZIAS...

Nas minhas arrumações de papéis encaixotados e que merecem agora da minha parte alguma atenção, fui descobrir uma revista do jornal Expresso datada de 6 de Julho de 1996, onde com o título "Um português pouco suave" Felícia Cabrita e Paula Barreiros dão à luz um belíssimo artigo sobre essa figura da cena portuguesa mais conhecida pelo "quantos são, quantos são" . Era tempo do Expresso voltar a lembrar esse artigo, e a nossa televisão também mostrar os célebres diálogos com o Mestre Alfredo Farinha para dizermos ao povo português que a nossa memória não é curta e mostrar quão finório é esse personagem. Bem gostaria de mostrar aqui o conteúdo da revista, mas como ela é muito extensa, limitar-me-ei a publicar alguns excertos.

1958-Escola do Exército:

... o rapaz ( António Alduíno dos Santos) mira e remira a assinatura das senhas, a falsificação era de tamanha perfeição que chegou a duvidar do seu juízo « a assinatura era tão perfeita que coloquei a hipótese de aquilo ser meu». Num instante espalha entre os camaradas as suas desconfianças, e corre à boca pequena que existe um falsário entre eles. Como se provará mais adiante no artigo o falsário era o "Roxinha" alcunha do nosso Valentão...

EXPOSIÇÃO DE PINTURA NO SEIXAL

Foi inaugurada no Sábado na galeria Augusto Cabrita, no Seixal, uma exposição de pintura do meu colega e amigo Acácio Malhador. Com o título "Jardins abandonados" esta exposição estará patente até ao dia 18 de Outubro de 2008.

EXPOSIÇÃO NO CCB

terça-feira, 9 de setembro de 2008

ESTUDO PARA HOMENAGEM A NEW YORK

ESTUDO PARA TRABALHO SOBRE MARK ROTHKO

EXPOSIÇÃO NO MUSEU DO ORIENTE


A Fundação do Oriente mostra-nos no seu museu duas grandes exposições situadas no 1º e 2º pisos. Esta exposição permanente é constituída por duas grandes áreas, uma com a "Presença portuguesa na Ásia" a outra de "Deuses da Ásia". Em simultâneo o museu apresenta uma exposição temporária com o título "Máscaras da Ásia". Com representações de Macau, Timor, India, Sri lanka, Coreia, Tibete, china ou Japão esta exposição procura mostrar ao público a importância da arte destes países asiáticos. A não perder.

EXPOSIÇÃO NO CCB

Foi inaugurada no dia 1 de Setembro uma exposição de desenhos de escritores famosos. Podemos ver desenhos, rabiscos, colagens e pinturas de escritores como Proust, Apolinaire ou de Alamada Negreiros e Ana Hatherly. A escrita e a arte de mãos dadas sempre.

ZÉ DE BEJA

Zé de Beja é a imagem típica do alentejano que largou a terra natal e veio para a grande cidade. Alto e magro, com o chiste na ponta da língua, assentou arraiais às portas de Lisboa e às esquinas das tascas depois do trabalho, dizendo a sua graçola e contando sempre bem disposto, umas anedotas picantes. Venho agora recuperar a sua imagem esperando que as suas larachas possam contribuir para a boa disposição que todos nós precisamos.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

O SILÊNCIO DOS "INOCENTES"

DO JORNAL "CORREIO DA MANHÃ" EXTRAÍ ESTE ARTIGO DA AUTORIA DO JORNALISTA ANTÓNIO RIBEIRO FERREIRA. PORTUGAL NO SEU MELHOR...

Estado do sítio

Silêncio e urdidura

Pronto. Acabou o silêncio de Manuela Ferreira Leite. A líder do PSD, como tinha prometido, falou ontem à tarde, a uma hora imprópria para directos televisivos e para quem aproveitou a noite de sábado para esquecer as agruras de uma vidinha cada vez mais deprimida.

Falou, mas, como seria de esperar, não convenceu os convencidos de que este Governo é o melhor do Mundo, que andam por aí a fazer o que devem e não devem para não serem alvo de alguma medida punitiva dos comissários políticos que estão em todo o lado, tudo ouvem e não perdoam a mínima heresia.

A senhora que lidera o PSD falou duro. A senhora que lidera o PSD falou claro para os indígenas deste sítio pobre, deprimido, manhoso, hipócrita e cada vez mais mal frequentado. Mas a verdade é que as suas palavras vão ser rapidamente levadas pelo vento socialista que vai soprando por esta terrinha. Em qualquer sítio democrático e civilizado as suas palavras dariam por certo um terramoto político. Aqui não. Quando a líder do principal partido da Oposição afirma, sem papas na língua, que o Governo tem uma máquina de comunicação e acção pouco democrática e que procura controlar os cargos públicos, os comentadores e analistas assobiam para o ar e insistem que o discurso foi uma desilusão porque Manuela Ferreira Leite não apresentou alternativas. Quando a líder do segundo partido do sítio afirma que existe uma máquina socialista que controla, persegue, corta apoios, gere favores ou simplesmente demite, os observadores, comentadores e analistas políticos assobiam para o ar, lembram que a senhora é conservadora nos costumes, despreza a modernidade e, claro, não apresentou alternativas.

O silêncio, como se vê, não é da líder do PSD. O silêncio é, afinal, o estado a que isto chegou. Um silêncio feito de medos, de favores, de falsas notícias, de propaganda e de muita corrupção, moral e material. O silêncio é, afinal, a imagem dos saltinhos de alegria e dos sorrisos felizes dos responsáveis socialistas pelo estado a que o sítio chegou quando souberam que um tribunal de primeira instância deu uma indemnização de 130 mil euros ao amigo e deputado Paulo Pedroso. O silêncio, afinal, é a célebre tese da urdidura inventada pelos socialistas para abafar o caso Casa Pia e atirar ainda mais para a valeta as muitas vítimas de abusos sexuais. O silêncio, afinal, é isto tudo. Mentira, cobardia, medo, propaganda e a miséria moral a que tudo isto chegou. Uma completa urdidura.

O LIVRO QUE ACABEI DE LER

Foi o livro que li durante as férias, com o título de "Taxi" e escrito por José Couto Nogueira, jornalista, escritor, fotógrafo e homem de mil ofícios, este romance escrito de uma forma simples, muitas vezes realista, outras poético tem como herói a cidade de New Yorque são histórias variadas, contadas por um motorista de táxi que percorre as noites da cidade, ouvindo sonhos e realidades numa cidade que é um mundo. Acresce que Táxi foi escrito pelo orientador do curso de escrita criativa do Corte Inglés que eu tive o prazer de frequentar.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

POSSO PEDIR UM DESEJO?


Ó engenheiro: vai-te embora ó melga!

PARALÍMPICOS

Bilhete Postal


Com a devida vénia transcrevo do jornal Correio da Manhã este bilhete postal da autoria da jornalista Leonor Pinhão. Mais uma vez os jogos olímpicos, mais uma vez alguns jornalistas metem a pata na poça. Mas a jornalista não deixou passar em claro e lá vai disto...


"Nisto", o quê?

Já estão na China os 35 atletas da missão portuguesa aos Jogos Paralímpicos. Os Jogos começam no próximo sábado. Para redimir as megalómanas ambições patrióticas, tão desenquadradas da realidade e, por isso mesmo, tão abaladas com as modestas participações da selecção de futebol no Euro e dos nossos atletas olímpicos nos Jogos de Pequim, exige-se agora aos paralímpicos que nos vinguem perante a comunidade desportiva mundial.

E perante nós próprios. Está, mais uma vez, o disparate montado. E não podia ser mais lamentável o slogan escolhido para a campanha oficial de apoio à comitiva paralímpica: "É nisto que somos bons." O "somos bons", enfim, já não é grande coisa, mas o "nisto" é intolerável. "Nisto"? Mas "nisto", o quê? Pois é, precisamente, nisto que somos maus.


quarta-feira, 3 de setembro de 2008

E AGORA?

