quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

MORREU UM AMIGO

Às vezes somos surpreendidos por notícias menos boas. A que recebi hoje através da Rádio Renascença foi uma delas, por ser menos boa, não tanto por ser surpresa. O meu querido amigo e companheiro de armas nas guerras de África, Padre Luis da Rocha e Mello morreu hoje aos 72 anos de vida. Morreu um homem bom. Amigo e camarada em terras de Angola, o nosso Capelão foi sempre para todos um exemplo de vida, serviu a Deus e os homens. Foi um companheiro presente nas boas e más jornadas que nas picadas de Angola nos foram servidas. Apesar das insistências dos seus superiores nunca usou uma arma, usou isso sim a palavra de Deus, a palavra do homem, a palavra do amigo. Foi sob a sua égide que se formou um conjunto musical, foi sob o seu empenho que se formou um grupo de teatro que presenteou todo o batalhão com duas peças e várias representações. Participou em todos os torneios desportivos que se realizaram. Jogou futebol, jogou voleibol, jogou basquetebol, jogou ténis e todos os demais eventos que levámos a cabo. Ao fim de dois anos voltámos à metrópole mas continuámos amigos e mantivemos sempre o contacto, quer telefónico quer em almoços que fomos realizando. Rocha e Mello baptizou a Matilde à quatro anos atrás numa Igreja do Estoril, agora em Setembro passado, voltámos a encontrar-nos no baptizado da Clarinha que ele, disponível como sempre, fez questão de presidir à cerimónia. Abatido pela doença mas presente, reviveu comigo algumas jornadas da nossa vida. Ficámos de reunir o batalhão para mais um almoço de convívio, mas a doença traíu essa vontade. Descanse em paz.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

EXPOSIÇÃO DE PINTURA

Venho desde já convidar todos os meus amigos para a inauguração da exposição de pintura que vou realizar no Restaurante Embaixada dos Sabores, sito na rua Elias Garcia, 161-A na Amadora, no Sábado dia 5 de Dezembro, pelas 16.30 horas. Com o título: "Do expressionismo abstracto de Pollock às faces ocultas do abstracto" vou expor 27 obras. Desde já agradeço a vossa presença.

sábado, 21 de novembro de 2009

ONDE ESTÁ O PR?

Os nossos hermanos espanhóis dizem que não há bruxas, mas que as há, há. (ah este português). Por cá dizem que as escutas não valem, mas que as há, há! O PGR diz que sim mas que não, o PSTJ recebe a bola, ajeita-a com a mão e chuta-a para trás, na curva os ministros dão bocas, os advogados palpites, os juízes sentenças e os ditos cujos clamam inocência. E o PR calado que nem um rato. As carpideiras vêm a terreiro bajular o chefe. Afinal para que gastamos dinheiro com polícias, judiciárias, procuradores, juízes, tribunais e outras saloíces que mais. Poupemos senhores, não queremos mais escutas, nem investigações, nem inquéritos, nem julgamentos. Anulem-se as escutas, as condutas, as permutas e outras mentiras de pernas curtas. Acabem-se com os interrogatórios, com os vomitórios, com os lavatórios onde os pilatos lavam as mãos. Promulgue-se a corrupção, o vilão, o ladrão. Ergam-se padrões para os sucateiros, para os batoteiros, para os banqueiros. Acabem com as universidades, com as faculdades, com as dificuldades. Passem os diplomas, as licenciaturas, os doutoramentos, as pós-graduações nas lojas do cidadão, ao domingo, aos feriados e até no dia de Natal como prenda do menino Jesus. Abram-se off-shores nas Berlengas, no Bugio, na ilha de Faro. Construa-se o aeroporto em Alcochete, outro na Porcalhota, outro ainda em Armamar. Faça-se um TGV da Pontinha para a Buraca e outro de Fornos de Algodres para Freixo de Espada à Cinta. E o PR calado. Tudo a bem dos que não podem ser entalados. Porque entalado, entalado só aquele pobre diabo no Algarve que teve mais barriga que olhos, para ver o buraco onde se meteu.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A FRASE SOBRE SÓCRATES

"nunca trabalhou e só pensava no presente"

in biografia do filósofo Sócrates
por Maxproview

HERÓIS DE QUÊ?

Este país que não ganha um desafio à economia, nem à educação, anda todo eufórico com o apuramento da nossa equipa de futebol para o mundial da África do Sul. Portugal com um grupo altamente acessível, borrou-se todo para conseguir um lugar ao sol. Os nossos jornaleiros fizeram-nos crer de um ambiente hostil por parte de uns míseros 14.000 espectadores que nos queriam comer ao jantar. Então que ambiente tínham os pobres bósnios quando jogaram no estadio da Luz com 65.000 fanáticos a apoiar Portugal? Com toda a sorte do mundo e a Senhora do Caravágio de mãos dadas com a Nossa Senhora de Fátima, duas bolas foram à trave e outra bateu num poste. Então pergunta-se: com as míseras exibições que temos feito e com um seleccionador deste quilate, que vamos fazer ao mundial? Com a mina de ouro depauperada (leia-se geração de ouro) estes novos "meninos" não têm qualidade para grande coisa e senão vejam os resultados do último apuramento para o europeu de 2008 onde não ganhámos Polónia (1-2 e 2-2) à Sérvia (1-1 e 1-1) à Finlândia ( 0-0 e 1-1), e deste último apuramento para o mundial de 2010, onde não ganhámos à Suécia (2-2 e 0-0) nem à Dinamarca ( 2-3 e 1-1). Ganhámos apenas aos "figurantes" ( aqueles países de terceiro mundo do futebol). Pelo caminho levámos cinco do Brasil. Vamos lá? Não me parece.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

QUADRAS SOLTAS

Ser sucateiro não é nada mau
neste cantinho de tanta arara
que o diga António Varapau
campeão do salto á vara.