Na sexta-feira 29 de Agosto publiquei um "post" onde mostrava a fotografia de um assalto e com o título "para onde caminhamos?". Agora ao ler que um tal Pedroso vai receber uma indemnização do estado (o nosso rico dinheirinho) apetece-me gritar aquela frase muito em uso no PREC: não se paga, não se paga. Se se abusa dos meninos da Casa Pia e o processo não anda nem desanda, e por este andar o mais certo é os meninos serem presos e os abusadores receberem indemnizações, se no apito dourado e futebóis atrelados toda a gente corrompe e e vicia a verdade do jogo e nada acontece, se os julgados e culpados do Porto andam aí na maior e não lhes acontece nada, se os BCPês tiram, trocam e rapam e tudo bem, se os Loureiros afundaram o Boavista e o Boavista deve e não paga e continua tudo numa boa, se o Vale e Azevedo trocou as voltas ao Benfica e a outros e pirou-se e não lhe tocam, se a Fátima Felgueiras foge para o Brasil e volta e continua a receber o seu ordenadito e tudo bem, se há milhares de devedores ao estado e as dívidas caducam, se os processos nos tribunais prescrevem e todos se safam, porque carga de água havemos nós de levar a mal que meia dúzia ou dúzia e meia de bandidos roubem umas bombas de gasolina ou umas caixas de multibanco? Não andam os bancos a cobrar a mais ? não andam as gasolineiras a encher o papo? Vamos ter pena? Se calhar temos é que fazer o mesmo, não pagar as rendas, não pagar nos supermercados, não pagar ao fisco, assaltar bancos, meter gasolina e não pagar. Será que é isto que os nossos governos querem? Nós por cá todos bem, mas com JUSTIÇA E SEGURANÇA.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

A CIDADE AZUL

Dentro das palavras eu tenho uma cidade
que sonhei azul
dentro da cidade eu tenho o azul
das palavras que sonhei
dentro do sonho eu tenho uma cidade
de palavras azuis
dentro do azul eu tenho uma palavra cidade
neste sonho em que mergulhei

ÉRAMOS TODOS BONS RAPAZES

ESTUDO

ESTUDO

ISTO É PUNTA UMBRÍA

RECORDAR SOFIA

A memória longínqua de uma pátria
Eterna mas perdida e não sabemos
Se é passado ou futuro onde a perdemos


segunda-feira, 1 de setembro de 2008

SEIXAL

Seixal - embarcacao tipica.jpg Estas são as fragatas do meu contentamento, que navegavam silenciosas na baía da minha infância; é este o rio judeu, afluente do Tejo, que enche e esvazia a bela baía do Seixal; são estas as marés que traziam os barcos da pesca do bacalhau, vindos da Terra Nova; são estas as águas onde os golfinhos brincavam aos pares por entre botes e chatas deliciando o meu olhar; foi aqui que nasci, à beira rio, desfrutando do casario de Lisboa, ali bem perto, sonho de menino, miragem realidade tantos anos depois. Seixal a dois passos de Lisboa, é um destino que vale a pena visitar, cidade calma, com muitos motivos de interesse, fica a poucos minutos de Lisboa tanto por terra como por mar.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

JOGOS OLIMPICOS

Escrevi a dez de Agosto o que pensava sobre os jogos olímpicos. Acertei no alvo! Os nossos jornaizecos e os politicotes do costume embandeiraram em arco com as possíveis medalhas (para eles estava no "papo". Foi o que se viu. As desculpas do costume vieram a seguir. Eu nunca espero medalhas, espero sim que divertindo-se, compitam, com dignidade com respeito pelo país. Quem se prepara durante quatro anos não pode chegar lá e desistir. Ainda que seja uma festa, todos são pagos pelo erário público, logo, têm ainda mais razão para lutar pelo melhor resultado, além desse bem comum que é sentir a camisola de Portugal. Para Londres, daqui a quatro anos, a aposta não pode ser pagar a meia dúzia para competir, mas sim massificar o desporto para poder escolher dúzia e meia.

LISBOA TRISTE FADO

PUNTA UMBRÍA E OLÉ

PUNTA UMBRÍA



Porta ou cancela que faz fronteira neste claro escuro que é o limite da alegria e tristeza que nos envolve. Punta Umbría nada tem a ver com isto, portugueses e espanhóis sim.

AS FÉRIAS

O meu último post foi a 12 de Agosto, daí para cá, este "reformado" gozou um pequeno período de férias, para a partir de Setembro recomeçar em força todos os projectos que tem em mente e concluir alguns que foram ficando para trás. Com o atelier já em fase de acabamentos, pronto para se iniciar o meu projecto de pintura, com as aulas da universidade sénior a começarem a 15 de Setembro, com alguns escritos em fase de conclusão, a minha actividade vai ser frenética.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

OS PAPÉIS QUE TENHO NA GAVETA

Com a nova organização do meu atelier, desencantei um monte de desenhos e papéis pintados, que de algum modo são pequenos estudos para futuros trabalhos e como não quero que eles se percam vou colocá-los no computador e de vez em quando no blogue. Para já saíu esta meia dúzia depois se verá.

ESTUDO

ESTUDO

ESTUDO

ESTUDO

VISÃO

CRISTO

domingo, 10 de agosto de 2008

BREVE DISSERTAÇÃO SOBRE O AMOR

O amor é entendimento, compreensão, é perceber Cristo, estender a face aos pequenos escolhos que se nos depara pelo caminho, é entender a imensidade dos grandes projectos, nossos e dos outros, é caminhar nas pequenas vielas com a mesma firmeza que caminhamos nas grandes avenidas, é mergulhar nos mares das dúvidas com a certeza de achar uma tábua de salvação, é passear nas areias da praia da vida de mãos dadas com a verdade.

O AMOR É PERCEBER QUE TAMBÉM EXISTE OUTRA PARTE

JOGOS OLÍMPICOS


Nélson Évora liderou a comitiva de Portugal no desfile de abertura



Os jogos Olímpicos são uma festa, é um mundo que se cruza e vive e se diverte e compete. Deveria ser assim, mas os nossos jornaizinhos enchem os dedos das mãos e contam as medalhas que devemos ganhar e depois... depois é o vento, é o sapato, as dores de cabeça, o azar e quase nunca que os outros também estão lá para competir. Os jogos são uma festa, que os nossos atletas se divirtam e se trouxerem algumas medalhas ainda melhor.

A PINTURA DE MIRÓ

Este quadro, intitulado “Campo Lavrado” (1923-24), é um exemplo da forte expressão da pintura de Miró. O BPN ainda não revelou que quadros tem do pintor, mas Cadilhe vai vendê-los


Arte: 82 pinturas garantem crédito incobrável

Quadros de Miró valem 150 milhões

O Banco Português de Negócios (BPN) quer vender os 82 quadros de Joan Miró, um dos mais famosos artistas espanhóis, que tem em sua posse desde que um grupo económico espanhol falhou o pagamento de um avultado empréstimo concedido pelo banco no tempo de Oliveira e Costa. A Christie’s, uma das leiloeiras mais prestigiadas do Mundo, já avaliou as obras e está a preparar um plano para a sua alienação. Estima-se que esta venda permita arrecadar, no mínimo, 150 milhões de euros.

Ao que o Correio da Manhã apurou, os especialistas da Christie’s, leiloeira do Reino Unido, estiveram em Lisboa em meados de Julho passado e, segundo fonte conhecedora do processo, "ficaram surpreendidos com a veracidade dos quadros". A presença dos especialistas da leiloeira britânica em Lisboa destinou-se não só a avaliar a originalidade das obras de arte de Miró na posse do BPN, mas também a estabelecer um valor global para aquele património artístico. Para reforçar a liquidez financeira do banco, a nova administração do BPN, liderada por Miguel Cadilhe, "tem intenção de vender os quadros em momento oportuno", diz a mesma fonte.

A partir da avaliação artística e económica realizada em Lisboa, a Christie’s irá fazer ao BPN uma proposta para a venda dos quadros. Para já, está ainda em avaliação se o BPN irá vender os 82 quadros de Miró, uma das maiores colecções do Mundo do artista espanhol, de uma só vez ou em várias vezes.

Desde que as obras foram parar à posse do BPN – por força de um grupo económico espanhol não ter pago o crédito pedido ao banco – o custo de conservação e manutenção dos quadros, incluindo a verba referente ao crédito garantido, já ronda os 75 milhões de euros. Mesmo assim, esta desp esa corresponde apenas a 50 por cento da receita mínima estimada com a venda dasobras: 150 milhões de euros é quanto poderá render ao BPN a venda dos 82 quadros de Miró.