Vamos ao sul, perdemos o norte
contamos o bago que dá as uvas
licenciamos english freeport
e só esperamos pelas luvas.

Não sou da ordem dos arquitectos
mas ao domingo fiz-me engenheiro
desenho casas faço projectos
tudo por pouco dinheiro.

Sexta-feira é um tremoço
aperitivo para as minhas "dentelas"
como escutas ao pequeno almoço
ao jantar como manuelas.

Procuradores, juízes e presidentes
sindicatos, oposiçoes e que mais sei
são petiscos para os meus dentes
mas o que eu quero são casamentos gay.

Padrão, rosa dos ventos infante
há quem diga que sou sinistro
não o sou, nem sequer arrogante
sou simplesmente mau ministro.

ZECA VARAPAU

Certo dia Zeca Varapau vendedor de ovos sem casca, cidadão dum país das maravilhas, foi apanhado nas malhas das finanças porque não pagou o iva das gemas. Além disso recebeu uns valentes cobres por ter apresentado ao rei do galinheiro uns quantos fornecedores que lhe davam umas dicas sobre os concursos de milho a martelo. Nas escutas levadas a preceito pela respectiva Polícia Escutatária, Zeca foi apanhado a falar com o seu grande amigo primeiro-ministro, onde dizia que ao assaltar um galinheiro tinha morto dois cães, três porcos, cinquenta galinhas e uma manuela que estava a dar uma queca com o dono da quintarola. Como o primeiro-ministro desse país das maravilhas não pode ser escutado, as escutas não são válidas os cd's e as transcrições foram destruídas e o nosso amigo Varapau mandado em paz por falta de provas.

UM PAÍS MARAVILHA

Certo dia, certo primeiro-ministro, deste país maravilha que é Portugal, foi visitar uma escola nos arrabaldes de nenhures. Como sempre de surpresa, com toda a gente preparada, o dito ministro perguntou à turma: Meninos, qual é o país com melhor sistema de saúde? e os meninos responderam: Portugal. Novamente o ministro interprela a turma: qual é o país com melhor educação? e os meninos responderam: Portugal. E novamente: qual é o país com menos desemprego no mundo? e os meninos em coro: Portugal. A dada altura o ministro reparou que ao fundo da sala estava uma menina muito triste e daí dirigiu-se à pequena e perguntou-lhe: porque estás triste minha menina? e esta meio a choramingar respondeu: Quero ir para Portugal!...

TANTO TEMPO

O tempo passa sem darmos por ele. Não escrevo há uns tempos mas também pouco há para dizer, umas eleições...zitas pelo caminho com os suspeitos do costume; Sócrates na maior; a Casa Pia que não pia; o apito sem apitar; um Isaltino com tino e um povo sem tino; um Valentim, valentão e um povo de calças na mão; um Zé povinho de "face oculta" que um "furacão" não destapa. Ah este país das maravilhas!

domingo, 4 de outubro de 2009

AS FESTAS DA CIDADE

Há muito tempo que o Vereador da Câmara Municipal da Amadora me lança o desafio de fazer uma apresentação do meu livro "Éramos todos bons rapazes". Este meu livro já foi lançado há algum tempo no Museu da Cidade, em Lisboa, mas o Dr. António Moreira achou, porque gostou do livro e porque eu como cidadão da terra, devia de fazer uma apresentação na cidade da Amadora. Tantas vezes vai o cântaro à fonte... que desta vez coincidindo com as festas da cidade se marcou para o passado dia 3 de Outubro o devido evento, aproveitando o facto de no contexto das festividades se realizar a feira do livro. E foi com muito agrado que pelas 16 horas desse sábado o pequeno auditório do Parque Delfim Guimarães se encheu para ouvir o orador da tarde que foi... com uma pequena rasteira que preguei, o próprio Vereador. Durante uma hora o Dr.António Moreira dissertou sobre a escrita da guerra do ultramar, disse dos ilustres escritores que dela falaram, e finalmente falou do meu modesto livro. As suas palavras sensibilizaram-me, e segundo me apercebi também a plateia que ficou rendida ao seu discurso. Tocou ele na profundidade do livro, dissecou-o, leu excertos e deixou-me sem palavras para dizer no final. Obrigado pelo seu discurso.

LISBOA OCIDENTAL

Há dias resolvi, e porque tinha de resolver uns quantos assuntos, ir a Lisboa pelo que apanhei o metro na Amadora Este até ao Cais do Sodré. Ainda não percebi porque é que a nova extensão da linha do metro vai à Reboleira, ao hospital de St.António, à porta da Academia Militar e depois ao Hospital Amadora-Sintra sem passar verdadeiramente pelo centro da cidade. Deve ser a única cidade do mundo onde o metro não tem estação no centro. Mas enfim, estamos já habituados a este tipo de actuações. A parte ribeirinha da cidade de Lisboa mete pena, desde o Cais do Sodré à rua da Boavista, à rua de S.Paulo tudo é triste, desarranjado, para não dizer porco. Fui pelo largo do Corpo Santo, percorri a rua da Alfândega e o cenário é o mesmo. O Terreiro do Paço está um nojo e percorrendo a baixa de lojas fechadas e as abertas, vazias de público, as casas a cair, desabitadas. Um comércio precário, um povo de passagem, uma cidade a morrer. Bem pregam estes politicotes de ocasião, as virtudes do voto em si (neles). Os prédios vão ficando velhos e vazios, as lojas sem clientes e antiquadas, as ruas esburacadas, convivem naquele "cemitério" citadino até ao enterro final.

domingo, 13 de setembro de 2009

O DIA DAS EXPOSIÇÕES

Esta semana tem sido fértil em exposições na cidade da Amadora. Na Quinta-Feira dia 10 de Setembro e porque a cidade faz 30 anos inaugurou-se na galeria dos Recreios uma mostra de serigrafias de grandes pintores portugueses. Motivo, para além de visitar a exposição, conviver com pintores e amigos e dar dois dedos de conversa com o Vereador da Cultura Dr.António Moreira. No Sábado, decorreram várias exposições pela cidade, entre as quais, a dos meus alunos do curso de pintura da Universidade Sénior da Amadora. Depois de uma semana de intenso trabalho, quer na selecção dos trabalhos quer na montagem da mostra que se realizou na nova Biblioteca da cidade, foi com grande orgulho que verifiquei o êxito da iniciativa. Bastante concorrida e com a presença da Drª Cecília Neves representante da Biblioteca e da Vereadora Drª Carla Tavares, o evento prolongou-se pela tarde fora. Quero aqui deixar os meus agradecimentos á Câmara Municipal e aos seus representantes, sobretudo à Drº. Cecília Neves e sua equipa, que têm demonstrado uma grande abertura e uma colaboração enorme e constante no que diz respeito às proposta que temos apresentado à sua direcção. A cultura pre cisa de pessoas assim. Outras exposições ocorreram neste período, na galeria Artur Bual o espólio da Câmara foi colocado à disposição dos visitantes e na Casa Roque Gameiro foi a vez dos alunos de Fernanda Páscoa mostrarem os seus talentos. Neste período de festejos na cidade vale a pena visitar o Concelho. Uma palavra final para os meus alunos que apresentaram os trabalhos de um ano de atelier e que foram elogiados pelos presentes.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

ESTE PAÍS DAS MARAVILHAS

Há muitos anos quando entrei para a Emissora Nacional e antes de ler a "cartilha" sobre ética foi-me pedido o registo criminal. Tinha que ter a folha limpa, um cadastro impecável. O que se passa hoje agonia, mete nojo. Ladrões, vigaristas, arguidos, indiciados, condenados, estão na mó de cima. Felgueiras, Valentins e todos os Loureiros deste mundo, Ferreira Torres, Pretos, Sócrates e companhia, Casa Pia e a pedófilia toda, apitos dourados e suas orquestras, câmaras compadrios e mestres de obra, Freeport ingleses e Maddie, Bancos Rendeiros e Oliveiras Marques são os versos deste poema que é Portugal. Para culminar esta ode à inteligência dos portugueses, um grupo de deputados da nação recebeu na NOSSA casa da democracia um tal Pinto da Costa, a que alguns chamam papa mas que não passa de um sacristão de província, condenado por corrupção nos mundos obscuros do futebol. Com um país assim quem é que precisa de outro?

sábado, 1 de agosto de 2009

LISBOA 2

Há uma coisa que me incomoda sempre que percorro as ruas das nossas cidades e esse incómodo que por lapso não transcrevi no escrito anterior, começa logo que saio da Amadora e entro no combóio. O meu olhar, já com a composição em movimento, percorre as ruas, os separadores, os muros, as estações e até o interior da carruagem. O cenário é calamitoso, os riscadores de paredes apropriam-se da paisagem, conspurcando tudo à sua volta, tudo lhes serve para verterem as suas aberrações. Esta é uma geração rasca que não serve a este país.