UM SURREALISTA APAIXONADO PELA FANTASIA NAIF

Natural de Barcelona, Joan Miró nasceu no dia de Natal de 1893, mas ainda jovem escandalizou as mentalidades conservadoras ao proclamar "o assassínio da pintura" como lema da sua actividade. Considerada única, singular e original, a obra que deixou nos domínios da pintura, gravura e escultura é por vezes identificada como surrealista, de toque naïf, embora ele o negasse.

VALOR DAS OBRAS SUPERA EXPECTATIVAS DOS LEILOEIROS

Os quadros de Joan Miró atingiram valores de venda muito elevados em leilões de arte realizados nos últimos tempos. Só em 2007 três obras do famoso pintor espanhol surrealista foram arrematadas por um total de 27,58 milhões de euros.

Num leilão realizado em Paris, no final de Dezembro de 2007, uma dessas telas, a ‘Blue Star’, datada de 1927, foi vendida por 11,6 milhões de euros. Para se ter uma ideia precisa do potencial de valorização dos quadros de Joan Miró, basta referir que a ‘Blue Star’ – que o próprio autor qualificou como "quadro-chave" da sua obra – estava avaliada num valor compreendido entre cinco e sete milhões de euros.

No mesmo leilão foi arrematada uma outra tela de Miró, a ‘Bird’, por 6,2 milhões de euros. Já em Junho de 2007 fora vendido, num leilão organizado pela Christie’s, um quadro do pintor espanhol, o ‘Le coq’, por 9,78 milhões de euros, um valor muito acima dos 6,6 milhões de euros de avaliação máxima prevista pela leiloeira.

Miró, além da pintura, dedicou--se também à tapeçaria e produziu cenários para ballets.

BOM MOMENTO PARA VENDER

A oportunidade para a concretização desta operação por parte do BPN é considerada boa por galeristas consultados pelo CM, que prevêem a realização de altos lucros.

"Aquilo que é caro e valioso, como é o caso, tem sempre oportunidade", diz Lima de Carvalho, director da Galeria de Arte do Casino Estoril. Segundo este especialista, "a cotação será altíssima, mas para quem tem muito dinheiro, não é nada", acrescenta.

Por seu turno, Pedro Serrenho, director da Associação Portuguesa das Galerias de Arte (APGA), sublinha que "artistas como Miró e outros autores de arte moderna, do início do século XX eespecialmente d o pós-gu erra, têm tido ultimamente uma evolução acima do que seria expectável para momentos de crise". Este responsável, ele próprio galerista, argumenta ainda que "o valor dos artistas que possam surgir em leilão, nomeadamente os consagrados, como Miró, tem sido evolutivo e seguro", apesar da crise.

Lima de Carvalho sublinha, numa outra perspectiva, que "a crise também afecta os ricos, mas não tanto como a classe média".

PORMENORES

SAIBA MAIS

LOCAIS DE TRABALHO

Miró pintou os quadros em Montroig, perto de Barcelona, Maiorca, Paris, Varengelli-sur-Mer, no litoral da Normandia, em França.

132% foi a valorização do quadro de Miró mais caro. Avaliada por cinco milhões de euros, a ‘Blue Star’ foi adquirida por 11,6 milhões.

217 quadros de Miró é o número total de quadros do pintor espanhol que estão na Fundação com o mesmo nome do autor. Já o BPN tem 82 telas dele.

NOTAS

VALOR - COLECÇÃO IMPORTANTE

Ao reunir um total de 82 quadros de Joan Miró, o BPN tem uma das maiores colecções privadas do Mundo de pinturas do famoso pintor surrealista nascido em Espanha

PROTECÇÃO - SEGURO GARANTIDO

O BPN tem cedidas quatro telas de Miró para exposições fora de Portugal. Todas as obras, incluindo as emprestadas, têm seguros para a protecção deste valioso património artístico




Artigo extraído do jornal Correio da Manhã

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

CAPA DO LIVRO ESTE MAR QUE ARDE

AS BALEIAS

A ÁRVORE

QUEM MATOU 2

Do jornal Correio da manhã retiro os comentários feitos por público leitor do periódico. Há pergunta que faço no post anterior há nos comentários uma resposta interessante...


06 Agosto 2008 - 11h19 | Fernanda lisboa
e triste porque se isto se passa se com um casal português estes já estariam presos e os restantes filhos seriam tirados a família.
06 Agosto 2008 - 10h54 | Adérito Marques
Nunca pensei que a força dos Ingleses superasse a Justiça Portuguesa! Agora o MP por em causa a PJ...Que vergonha! Já pensaram nos benefícios que este casal de Ingleses tem tirado com a morte da filha? Bem que gostaria que os pais nada tivessem com o assunto, mas não acredito. Lisboa
06 Agosto 2008 - 10h24 | Maria
O Ministério não quer admitir que os Mccann tivesse cometido o crime porque não convêm. Seria muito mau admiti-lo e sobretudo agora!
06 Agosto 2008 - 09h53 | António Silva
Então a menina foi morta. è ponto assente. E quem a matou? Terão sido os gémeos? Francamente Sr. Procurador!!!! Não se pode beliscar os ingleses... Somos parvos ou quê?
06 Agosto 2008 - 09h47 | MCL
O Ministério Publico é o RESPONSÁVEL pelo inquérito. Delega é na PJ o inquérito do mesmo. Mas como é o RESPONSÁVEL tem a obrigação de acompanhar a evolução do mesmo. Fraco, muito fraco, é o Chefe que não acompanhando devidamente o trabalho dos seus subordinados, lhes aponta os erros nas "derrotas" e disputa ou exige para si a glória das vitórias.
06 Agosto 2008 - 09h45 | Marta Richer
Lógica do Ministério Público, yes SIR!!! Sim rendemo-nos, sim nós sabemos que foi morta mas vamos enterrar a cabeça na areia para não sofrer revés políticos, enfim uma VERGONHA!!! Afinal a culpa morre sempre solteira quando há interesses e poder!!! Que justiça é esta?
06 Agosto 2008 - 09h16 | Vitor Almeida
Não percebo nada de leis,muito menos de investigação.Neste caso o que me deixa perplexo é não se encontrar o verdadeiro autor ou o mandante,dado que por fortes pressões politicas dos ingleses,não se investigou até ao fim. Gostaria de saber o que aconteceria se um português praticasse um acto igual.Recordam o que passou o camionista que foi apanhado com uma arma de defesa? Que justiça é esta?
06 Agosto 2008 - 09h11 | couceiro
O despacho do MP é inconsequente! A Maddie vivia com quem? A responsabilidade era de quem? Ainda por cima joga a culpa na PJ!Realmente alguém tem de arcar com as responsabilidades...
06




QUEM MATOU?

06 Agosto 2008 - 00h30

Arquivamento do processo

MP admite admite que Maddie foi morta

O Ministério Público (MP) admite que Madeleine foi morta, descarta a tese do rapto, mas não acredita que o casal McCann esteja envolvido na morte da filha. No despacho de arquivamento, o procurador Magalhães e Menezes diz que Kate e Gerry foram negligentes, mas deixou cair o crime de abandono e encerra a investigação com críticas ao trabalho da Polícia Judiciária (PJ).

COMO É BOM SER ADVOGADO

Anda por aí o senhor advogado todo pimpão a correr todas as estações de televisão, a dar entrevistas, a escrever nos jornais a defender não sei o quê. Fosse eu milionário para lhe oferecer uns milhares largos de euros e ele porventura estaria noutro campo a atacar tudo e todos.

AINDA MADDIE

Descubra as diferenças

“A investigação criminal não tem de ser politicamente correcta”.

Aqueles que me conheceram pela Comunicação Social formaram uma opinião com base na minha ligação ao chamado caso Maddie. Durante a investigação, mesmo depois de ter sido afastado, fui alvo das mais terríveis acusações por parte da imprensa britânica, por alguns comentadores de serviço da nossa praça e por um senhor, cujo papel não se entende muito bem, chamado Clarence Mitchell. Nas vésperas da publicação do livro que conhecem, este senhor foi enviando avisos: que eu "tivesse muito cuidado" – pasme-se!