LISBOA

Temos um Portugal lindo e a maioria dos portuguesos desconhem a beleza e virtualidades das nossas cidades e vilas. Na Sexta-Feira dei comigo no combóio a caminho de Lisboa. Tenho uma exposição marcada para Guimarães e como resolvi ir de combóio pus os pés a caminho de Stª Apolónia para tirar infomações dos preços e horários. A viagem é curta e rápida mas dá ainda para ver os atentados arquitectónicos que se fazem neste país, bem como analisar o comportamento das massas que fazem esta viagem, mas isso fica para depois, agora interessa-me o meu percurso do Rossio até à zona oriental de Lisboa. Desci calmamente a rua da Prata por entre ruas esburacadas e lojas vazias até ao Terreiro do Paço, entaipado por painéis e obras sem fim que nos cortam a visão do Tejo. Volto à esquerda, passo pelas arcadas até ao Café Martinho, entro aqui para beber um café, recordar Pessoa, sentir a poesia. Meia dúzia de turistas consomem o sol na esplanada paredes meias com a rua, desnivelada e trepidante com o passar dos autocarros. Ruído e poluição. Vistas parcas e pouco movimento. Sigo pela rua da Alfândega até à rua Cais de Santarém, passo pelo Campo das Cebolas, autocarros e eléctricos cruzam-se nas ruas sujas e esventradas, olho em redor, vislumbro a Casa dos Bicos em renovação, rodeada de prédios destroçados desgastados pelo tempo, com suas janelas e varandas de ferro, outrora bonitas, hoje retorcidas, corcomidas pelo tempo, que os donos sem piedade e sem dinheiro deixam ao abandono. Há no entanto quem recupere o antigo e dele faça novo e restaure os azulejos portugueses e os ferros e a traça. O ISPA, Instituto de Psicologia é disso um exemplo. Chego à estação da CP, trato dos horários e dos preços e volto para fazer o percurso inverso mas agora junto à margem do rio por onde existem barracões e restaurantes junto ao velho cais da fundição, de fortes recordações para mim pois foi donde parti para a guerra. No entanto, ao olhar o velho Museu Militar resolvi entrar até porque nunca o tinha visitado. O antigo palácio transformado no museu, com os seus tectos ornamentados com frescos do mestre Sousa Lopes e as suas salas decoradas com pinturas de Veloso Salgado, Columbano e José Malhoa entre outros, mostra-nos pedaços dos períodos históricos de Portugal e do mundo, desdes as invasões francesas até às duas guerras mundiais. De lamentar que o espólio da nossa guerra colonial se encontre encerrado em caixas, ao abandono, numa sala fechada. Já sabíamos que os combatentes que honraram a Pátria nas campanhas de África têm sido ignorados, senão maltratados, mas agora que todo o valor histórico que essas guerras nos deram esteja esquecido a um canto, NÃO. Saí com mágoa, mas voltarei para poder saber, junto das entidades oficiais, o porquê desta situação. Voltei pelo mesmo caminho com que fiz a ida, subi calmamente pelas escadas do elevador de Stª Justa e fui almoçar ao Chiado com o João Pedro. Cheguei a casa pelas três e tal da tarde, mas ganhei o dia.

AI O TEMPO

Não sei se o tempo voa, se sou eu que corro depressa. Já lá vai um tempo que não escrevo aqui no blogue, não porque não queira mas porque com tanta coisa para fazer chego à noite e não tenho aquele click que me faça sentar e escrever. No entanto a outra escrita, a dos poemas, teve um papel mais activo pois tive que enviar um pequeno livro de poemas para um concurso de Setúbal, ao mesmo tempo tenho duas exposições em Setembro, uma dos meus alunos da Universidade, que se vai realizar na Biblioteca nova da Amadora e a outra, de telas minhas, na Embaixada dos Sabores, também na Amadora. Além disso tenho um exposição marcada para Novembro na cidade de Guimarães. No que diz respeito à escrita mais um concurso se adivinha para Setembro, este exigindo um livro com 100 folhas. Tenho também de prepara o começo das aulas de pintura e, como não tenho juízo, ofereci-me para dar umas aulas de história de arte na Universidade, pelo que tenho que preparar todo o material para iniciar em Setembro o ano lectivo. A disciplina vai chamar-se "Arte e História (s)" e vai visar sobretudo a pintura contemporânea, tendo também uma vertente histórica na parte que diz respeito aos pintores e seus países de origem e de adopção. No contexto da arte e da história há sempre pequenas "estórias" que terão também aqui o seu lugar. Espero que tudo corra bem e que haja bastante público para as minha s aulas.

domingo, 12 de julho de 2009

GRIPE A

O país está com gripe: A saúde espirra, a ministra da educação está com febre, a economia está com muitas dores e o Primeiro-Ministro dá vómitos. Vamos metê-los de quarentena e enfiar-lhes um tamiflu no... "bucho".

SPORTING 1

Também este clube iniciou no Algarve os jogos de preparação. Jogo em Albufeira com o Nottingham Forest e com um resultado negativo de 0-1. O pior não foi o resultado, mas sim a exibição, fraca muito fraca e que não se pode justificar por apenas 30 dias de férias, pois os jogadores leoninos são os mesmos da época passada.

BENFICA 5

Após vários dias de apresentações e treinos, inaugurou hoje o SLB os jogos de preparação. Na Suiça e contra o Sion da 1ª liga jogou-se uma hora de um futebol agradável com 2 golos para abrir o apetite. No entanto na última meia-hora e com mudanças de jogadores a equipa eclipsou-se e sofreu 2 golos. Para já uma primeira conclusão, há já uma equipa mais ou menos definida mas que conta apenas com treze ou quatorze jogadores, os suplentes ou valem mais que aquilo que têm mostrado ou... estamos feitos.

sábado, 4 de julho de 2009

INAUGURAÇÃO

Fui à inauguração da Biblioteca Municipal da Amadora numa Sexta-Feira passada. Casa nova, ampla, moderna, equipada com todas as tecnologias de hoje e com milhares de livros. Mas o que marcou mais foi a atenção que as televisões deram a meia-dúzia de figuras que nunca puseram o pé na nossa cidade em detrimento de pessoas que têm dado todo o seu esforço em prol da Biblioteca e dos seus leitores, casos da Dra. Cecília Neves e sua equipa e do Vereador da Cultura Dr.António Moreira que quanto a mim, foram durante a cerimónia um pouco marginalizados. E já não falo dos artistas da terra. Inaugurações, eleições e outros figurões, sempre em cena.