Quero deixar claro que considero inaceitável este tom vindo de um súbdito da mais velha Democracia do Mundo. Cuidado, porquê? Porque posso escorregar numa casca de banana caída no passeio? Será que o senhor Mitchell está preocupado com a minha segurança ou saúde? Não creio. Todos percebemos o seu tom ameaçador.

Em Portugal, não estamos habituados a que nos falem assim. Nem tão-pouco é essa a opinião que temos do povo britânico, mas há sempre alguns que destoam. Uma investigação criminal não tem de ser politicamente correcta nem temer ameaças veladas. O livro apenas tem factos e não contém nenhuma acusação. Assim se vêem as diferenças.

Gonçalo Amaral, Ex-coord. investigação Criminal


Retirado do jornal Correio da manhã

terça-feira, 5 de agosto de 2008

A JUSTIÇA NO SEU MELHOR

Quando um casal estava na sua casa, em plena noite, foi assaltado por três meliantes. A mulher que estava no quarto deu pelo assalto, foi buscar uma pistola e alvejou dois dos ladrões, matando um e ferindo o outro que entretanto fugiu numa viatura conduzida pelo terceiro bandido. Moral da história, os dois ladrões andam a monte e o casal está preso por tentar defender o que é seu. E viva a justiça...

PORTUGAL NO SEU MELHOR

O Ministério das finanças deste país resolveu enviar fiscais a casa dos contribuintes devedores, para verificarem se estes têm bens para penhorar. Por outro lado estão a perdoar dívidas aos países dos PALOP alguns dos quais são bem mais ricos que Portugal. E viva a democracia...

domingo, 3 de agosto de 2008

PRAIA DAS MAÇÃS

Por uma razão ou outra, não tenho feito os meus pequenos almoços no Centro Cultural de Belém, nas manhãs de Sábados ou nas de Domingo. Contudo neste último Sábado preparava-me para saborear as delícias da zona ribeirinha quando o telefone tocou e surgiu o convite para um almoço algures. Coisa rara de um filho que há muito abriu asas e voa sozinho embora ao fim do dia regresse ao ninho. Sugeri que fôssemos à Praia das Maçãs, aproveitando o sol que se fazia sentir, e poder desfrutar da maresia e das águas revoltas que a praia sempre nos oferece. Ir até Sintra é um passeio que frequentemente se faz, mas descer a serra por entre o arvoredo, no serpentear da estrada, passar por Galamares, curvar para Coláres e seguir até à Praia das Maçãs já não é um percurso assim tão habitual. A beleza do caminho, todo ele pelas sombras das árvores seculares, ainda está presente em mim. Hoje, como ontem, o velho eléctrico, vai marginal à estrada, percorrer o mesmo trajecto até desembocar na praia. Espreito os dois lados da via, e lá continuam os mesmos chalés, incrustados no pinhal que orla o caminho, o velho hotel e a colónia de férias. Hoje, como ontem, desci à praia, caminhei pelo passadiço de madeira que atravessa a praia e fui até à base da pequena serra que se intromete entre a Praia das Maçãs e a Praia Grande e que é berço daquele pequeno riacho que vem não sei donde, marginado por canaviais e arvoredos e que foi rio da minha infância. Parei ali, vergado ao peso das memórias, só eu sou o mesmo, as águas que correm para o mar são outras, os ventos que me fustigam o rosto são outros, as ondas que enrolam o meu olhar são também outras. No Sábado renasci ali!

ESTAMOS EM FÉRIAS

Moita Flores no Correio da Manhã:

Deixem-nos descansar!

“Que se lixe se o País está parado. Pelo menos enquanto está nesse estado não tropeça”.

O País entrou na modorra estival. A Assembleia da República foi de férias. O Governo foi de férias. As repartições públicas entraram em regime de bocejo e o povo acha que está de férias porque o Verão chegou.

De repente, o Presidente da República interrompe o seu lazer algarvio. Vai fazer uma comunicação ao País. Um sobressalto do caraças.

O que teria acontecido de tão transcendente para o Presidente da República deixar a preguiça e comunicar? E logo circularam os boatos, mais velozes do que um foguete.

Ia anunciar a bancarrota do País. Preparava-se para informar sobre a unificação ibérica com a capital económica em Madrid.

Ou, até, vinha sugerir a hipótese de uma intervenção do Estado para impedir João Moutinho de jogar num clube estrangeiro.

O pessoal abandonou as esplanadas e as cervejolas mais cedo e sintonizou a atenção para as 20h00.

Uma desilusão! O chumbo do Tribunal Constitucional à autonomia dos Açores. Um País inteiro em fato de banho suspende a safra de tremoços e imperial, desinteressa-se das mamas da vedeta que veraneia em Punta Cana, interrompe as discussões sobre o ‘Apito Final’, fica o pessoal em pânico e afinal tudo por causa de um estatuto de autonomia?

Não está certo. Não é notícia que dê pica. Talvez seja para os açorianos, fartos de serem esquecidos pelos governos de Lisboa, mas não estimula a fauna que se bronzeia e se refastela nas praias algarvias.

Nada de sobressaltos. A coisa vai. Há desemprego mas não se pode dizer que Portugal esteja desempregado.

Há muita gente com fome e sem férias, mas também existe malta sem fome e com férias.

Uma Soraia qualquer está novamente apaixonada, o Cristiano Ronaldo já engatou outra brasa boa como o milho e o campeonato está aí á porta.

Férias são férias, pá! Serve aí mais umas cervejolas e traz tremoços.

Que se lixe se o País está parado. Pelo menos enquanto está nesse estado não tropeça.

Sossegadinho é que ele está bem. E não voltem a assustar-nos com um estatuto, seja ele qual for. Uma pessoa ainda tem um enfarte com um sobressalto destes.

Só os juízes do Tribunal Constitucional se lembram de trabalhar no Verão. É mesmo para embirrar.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

MEMÓRIAS

Ainda tenho presente as reportagens da nossa televisão quando chegavam aos cais de Lisboa os paquetes vindos do Ultramar, carregados de soldados; ainda tenho presente quando ao vivo, descendo as escadas do velho navio "Império" vi as cenas do desembarque; ainda tenho presente as críticas que os senhores de hoje, opositores da altura, faziam a estas situações; ainda tenho presente, após o 25 de Abril, o "nem mais um soldado para o ultramar". Quantos de nós fizeram três, quatro ou mais anos de guerra e chegaram (os que chegaram) a um cais vestido só de povo, sem uma única autoridade a dar as boas vindas. Hoje, com surpresa minha, vejo militares a partir para terras (que não as nossas) fazer uma comissão de seis meses(!!), e regressar com as mesmas cenas, agora com grandes reportagens de televisões e generais à espera. Só não vejo as tais vozes que gritavam "nem mais um soldado para o Ultramar", só não vejo os tais politicotes a criticar esta situação. A memória é curta...

ELES NÃO SÃO PORTUGUESES

Ao fazer uma limpeza nos meus papéis, descobri este artigo publicado há tempos num jornal diário e da autoria de Inácio G. de Morais de Lisboa. E porque me parece oportuno, nesta onda de choque de comunidades, resolvi dar à página neste blogue as palavras deste português.