BENFICA 4

Fui à dias ver a festa de encerramento das aulas da Matilde. Entre ballet, danças e judo apresentou-se uma classe de ginástica. 24 meninos e meninas de 3 anos de idade vestidos a rigor com camisolas de clubes e calculem, quatro vinham com a camisola do Sporting, os outros vinte vestiam a camisola do glorioso Sport Lisboa e Benfica! "O algodão não engana" o SLB sempre à frente.

BENFICA 3

A força do glorioso está nessa massa adepta, sócios e simpatizantes. Seis milhões de almas pedindo a Deus nos céus e a Jesus na terra, a multiplicação dos golos, a santidade das vitórias, o milagre da ressurreição da mística.

BENFICA 2

As providências cautelares, as citações dos tribunais, os estatutos do SLB, levaram dezenas e dezenas de advogados, de juízes e de entendidos e desentendidos na matéria a dissertar sobre o assunto. Certezas e dúvidas levaram o SLB para a frente do palco, jornais, revistas, rádios e televisões debateram o maior clube português. Sem paralelo!

BENFICA

É isto a força e a grandeza deste clube! Durante mais de quinze dias, os jornais e as televisões dedicaram horas a fio a noticiar os eventos do SLB. As eleições foram um êxito com mais de 20.000 votantes!


segunda-feira, 22 de junho de 2009

O TEMPO SEMPRE O TEMPO

Esta coisa de ser reformado é um "chatice"! Tanta coisa para fazer e o tempo escasseia, foge qual cavalo à solta pelas planícies do nosso contentamento. Tenho organizado o meu tempo minimamente, ou seja, os dias contados são aqueles que me assumi em compromissos e desses não quero fugir. São por isso sagradas para mim as aulas de pintura. A semana passada foi de facto cheia de compromissos e infelizmente tive que fazer opções e no dia da festa da Matilde tive que deixar o almoço dos professores para trás, assim com uma ida ao Porto no âmbito das feiras de livros às quais estou minimamente ligado. Na Sexta-feira foi a inauguração da Biblioteca Municipal da Amadora à qual não pude deixar de ir pela ligação que tenho à Biblioteca bem como à Dra. Cecília Neves, directora da mesma. Também aqui tive que deixar a festa da Universidade por ocorrer à mesma hora. O tempo sempre o tempo, tanta coisa para fazer e a vida, sempre ela, aqui à beira, para viver.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

QUE FAÇO EU AO TEMPO?

Gosto de compromissos, gosto de desafios, isso faz-me agitar as ondas, levantar as ideias, ganhar espaços. Para este mês de Junho tenho alguns projectos que devo (ou devia cumprir). Dois concursos de poesia que vou avançar, mas o romance começado em tempos, não tem tido o desenvolvimento adequado, apenas trinta e tal páginas escritas, quando devia alcançar as 100. Mas a inspiração não tem sido muita e fica em perigo, por ora, este desiderato. O tempo é de facto um rolo compressor que desliza sem contemplações pelas margens da nossa vontade. No que respeita à pintura, tenho para Novembro um exposição marcada para Guimarães, mas para ela tenho já uma série de telas que não comprometem o evento. No entanto apareceu agora um pedido de uma mostra no restaurante Embaixada dos Sabores e para isso estive hoje a trabalhar e já tenho mais três telas em andamento. É o tempo a correr. O tempo que eu tenho e... muitas vezes não tenho...

segunda-feira, 1 de junho de 2009

DIA MUNDIAL DA CRIANÇA

Hoje é o dia das minhas princesas! E de todas as princesas do mundo! Brancas, pretas, amarelas ou vermelhas, todas elas merecem um mundo melhor que este que lhes dão. Não basta dar-lhes fadas, magias e sonhos, elas têm direito a um mundo melhor.

ELEIÇÕES

Quando cheira a eleições, não param as nossas queridas televisões de nos encher a casa com essas fadas do lar que são os nossos politiqueiros, que sacando das suas varinhas mágicas nos inebriagam com príncipes encantados e sonhos cor de "rosa". Então penso que, como estamos no país dos 4 efes, os deva mandar para o quarto efe, que é o último grito da geração sócretina. Mas pensando melhor vou a votos, se calhar vou colocar um manguito no lugar da cruz, e assim cruz por cruz, homenageio o mestre Bordalo Pinheiro com o seu Zé Povinho. Vou votar contra os Cavaquistas e todos os loureiros deste país; vou votar contra os pintos e os costas e contra aqueles "que arrotam postas de pescada" mas comem lagosta e caviar da malga que é de todos nós, Zés deste país, que na maioria comem "jaquinzinhos" quando... comem; vou votar contra a educação, contra a justiça, contra a segurança social, que socialmente como manda a boa educação faz justiça libertando os criminosos, engomando os colarinhos brancos com truques de faz de conta e prende um ou outro puto mais esperto que faz um download na internet; vou votar contra os sócretinos, contra os sócreteiros, contra os socráticos e todos os "sócripantas" que se abancaram à mesa do rei. Vou votar sim mas contra esta MERDA toda!

domingo, 31 de maio de 2009

MANHÃ DE DOMINGO

Hoje não dei o meu passeio domingueiro pela margem do Tejo. Há uma corrida lá para os lados de Belém e eu não gosto muito de barafundas. Fiquei em casa e aproveitei para fazer uma limpeza ao meu guarda-fato. Tanta coisa velha e alguma nova de que já não gosto, que deitei fora. Coisas que já não me servem e que cheiram a dejá vu. O meu armário precisa de ser arejado e renovado. Estamos num ano de renovações e bem gostaria que outros tantos como eu, deitassem fora o que cheira a velho neste país e arejassem as ideias e renovassem os pensamentos. Agora é hora de deitar fora a incompetência.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