"Não é possível integrar uma comunidade de 500.000 africanos (e outros), com uma taxa de natalidade que lhe permite duplicar o número em cada 25 anos, num país de oito milhões de habitantes com o índice de natalidade próximo do zero.
Não é possível continuar a dar a nacionalidade portuguesa aos filhos de estrangeiros só pelo facto de nascerem em Portugal.
Não é possível continuar a "hospedar" estrangeiros, em sucessivas passagens pelas prisões portuguesas (não fica barato ao contribuinte português) sem os expulsar do país.
Não é possível continuar a dar e a vender passaportes portugueses a qualquer estrangeiro que mova influências ou tenha dinheiro para o comprar.
Não é possível continuar a assistir à distribuição de casas camarárias a africanos (e não só) pagas com o dinheiro dos contribuintes, enquanto os naturais desta terra pagam as suas sob pena de penhora.
Não é possível que as nossas crianças vivam sob permanente terror de agressão de repetentes africanos (e não só) nas escolas (a maioria deles são repetentes).
Não é possível continuar a dizer, como se dizia nos tempos coloniais, que os africanos são portugueses. Eles não são portugueses, ao contrário do que dizia o Dr. Salazar, e possuem países que, com toda a justiça, são independentes. Nós, portugueses, também temos direito ao nosso país. Eles aqui são apenas hóspedes.
Não é possível continuar a dizer que os africanos fazem aquilo que os portugueses não querem quando os nossos trabalhadores da construção civil emigram para outros países por falta de trabalho legal em Portugal.
Não é possível continuar a ouvir impassivelmente políticos, cujos filhos andam em colégios particulares, andam em carros oficiais e vivem longe dos bairros africanos (e outros) em condomínios privados, com segurança privada e oficial, conduzirem este país para uma guerra.
É trágica a cegueira dos políticos que confundem os portugueses adeptos da colonização de África com os portugueses que não querem ver os portugueses colonizados.
É preciso que os partidos digam qual a sua posição sobre a imigração.
É preciso que a nacionalidade portuguesa apenas possa ser atribuída pelo casamento e possa dar direitos de eleitor a quem a adquira mas não possa dar direito a ser eleito.
É preciso uma lei que permita a expulsão dos estrangeiros após terem cumprido uma primeira condenação, sem direito a qualquer amnistia.
É preciso consultar a população em referendo para se instalar em qualquer autarquia, cidadãos africanos (e outros) em bairros camarários.
É preciso clarificar todas as situações de estrangeiros que têm passaporte português por golpes de "engenharia jurídica".

domingo, 27 de julho de 2008

O PAÍS DAS MARAVILHAS

Hoje estou na onda das transcrições e por isso aqui fica este artigo publicado no blogue do Dr, José Maria Martins, advogado de Bibi no célebre caso Casa Pia:




"Há medo em Portugal.
Os portugueses têm temor ao Poder da Maçonaria , que mina a nossa sociedade e perverte uma Nação Católica.
Há hoje uma luta surda entre uns milhares de maçons, que foram tomando o Poder Político e condicionando o Poder Económico e os outros milhões de portugueses.
Há uma luta surda entre ateísmo e cristianismo.
Através do Partido Socialista a Maçonaria ganhou um Poder Político e Económico tenebroso.
A Maçonaria tem corrompido o Poder Judicial, ataca a Igreja Católica nos seus valores fundamentais.
À medida que a esmagadora maioria do Povo Português passa mal - milhões já na pobreza - assiste-se à Maçonaria a tomar as rédeas do Poder.
O grupo de maçons que foi tomando o Poder Político consolidou-se e vai alargando o recrutamento.
Nas magistraturas ,com o efeito perverso que tem. Precisamente porque as relações entre maçons exigem solidariedade, apoio, o que é incompatível com a imparcialidade e isenção que os magistrados têm o dever de observar.
O Partido Socialista alargou tentacularmente o seu poder, dando forma política à Maçonaria que o domina.
António Guterres, cristão , foi cilindrado no Partido Socialista , e perdeu o Poder.Mais uma vitória da Maçonaria.
A situação neste momento é de medo. Os portugueses têm medo do Poder do Partido Socialista e dos maçons.
A maçonaria tornou-se a porta de entrada para o Poder. Deixou de ser a escola de virtudes democráticas , de liberdades, filosofia que esteve na sua génese, para se transformar em "empresa" de recrutamento para o Domínio do Estado, do Poder Económico, do Poder Mediático.
Os cristãos têm de se mobilizar.
O caso já é de uma guerra surda entre os ateístas e os cristãos.
Sente-se em surdina como que uma "guerra santa" em Portugal.
Nós, cristãos, temos de ter muita atenção e temos de reagir, correndo do Poder os maçons, que atacam os nossos costumes, as nossas crenças, os fundamentos da nossa religião.
A pouco e pouco os maçons vão impondo os seus valores, vão destruindo a nação do "Fidelíssimo", El Rei D. João V.
Qualquer dia é proibido que os santos tenham ruas com o seu nome, será proibido que as freguesias, vilas e cidades de Portugal tenham nomes de santos.
Está na hora de começarmos a reagir.
Meia dúzia de milhares de indivíduos não podem dominar tudo isto.
Os portugueses não devem ceder ao medo.
Medo nunca!
Somos livres e temos mecanismos para derrotar os ateístas da Maçonaria que estão a dominar e a perverter todos os nossos valores religiosos ancestrais.
Eu respeito , em absoluto ,qualquer religião, qualquer ateísta. cada um é livre de crer ou não crer! E de ter a sua religião,seja ela qual for.Ou não ter religião.
Mas não aceito que através da Maçonaria, da força, os valores com que fui criado sejam destruídos pelos ateus.
Se os ateus querem destruir a minha religião, tenho o direito de a defender, segundo a Lei de Deus.
Temos todos o Direito de a Defender. E o dever de a defender."


O NOSSO FUTEBOL

Do Correio da manhã extraí este pequeno artigo de um jornalista sem medo que se chama Rui Cartaxana.



"Este incidente do Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol veio pôr a descoberto a extensão das raízes do ‘sistema’ que domina o futebol e que o ex-presidente do Sporting, Dias da Cunha, um dia identificou com os rostos dos seus líderes, a quem apontou o dedo – Pinto da Costa e Valentim Loureiro.

Seis anos depois, um e outro estrebucham, finalmente, nos emaranhados da Justiça desportiva, tentando, desesperadamente, apagar punições transitadas em julgado, protelando ou arrastando para as calendas gregas a inevitável aplicação dos regulamentos e da lei.

Pôr as escutas em causa, não por elas não serem autênticas e reveladoras, mas por supostas minudências legais, falsificar perante a UEFA o facto incontroverso de o castigo da CD da Liga ao FC Porto ser definitivo, dado que aceite e não recorrido pelo clube, ‘forçar’ as tristes figuras de Gonçalves Pereira e de João Leal, o presidente do CJ e seu digno assessor, eis o que até neste país de maravilhas dificilmente resultaria. Nem mesmo com uma imprensa em grande parte acrítica, fiel e disponível, quase de cachecol ao pescoço, mais pronta a fazer promoções do que notícias."

MADDIE

A minha opinião, como disse anteriormente, está formada: estes ingleses hum?!! Cheira-me a esturro e como podem ler no artigo anterior, não é só a mim que esta história cheira mal, por isso gostaria de ler a opinião dos leitores deste blogue. Como já li o livro, vou a partir de agora, transcrever pedaços de alguns capítulos para em conjunto podermos comentar as decisões tomadas até então. Penso que agora é que o processo vai ganhar vida oxalá encontremos a verdade.

A VERDADE DA MENTIRA

Com a devida vénia transcrevo do jornal Correio da manhã este artigo de opinião de Francisco Moita Flores:



O livro prometido por Gonçalo Amaral esgotou nas primeiras horas. Quem o leu, ou vai ler, perceberá que havia todas as razões para não aceitar como única explicação a informação posta a circular pelas televisões inglesas de que Maddie tinha sido raptada. Se compaginarmos o livro com o relatório final da PJ, percebermos definitivamente que era materialmente impossível ter sido raptada.

O raptor inteligente entrara pela porta e a seguir transformara-se em estúpido saindo com a criança por uma janela entreaberta, que o obrigaria a passar pelas camas das outras crianças que dormiam – e que continuaram a dormir na algazarra da busca. Aliás, se saísse à rua no momento em que as testemunhas dizem que aconteceu, e tendo em conta os depoimentos que prestaram sobre as visitas às crianças, tinha de passar entre o pai, amigos que falavam, que iam e vinham. O livro confirma muito daquilo que aqui escrevemos ao longo de muitas páginas. Os procedimentos técnicos não diferem de caso para caso.

Obedecem a protocolos informais mas tão rotineiros que não é preciso estar lá para se perceber o que está a acontecer. A equipa de Gonçalo Amaral cumpriu-os todos, com excepção de um. Ele é generoso quando assume esse erro, que não foi seu. Ou pelo menos não foi só seu. Gonçalo admite que errou quando tratou o casal, numa primeira fase, com acrescidas cautelas. É um erro e grande. Mas foi ele quem decidiu que fosse assim? Não terá havido por aí um director incapaz, daqueles incompetentes que sobem nas instituições à custa da sua burrice natural e do servilismo, a dar uma ordem dessa natureza? Os medrosos têm em primeiro lugar medo do poder e só depois da morte.

Um caso comunicado pelo governo inglês, com mediação de embaixadores, tem de ter forçosamente um director apagado pelo meio, mediando entre o servilismo a quem manda e o despotismo para quem lhe obedece. Pressinto que na defesa da sua honra, fazendo saltar a verdade que muitos desejam que seja mentira, Gonçalo Amaral não disse tudo. Mesmo ao assumir o erro deu o corpo às balas para defender a sua instituição. Posso estar enganado, mas quem conhece as rotinas da investigação também presume conhecer os mecanismos de subordinação.

Uma palavra final para o sr. Mitchell: o melhor que encontrou para dizer foi que o livro é um pretexto para ganhar dinheiro à custa da menina. Logo ele, cuja vida nos últimos tempos não tem sido outra coisa. Gente que não distingue entre uma libra e o direito à defesa da honra. Vendem-se por qualquer preço. No caso do sr. Mitchell, por bom preço, segundo se diz.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

A TILDINHA

Eu sou a tildinha tenho poucos anos de idade dizem que sou precoce que é coisa que eu não sei o que é e que sou tagarela porque isso eu sei o que é porque falo muito e chateio os crescidos que nunca me dão atenção e eu estou aqui porque me pediram para dizer coisas e como eu digo muitas coisas vão escrever aqui o que eu digo e digo que no outro dia ao jantar pedi à mamã «ó criada dás-me água por favor?» a mamã ficou muito zangada e perguntou-me se eu sabia o que era uma criada e eu respondi que não e ela disse-me que as criadas são as empregadas que lavam a roupa limpam a casa e fazem a comida e eu respondi-lhe « então o que é que tu fazes cá em casa?» a mamã fez uma cara feia tapou a boca para não rir e mandou-me para a cama. Até outro dia que agora também vou para a cama

DESCARTES

Hoje passei pela Biblioteca Municipal para passar uma vista de olhos pelos jornais do dia, enquanto esperava pela vaga de um qualquer periódico, tirei um livro das estantes que me rodeavam, por acaso, meramente por acaso, puxei "os princípios da filosofia" de Descartes e como um jornal vagava só tive tempo de ler duas frase do princípio do livro:

"Aquele que investiga a verdade deve, uma vez na vida, duvidar de todas as coisas, na medida em que isso for possível"

" As coisa duvidosas devem ser tidas como falsas"

A propósito o que é que isto me faz lembrar?

quinta-feira, 24 de julho de 2008

MADDIE

Há um ano, quando se iniciou o caso da pequena inglesa, fiquei com a impressão de que aqueles pais não jogavam certo, impressão apenas pois de investigação e direito nada percebo. Nunca acreditei nas balelas que os nossos jornais iam debitando a torto e a direito. Nunca quis ser injusto nem para com os pais nem com a polícia. Não sei se a nossa polícia é melhor ou não que as outras, mas sempre lhe dei o crédito da investigação. Mas todas aquelas certezas acerca do rapto me fizeram confusão. Ouvi toda a gente a pôr em causa a investigação, jornalistas, advogados, "doutores" e outros espertos da nossa praça. Vi gente com responsabilidades a espetar farpas na "fera" e como vimos o animal caiu ferido de morte. Hoje, ao ler o livro "A verdade da mentira" e ao ver o seu autor na grande entrevista na televisão, reforcei ainda mais aquela impressão que tinha sobre o caso e agora com maior convicção acredito de que não são só os pais que não jogam certo. Há mais, há mais. E por aqui fico, mas voltarei ao assunto.

terça-feira, 22 de julho de 2008

A FONTE DAS MARAVILHAS

E dizia o coitadinho do cigano a uma das televisões (que continuam a dar tempo de antena a esta minoria):"ai senhor, assaltaram-me a casa, roubaram-me o plasma e a televisão do quarto do miúdo e a play station e o vídeo". E coitadinhos como têm uma renda alta de oito ou dez euros mensais, que claro com tantas dificuldades nem a pagam, como não trabalham, nem pagam impostos e vivem à custa dos subsídios de inserção social e dos abonos de família, ainda teremos de fazer uma subscrição pública para lhes comprar todas essas necessidades que lhes foram roubadas (?!!).

sábado, 19 de julho de 2008

RACISMO

Jornal da noite, uma das nossas televisões apresenta uma reportagem sobre o bairro da Fonte. Na entrevista feita a uma habitante branca, dos 20% de brancos que vivem naquela zona, esta foi muito clara quando disse que o racismo vem muito mais da parte dos pretos do que dos outros habitantes e refere que os pretos dizem à boca cheia que como cada casal tem cinco e seis filhos, dentro de pouco tempo têm a maioria (porque nós, brancos só temos um) e mandarão neste país. Não sei se será ou não assim, mas tendo em conta que existem em Portugal mais de 300.000 africanos e a maioria são mulheres e cada mulher começa a parir aos 14 e 15 anos quem quiser fazer as contas se calhar o exercício não será muito difícil e o resultado assustador. Cada vez mais Lisboa e os arredores estão infestados de minorias que são, como no caso do Bairro da Fonte, a maioria, uma maioria pejada de armas, de droga e de racismo. Quem põe cobro a isto?!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O AMOR É

Crescer sem futuro
Tirar um curso e não ter emprego
Viver rodeado de brasileiros, de pretos, de ucranianos, de romenos e de ciganos
Ser assaltado a cada esquina e não ver o ladrão na prisão
Ver os impostos a subir e o ordenado a descer
Dar a moedinha ao drogado que nos risca o carro
Ter uma Casa Pia e perdoar aos pedófilos
Apitar para iniciar o jogo da corrupção e dar sempre muitos descontos
Ter uma justiça que não existe
Ter uma educação que não educa
Ter uma saúde que não cura
Ter uma pesca que não pesca
Ser velho e comer e calar
Ser português aqui neste país da treta.

ÀS ARMAS

Após as cenas bem típicas do Texas, que por estes dias as nossa televisões trouxeram a lume e os jornais evidenciaram, vêm os ditos cujos muito preocupados a dizer que há milhares de armas ilegais em mãos preocupantes. Bem sabemos que as ditas minorias têm armas, traficam armas e as usam como quem bebe um copo de água. Mas era bom que se lembrassem das armas que no após revolução desapareceram dos quartéis e estarão sabe-se lá onde. E mais, tão perigosa quantos estas, a caneta, usada em mãos de certos jornalistas, pode ser e tem sido seguramente uma arma altamente perigosa. Acontece que essas mãos preocupantes têm um poder que não há colete à prova de bala que nos valha.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

OUTRAS VOZES

Com a devida vénia aqui reproduzo alguns títulos de um jornal que não dá "graxa ao cágado":

"AUDÁCIA, TENACIDADE, VONTADE, CORAGEM"
É claro que o regime falhou. É claro que capotou por falta de uma estratégia nacional.

Alberto João Jardim


"O MAGNÂNIMO REINVENTADO"
Será tempo de reinvenção de um novo Marquês de Pombal, que nos salve da desgraça. Todos os povos têm na sua história, altos e baixos. Portugal, de há 34 anos a esta parte, anda nos baixos. Venha um Marquês de Pombal! Haja fé. confiemos!

Godinho Granada


"REALIDADES E FANTASIAS DESTES DIAS CONTURBADOS DA POLÍTICA E DO FUTEBOL"


A burla monumental das "SAD" beneficiou quem?

Como vai o estado da nação? Pior...muito pior... coitadinha!


Alfredo Farinha

AI MAR

Ai mar, ai mar
afinal
parece que vais desaguar...
...ao Seixal.

terça-feira, 15 de julho de 2008

AI MAR

Ai mar Ai mar
para onde corres
onde vais desaguar?
vens de fragata para o Tejo?
ou de barco rabelo para o Douro?
vens a nado para um Tejo que polui?
ou para um Douro virado ao tinto?
Na minha opinião, nisto de desvios
a esta costa já se foi Rui
está zarpando para outra costa Pinto
E MAIS UMA VEZ FICAMOS A VER NAVIOS!