EXPRESSIONISMO ABSTRACTO

Quando comecei o meu curso de pintura na Sociedade de Belas Artes, apenas tinha uma pequena noção do abstraccionismo. Até então tinha feito pequenos desenhos e pinturas de "ismos" vários. A mudança deu-se quando comecei a ver e a ler tudo sobre a escola de Nova Iorque e dos pintores do expressionismo abstracto. E pintores como De Kooning, Pollock, Motherwel, Newman e Mark Rothko foram a partir de então os meus guias. O tamanho das suas telas seduziram-me ( para além do principal) e hoje pena tenho de não ter um atelier que permita pintar tamanhos semelhantes. Mas tenho que reduzir-me à minha insignificância. Irei a partir de agora falar em particular de cada um dos pintores que envolvem as décads de 50 e 60.

GOSTAR DE...

Já aqui manifestei o meu gosto onomástico. Não gosto de pintos e cada vez mais há nesta capoeira umas aves de arribação que gostam de poleiro ( e de outras coisas...). Porém há também uns costas com colunas pouco verticais que se misturam com pintos e com a pinta que têm vão pintando a manta. Agora, para perfumar toda esta salsada há uns loureiros, sem folhas mas com uma grande folha de serviços que nos querem enebriar com um cheiro pestilento. Não gostava de pintos, nem de costas e agora acrescentemos também uns loureiros. Viva este país que tem um galinheiro com vários poleiros e onde o zé não chega. Mas devia, quanto mais não fosse para para dar um empurrãozinho a meia-dúzia de aves empinadas.

AO DOMINGO PELA MANHÃ

Descer de Monsanto para Belém numa manhã de Domingo vale a pena. Fui o que eu fiz neste último Domingo desembocando na praça do Império, sala de visitas de Lisboa, junto ao Tejo, nosso rio de marinheiros, de aventureiros, de velhos do restelo, de lisboetas, de turistas e daqueles que de longe vêm desse Portugal adentro. Percorrer ao sol a feira de antiguidades, passar nos pastéis de Belém, ouvir a charanga do render da guarda, entrar nos jerónimos e na igreja, visitar o museu de Arqueologia e acabar no CCB. E aqui mais uma exposição nova, de arquitectura, de escultura, de pintura de um português modernista, arquitecto de 84 anos, Pancho Guedes. Vale a pena uma visita a esta Lisboa viva.





quarta-feira, 20 de maio de 2009

terça-feira, 19 de maio de 2009

sábado, 16 de maio de 2009

DOLCE VITA

Já passaram uns dias desde a inauguração deste novo espaço comercial que se situa na cidade da Amadora. Lembrei-me hoje de fazer uma visita a este centro que segundo dizem é dos maiores da Europa. Ainda por cima fica a dois minutos da minha casa. Carro dentro, eu e a outra metade do eu, lá fomos rua acima, mais rotunda menos rotunda, até chegar às portas do dito cujo. Até chegar não será bem o termo pois havia uma fila razoável de automóveis na avenida que precedia uma das entradas. Lá fomos passo a passo até chegar à porta do parque (fechada) e onde um segurança indicava o caminho para a esquerda, para onde todos os carros se dirigiram até uma rotunda onde um segurança nos mandou para a direita, o que todos fizeram bem comportados, mas as portas dos parques estavam fechadas e mais uns metros adiante outra rotunda e mais adiante dei comigo com uma seta indicando o caminho do centro da cidade. Qual dolce vita? Só neste país. Faz-me lembrar uma anedota antiga onde dois amigos se encontram e deles diz que precisava de comprar uns sapatos. O amigo prestável respondeu-lhe: vais ali ao partido X que eles resolvem-te o problema. Assim fez o nosso amigo. Entrou na porta, dirigiu-se ao guichet e disse que queria uns sapatos. O funcionário perguntou-lhe de que número, a que ele respondeu 43. Bem, vá em frente e entre na porta amarela. Chegando lá voltou a repetir que queria uns sapatos 43, a que o novo funcionário respondeu, perguntando: que cor? castanhos respondeu ele. Olhe, volte à direita e entre na porta 34. Lá foi ele repetindo a mesma coisa:sapatos 43, castanhos à qual lhe foi perguntado: com atacadores ou de pala? com atacadores respingou. Bem não é aqui, faça o favor de voltar atrás, voltar à esquerda e seguir em frente. Seguindo as instruções lá foi e quando reparou estava na rua, onde encontrou o seu amigo que lhe perguntou: então conseguiste? não respondeu, mas eles têm cá uma organização...

FUTEBOL

Acabei de ver o jogo entre o Manchester United e o Arsenal F.C., jogo que poderia dar o título ao Manchester se por acaso este ganhasse ou empatasse. E empatou, num jogo emocionante. E é Campeão pela 18ª vez. E a taça foi logo entregue ali, no momento, na festa. Por cá, neste país de entendidos, de sabedores, neste país de doutores que sabem tudo de futebol ainda não perceberam como as coisas se fazem. Se não têm capacidade para gerir, criar ou inovar ao menos copiem o que os ingleses fazem.

IMAGINE

Hoje estou em maré de recordações, também muito por culpa da internet, que inunda o meu email com toda a espécie de informação. Uma amiga minha enviou-me esta canção do John Lennon. Recordações. "IMAGINE" que eu não perca esta vontade de viver, esta vontade de sonhar, esta maneira de dar sem sem ter que receber, este modo de amar o próximo. "Imagine", uma canção de outros tempos, uma canção sem tempo, num tempo em que precisamos de dar atenção à "canções".

WE ARE THE WORLD

Faz agora 24 anos que esta canção surgiu no mundo em homenagem às crianças da Etiópia e no fundo do mundo inteiro. We are the world , mas será que hoje continuamos a ser?



CRISTO-REI

Emocionei-me ao ver hoje na televisão, a imagem da Nossa Senhora de Fátima percorrer as ruas de Lisboa. E emocionei-me por duas razões: a primeira porque aquela massa humana continua a acreditar no amor, na solidariedade, em Deus. Nossa Senhora de Fátima tem este condão de reunir à sua volta os Homens de fé. E nós precisamos de muita fé para darmos os passos que este país precisa; a outra, porque me fez voltar cinquenta e tal anos atrás, quando a imagem de Fátima percorreu o país e eu tive a honra de poder transportar a imagem pelas ruas da minha terra. Hoje Nossa Senhora volta ao sul, não vai à minha cidade, mas fica e muito bem no Cristo-Rei.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

A PROPÓSITO DA LEI DA MATERNIDADE

"Portugueses
ponham-se de borco
e façam filhos"
diz este governo da treta
que só dá um chouriço
a quem lhe der um porco
e os tugas vão na pêta
engolem a nova lei da maternidade
sem ler nas entrelinhas
a maldade do "mafarrico"
pois este só dá uma chupeta
a quem lhe der uma loja "chicco"


ABRE OS OLHOS ZÉ!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

REGRESSO AO PASSADO

ABRE OS OLHOS ZÉ!

Em tempo de eleições andam todos a pregar o sermão aos peixes. Não engulas o isco Zé.

ALMADA NEGREIROS

Dizia este ilustre português no seu manifesto:"Um país é feito de qualidades e defeitos, força portugueses só vos faltam as qualidades..."

sábado, 2 de maio de 2009

MARCELO CAETANO

Ontem à noite ao fazer um zapping pelos canais de televisão, apanhei um programa sobre Marcelo Caetano, antigo Primeiro-Ministro de Portugal e menciono antigo PM porque há muitos portugueses desta nova geração que não sabem quem foi este senhor. O programa ia já adiantado, e não consegui saber quem já tinha dado a sua opinião sobre o Primeiro-Ministro ao tempo do 25 de Abril. Ouvi os filhos e os netos, ouvi amigos e o que me ficou na memória foi este "pequeno facto": Marcelo partiu para o exilio só com uma pequena mala de roupa, foi para o Brasil sem destino e sem dinheiro. Refez a sua vida, não quis voltar à Pátria, não quis a sua "enorme fortuna" que tinha sido congelada e que depois de ter sido posta à disposição foi dividida pelos filhos. A parte que tocou a Miguel Caetano, seu filho, deu apenas para este ir visitar o pai ao Brasil... Ah como enriqueceram estes "malandros". Hoje tenho pena destes ministros desta nossa democracia "avant 25 de Abril", que são uns pobretanas e estão ali apenas, com prejuízo próprio, para servir a Pátria...

sexta-feira, 1 de maio de 2009

O CHEFE DO REBANHO

Veio agora um Tribunal qualquer (da Relação ou Supremo não sei) dizer que a acção interposta por Jaime Gama não teve provimento e logo deu razão ao "puto" que foi usado e abusado por uns marqueses que agora se escudam em caducidades obsoletas. A mim mete-me ferro que uma gama de Pedros ou Paulos se empoleirassem às costas de meia-dúzia de putos indefesos. Essa cruz que os putos carregaram às costas eram orgias e ritos, mas hoje já nada é como dantes, quartel general em Abrantes. A casa pia, os gatos ladram, a justiça assobia para o lado e a caravana passa...

LARGO DR. OLIVEIRA SALAZAR

Não foi o 25 de Abril que me deu a liberdade e a democracia. Está em mim, como sempre esteve. mas há quem pense que a democracia é uma coisa deles, muito restrita, uma visão muito esquerda, como se o corpo humano não tivesse duas mãos, duas pernas. Vem isto a propósito da inauguração do largo Salazar em Santa Comba Dão. Que raio de democracia é que nós temos? O Dr.Salazar já morreu há muito tempo, será que incomoda assim tanto? Será democracia construir uma ponte 25 de Abril num dia? Quer queiramos ou não, o Doutor Oliveira Salazar faz parte da nossa história, deixou um legado bom ou mau ( ou bom e mau) conforme as nossas interpretações. Não podemos apagar esse período da nossa história, devíamos talvez era estudá-lo com mais atenção. E se como diz a canção, houver uma praça de gente, que seja do outro lado da mão esquerda, isso é democracia e não devemos pôr em causa as ideias de cada um. Democracia não pode ser continuarmos a culparmos o Sr. António de tudo, depois de lapidarmos as toneladas de ouro que nos deixou.