RÁDIO E TELEVISÃO

Vejo pouca televisão, quase sempre a fazer correr os programas, mas há dois que paro para ver sempre que os apanho: o professor Hermano José Saraiva e o Project runway dedicado aos desiners que querem entrar no mundo da alta moda.
Quanto à rádio, só oiço quando vou a conduzir e gosto sobretudo do "Amor é" do professor Júlio Machado Vaz e de um outro programa transmitido ao Sábado de manhã na antena um, que se chama "lugar ao sul". Gosto e recomendo.

PRÓS E CONTRAS

Não sei qual foi o tema desta semana porque entrei tarde no programa, mas pelo decorrer da conversa creio que andou pelo estado da nação ou a sociedade civil. Duas figuras me seduziram: o bastonário da Ordem dos Advogados Dr.Marinho Pinto e um Prof. universitário de seu nome Artur Anselmo. Do primeiro sobressai a frontalidade e o questionar de situações pouco claras e que afectam o bom andamento da Justiça; do segundo, a clarividência de um homem sensato que pôs a nu as debilidades do homem português; ao dizer que há muita verborreia no discurso deste, acertou na "mouche", toda a gente neste país discursa, sabe de tudo e não tem dúvidas; Opinam, criticam, julgam sobre todas as matérias, mas conhecimentos poucos. Muitas palavras, poucas ideias.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

O ESTADIO E A NAÇÃO

Acabou o euro 2008. Acabou e com o choro dos nossos visionários desportivos. A campanha foi tão forte que levou meio mundo a pensar que já estava no papo (eu não, eu não) ; Desilusão! As nossas vedetinhas, os amuados e os outros pensam que ser artista de circo é que é o caminho. Engano! É o trabalho, o colectivo, a vontade de vencer e jogadores de qualidade, o que infelizmente Portugal não tem tão abundantemente como se julga ( meia dúzia e é um pau). Scolari fez um excelente trabalho e o nosso futebol estando nos dez primeiros do mundo, está claramente acima do seu potencial futebolístico. Portanto, apuramentos para as grandes competições, quartos de final e as"nossas meias finais" são claramente óptimos resultados que superam largamente o que somos como país desportivo. Assim como os "inimigos" de Scolari soltaram as farpas após o europeu, também agora, com a entrada de Carlos Queiroz, estarão os "scolarianos" à espreita para lançarem cobras e lagartos sobre a gestão Queiroziana. Digo desde já que acredito em Queiroz como formador dos jovens e reformador do edifício da federação, mas quanto a resultados na selecção principal, não estou com bons pressentimentos, não por ele, mas sobretudo pela falta de qualidade em jogadores para determinadas posições da equipa. Oxalá me engane!

O ESTADO DA NAÇÃO 2

Vivo na mesma rua e na mesma casa há mais de trinta anos. O que era um lugar calmo e pacato tornou-se agora um mundo global infestado de romenos, de brasileiros, de africanos. Os assaltos a casas começaram, mesmo com os habitantes a dormir entram e limpam tudo. Na rua, olho no burro e outro nas minorias. Não consigo mudar de casa, não consigo mudar de rua , não consigo mudar de cidade. O Estado a mim não me dá nada, só cobra. A polícia o que faz é ... passar multas de estacionamento.

Em Loures, minorias envolveram em tiroteio e agora coitadinhos dos meninos, estão com medo, e querem casas novas. Não contentes com isso arrombaram e invadiram casas novas de outro bairro. Estas minorias (que uns certos doutores continuam a defender) são em muitos casos marginais, com armamento ilegal, traficantes de droga, vendedores de produto alheio e que além de não pagarem impostos nem rendas de casa, ainda recebem subsídios de inserção social e abonos de família com fartura. E o que é que aconteceu? Quem andou aos tiros, saiu em liberdade, quem arrombou casas nada lhe aconteceu e... tomem lá casas novas que os meninos merecem!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

O ESTADO DA NAÇÃO

Tenho um novo "herói"! Não sei o seu nome, mas dei-lhe pomposamente o título de " Cowboy pastor" , é aquele senhor de chapéu à "américa", de calças de ganga e camisa branca, que um dia destes desceu as escadas do tribunal e deu uma entrevista às televisões, depois de se ter atirado à Juiza e dado uns abanões na segurança. Valente! Eu explico:

- João Vale e Azevedo passou-se para Londres e não volta a pôr cá os pés. Arquive-se!

- Maddie desapareceu, os pais voltaram para Londres e não voltam a pôr cá os pés. Arquive-se!

- Polícias, magistrados, advogados, procuradores, jornalistas, armam o circo: cães farejadores, comentadores de televisão pisteiros, jornais contorcionistas, polícias que eram mas já não são e que aparecem no cartaz, "dizeurs" de bitaites, trapezistas, atiradores de facas e muitas entrevistas, muita televisão e o palhaço rico a rir que o palhaço pobre (ai Joana) está preso. E depois de tanto doutor de tanto sabedor cadê a Maddie? Arquive-se!

- E a Esmeralda? Qual bola de futebol, empurrada de meio-campo para outro meio-campo, driblada , sem saber qual é o seu "treinador", qual será a sua equipa? A justiça chuta para canto. Arquive-se!

- O apito dourado na senda do célebre caso de Penafiel com os intervenientes Lourenço Pinto (são só pintos) , do árbitro algarvio Silva, da história dos "Quinhentinhos" e as escutas telefónicas com Reinaldo Teles e o árbitro Silvano, da viagem ao Brasil paga pelo F.C.Porto a um árbitro de Braga, da historieta de um árbitro romeno num jogo do Porto na liga dos campeões, culmina agora com a caricata cena do Conselho de Justiça, com um presidente conectado com o F.C. Porto e Gondomar. Coincidências. Arquive-se!

- O processo Casa Pia também tem agora bolas metidas no jogo. Arquive-se!

- Em Loures, certa étnia resolveu em pleno dia atacar um bando rival, a tiro bem ao estilo do faroeste. As étnias dominam, a polícia fica a ver. Arquive-se!

- Os arrastões nas praias continuam, não se prende, não se julga.Arquive-se!

- No BCP (Bancos "comem" portugueses) baralha-se e torna-se a dar e fica tudo na mesma. Arquive-se!

- Há cada vez mais pobres e cada vez ricos mais ricos. Arquive-se!

- Na União Europeia somos os piores em tudo, menos nos ordenados dos gestores. Arquive-se!

- Não temos agricultura, não temos pesca, não exportamos mais, não temos saúde, não temos educação. Arquive-se!

- O Ronaldo é um escravo, ganha apenas oitenta ou cem mil contos mês. Arquive-se!

- O bastonário da ordem dos advogados está contra os juízes, os patrões estão contra o governo, o governo está contra os trabalhadores, os trabalhadores estão contra tudo. Arquive-se!

E tu, meu "herói" é que vais preso? Cadê os outros?

sábado, 28 de junho de 2008

PENSAMENTO

Nunca estou sozinho quando estou comigo, mas ultimamente ando afastado de mim!

domingo, 4 de maio de 2008

UMA MANHÃ DE DOMINGO EM LISBOA

Raramente acordo tarde e olhar despertado não sou daqueles que ficam na cama a ganhar os últimos encantos dos lençóis. Olho aberto e pulo para fora tentando ganhar mais dia ao dia. O banho, o vestir, o pequeno almoço são rituais que automatizamos todas as manhãs. Hoje fiz tudo direitinho, mas deixei o pequeno almoço para tomar na Gulbenkian. Cheguei ao Centro de Arte Moderna eram 9,30 e azar meu só abria às dez! Saí para a Av.António Augusto de Aguiar, fui ao El Corte Inglés e o mesmo cenário: fechado. Atravessei o largo de S. Sebastião, desci a Filipe Folque e tudo em silêncio, nem vivalma passeava na rua. Lisboa pela manhã é assim: deserta. Nem o restaurante do meu amigo Jorge, o Tório estava aberto, voltei para trás, subi a Tomás Ribeiro, derivei pelo Quartel General e breve estava novamente na Gulbenkian. Entrei pelo Centro de Arte Moderna, tomei o pequeno almoço, percorri a exposição permanente, fiz uma "Ida e volta: ficção e realidade" exposição que reúne várias instalações de alguns artistas contemporâneos, desci à sala de exposições temporárias onde se encontra Pedro Cabral Santo com "TILT-quatro aproximações a um conceito", saí pelos jardins até ao museu, onde visitei "A Educação do Príncipe", obras primas da colecção do Museu Aga Khan e acabei no Átrio da Biblioteca de Arte, onde nos "Concertos de Domingo", Catarina Sereno, soprano e Ja Yeon Kang, pianista interpretaram obras de Schubert, Strauss, Debussy entre outros. Lisboa ainda tem pequenos encantos onde se pode tomar um pequeno almoço com tanta qualidade. Pena sim, de percorrer as ruas desertas e encontrar uma sala repleta de gente de cabelos brancos...

sábado, 26 de abril de 2008

O VINTE CINCO DE ABRIL E A GUERRA

Com o título "Letras de Guerra da nossa memória" inaugurou-se hoje uma exposição comemorativa, na Biblioteca Municipal da Amadora, com a apresentação de painéis e livros de vários escritores sobre a guerra do ultramar . De entre os escritores que escreveram sobre África e a guerra colonial destaque para Lobo Antunes, Manuel Alegre, Felícia Cabrita e João de Melo. Orgulho-me de estar representado nesta mostra com o meu livro "Éramos todos bons rapazes" e de estar lado a lado com estas figuras de relevo da literatura portuguesa. Um obrigado aqui, para a Cecília Neves e a sua equipa, que pôs de pé esta iniciativa e também um obrigado especial para o Vereador da Cultura da Câmara Municipal da Amadora, Dr. António Moreira, que faz questão de estar sempre presente nestes eventos, dando o seu apoio à causa da cultura e também pelas palavras elogiosas que disse sobre o meu livro.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

POEMA CINQUENTA

Debaixo do meu tecto dormia a esperança
de ser como outrora marinheiro
de ser barco de ser mar
deixar herança
para vingar nesse mundo inteiro

No meu tecto debaixo de mim
acorda esse desencanto
ferida sobre o peito em pranto
folhas caídas perto do fim
histórias dum lusitano canto

POEMA QUARENTA E NOVE

Gota a gota
escorre dos teus lábios
gretados pela ânsia
essa vontade de ser país.

POEMA QUARENTA E OITO

Fomos guerra na primavera
margem de rios e mares que navegámos
fomos corais abrigo de metáforas esquecidas
percorremos o verão de Abril
com palavras arrancadas da alma
memórias turbulentas
reavivadas no tempo
caminhámos pelo Outono
transcendendo essa visão euro cravada
nas nossas costas
e agora neste inverno
já não somos primavera
nem verão tão pouco outono
somos apenas lixo!

JOÃO VILLARET

Estou a escrever e simultaneamente a ouvir João Villaret. Que delícia ouvir "A procissão", o "Cântico negro", o "Fado falado". Que falta faz um homem como este que sabia dizer poesia como ninguém. Há muito que as nossas televisões esqueceram a poesia. Se dizem que o Estado Novo tinha como bandeira o futebol, este Estado velho desfralda ao vento, não uma bandeira futebolística, mas umas centenas de bandeiras, galhardetes e outros enfeites que servem para que o Zé de antanho, coma do mesmo agora. Este é o nosso fado falado, cântico negro da nossa democracia e siga a procissão!

QUARENTA E SETE

Choro sobre as palavras derramadas
no tempo dos vampiros
e eram tão poucos os vampiros
das noites do nosso descontentamento

Madruga-se agora
sob nuvens de abutres
e gaviões
e tardamos a esvoaçar

POEMA QUARENTA E SEIS

O nosso arrozal é um
pântano
onde nos atolamos todos os dias

POEMA QUARENTA E CINCO

Não sei mais nada
a não ser que o pássaro negro
partiu há muito
deixando as árvores
para as novas aves migrantes
de arribação umas
de rapina outras
que fazem ninhos de mel
nas margens da nossa imaginação

Não sei mais nada
a não ser que nesta seara
campo quase milenário
só alguns mordem o trigo
e os outros engolem o joio

sexta-feira, 11 de abril de 2008

KOSOVARES

DRAGÕES

Desse leito de palavras ambíguas
Onde mergulhámos
Saltam dragões que incendeiam
As pontes levadiças
Do nosso castelo desencantado

PALAVRAS MUDAS

Os nossos ventres tocaram-se no decorrer da noite
O meu em gestos inquietos o teu em profunda ausência
E neste jogo de palavras mudas engolimos a madrugada

VENTOS

Se os ventos que trazem as boas novas
soprassem na direcção do meu navio
o mar revolto em mim seria um rio

terça-feira, 1 de abril de 2008

24 - 25 - 26

VIVA ABRIL! Não, não dou vivas ao 24 de Abril, nem a este 25 de 34 anos de idade, muito menos ao 26 que é esta incógnita chamado país. Viva Abril, porque neste Abril em Portugal nasci em 19. Porque é o um mês de Primavera e neste país que não é para velhos é bom chegar à primavera seguinte, mesmo que só chegando, mesmo que só "ir vivendo", mesmo que os nossos brandos costumes adormeçam nas alcovas, dos quartos das casas endividadas, mesmo que "eles" digam que sim e nós digamos que não. Como é lindo Abril, mesmo em Portugal. Apenas tenho uma dúvida, conheço o 24, sei bem o que é o 25 (há muitos que não sabem...) mas ... o 26, com vão eles desatar este 31?

MEDICINA A PEDIDO

Com este título João Miranda publica no blogue "Blasfémias" um oportuníssimo post: " A Ministra da Saúde disse em 29 de Março que a cesariana a pedido da grávida não pode ser implementada no SNS. Argumentou que a cesariana é um acto médico que deve ser decidida por médicos. Garantiu que no SNS não há medicina a pedido. Podia ter acrescentado : a pedido só mesmo o aborto..."

AUTORIDADE NO ENSINO

Aqui se transcrevem frases soltas de um artigo publicado num semanário e que é da autoria de um leitor:
"...voltar a dar crédito aos professores, voltar a obrigar a respeitar os professores - levantarem-se quando o mestre entra na sala, não o interromperem sem pedirem permissão, voltar a institucionalizar a falta de castigo, bem como a suspensão e a expulsão, voltar a haver contínuos ou vigilantes, colocar câmaras de vigilância e como os "meninos" estão mal acostumados, sugiro que se coloquem nos estabelecimentos de ensino elementos das forças especiais - comandos, fuzileiros, para-quedistas, polícia de intervenção e outros - para caso seja necessário darem um valente puxão de orelhas aos mais atrevidos e desobedientes..."

FRASES SOLTAS

"Desde a implantação da chamada Democracia, o Povo foi apenas convocado a decidir em duas questões: uma, a de saber se o enorme território que nos resta, incapaz de ser conduzido a bom porto sob a administração de um só governo central, devia ou não ser fraccionado em diversas regiões, cada qual com o seu governo regional, cujos governantes reportariam ao governo central que, aliviado, podia entregar-se a outras lucubrações. Outra, a de saber se as mulheres poderiam ou não matar os filhos indesejados, nas primeiras dez semanas de gravidez.
Parece assim, que nada mais de importância ocorreu em Portugal, nos tempos chamados democráticos. No entanto, para quem tiver memória, desde então, o país desfez-se de vastas parcelas territoriais que a constituição definia como terras de Portugal e que foram entregues à gula e à ganância das grandes potências, sem qualquer consulta popular. Como de igual modo, sem consulta, o País se viu integrado na então CEE, com todas as sequelas daí decorrentes. Como também sem qualquer consulta, o País abdicou da sua moeda nacional, o velho escudo, para adoptar o euro, com uma base de valia duzentas vezes superior, sem que o poder de compra acompanhasse a disparidade de valores. Como finalmente, o chamado tratado reformador da UE, vulgo, tratado de Lisboa 2007, cedendo às instituições europeias significativas parcelas da soberania portuguesa, entra em vigor sem qualquer consulta popular."

De um artigo de opinião intitulado : "Carta ao Zé Povinho" do advogado Godinho Granada, no jornal"O diabo"