ACORDA ZÉ

Tantos decretos, tantas leis, tantas ideias que a oposição apresenta e essa macabra maioria PS rejeita, dando ares de poder absoluto, do quero posso e mando. Agora, alguém propôs uma alteração à lei de financiamento dos partidos, ( que foi revista recentemente) e a bancada do PS levantou-se em peso dando o seu amém. A bandalheira está instalada. Acorda Zé! O 25 de Abril, não foi só ontem e hoje. Há mais vinte e cincos de Abril para cumprir.

1º DE MAIO

Hoje é o dia do trabalhador! Trabalhador... mas que trabalhador? O que foi despedido? o que está no desemprego? O que está em layout? O português emigrante? Aquele que recebe a recibos verdes? Ou aquele que não recebe? Hoje é o dia do trabalhador "inginheiro" porque trabalhador só há um, é ele e mais nenhum. Com um país a transbordar de problemas lá anda ele afanosamente, de terra em terra, a fazer de Almirante Américo Tomás, cortando fitas, botando discurso, erguendo os magalhães (os manganões), mostrando criancinhas, dando diplomas a velhos, de sul a norte, sem olhar o desnorte em que caímos. Dia do trabalhador, título que o sr.engenheiro (ou não, não sei) merece, ele não é homem de ficar no gabinete, sentado ali a procurar soluções, dando ordens, cumprindo o que prometeu, simplificando o simplex. Não, ele não é homem para isso, é mais do andex por aqui e por ali dando bitaites, dando beijinhos e abraços que o zé merece. Mas não pensem que é por causa das eleições, nãooooooooo, é por amor à Pátria...


Ps: Pátria PS claro!

terça-feira, 28 de abril de 2009

INDIFERENÇA

Dói-me esta indiferença
este mastigar lento da memória
que cuspo angustiado
nas balizas do tempo
já não me dói o passado
já não me dói o presente
agoniza-me pensar no futuro.

SEREIAS

No espelho em que me vejo e me invento
imagino as manhãs longas que vou parir
sonhando esse mar chão onde florescem
pequenas sereias de quem acalento
saborear os frutos que amadurecem
à beira-mar do meu contentamento.

sábado, 25 de abril de 2009

VÍDEOS MENTIRAS E SEXO

Os vídeos não contam; as escutas telefónicas são ilegais; os putos são uns mentirosos; as pressões não existem; os mcains piraram-se; os autarcas gozam que nem uns pretos; os pretos gozam com a polícia; os partidos prometem e não cumprem; os deputados fartam-se de gozar à nossa conta; o governo desgoverna; o PM vem no vídeo.É mentira. O sr. engº ou não, as casas da Covilhã ou não, a universidade independente ou não, o freeport ou não: É mentira. Dos vídeos que não contam às mentiras que nos contam é um mar inJUSTIÇA, é um oceano de inSEGURANÇA. Saúde, educação, segurança social são os dentes podres deste 25 de Abril que hoje alguns comemoram. Um vinte e cinco de Abril mal contado às nossas crianças. O Zé sofre e as elites gozam. De vídeos e mentiras já chega, agora Zé pôe-te a quatro patas porque este governo quer completar a trilogia.

terça-feira, 21 de abril de 2009

A NOSSA SAÚDE OUTRA VEZ

Hospital Amadora-Sintra, quarta -feira, 22 horas da noite, chego ao hospital torcido de dores, a sala de espera está cheia, faço a inscrição, entro para a triagem, sigo para o gabinete 10 onde sou atendido por uma médica de voz estrangeirada; passo ao gabinete 8 onde me enfiam um tubo pelo sexo dentro e lá se foram as dores. Saio de lá às 4 horas da madrugada. Madrugada de domingo, 4 horas, volto ao local do crime sou atendido por uma funcionária portuguesa, vou à triagem com uma enfermeira espanhola, sigo para o gabinete 16 onde um médico ucraniano me atende as queixas e passo para a enfermeira que por acaso também é espanhola (ou não, não sei) . Saio às 7 horas. Segunda-feira, 10 da manhã, regresso outra vez ao hospital para tirar o dito tubo. Espera-me uma sala cheia a transbordar, filas de ambulâncias, pessoas encolhidas pelos cantos, fitas vermelhas, azuis, amarelas e verdes a brilhar nos pulsos de tanta e tanta gente. De quando em vez, pelo altifalante, chamam pelos doentes em vozes de tanta nacionalidade, que é um desafio perceber quem é quem. Chamam-me às 16 horas, sou atendido por uma médica de cor e o enfermeiro português retira o tal apêndice. Seis horas para me retirarem um tubo e que durou um minuto a fazer! è isto a nossa saúde.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

A NOSSA "SAÚDE"

Em Dezembro findo recebi uma notícia boa e outra má. A boa é que o meu caro Dr. Guimarães pediu a reforma e foi gozar a vida para outras paragens, a má, é que fiquei sem médico de família e agora vou juntar-me ao rol dos quatorze ou quinze mil utentes nas mesmas circunstâncias. É isto a nossa saúde. Felizmente que amigos meus me aconselharam a inscrever-me na Associação O Vigilante, que presta cuidados médicos aqui, na Amadora. Por azar precisei logo de assistência, por sorte encontrei uma médica com o perfil do que eu entendo por médico. Uma consulta, uma hora e muitos pontos de encontro na relação doente-médico. Afinal temos bons médicos, porquê este Serviço Nacional de saúde?

segunda-feira, 6 de abril de 2009

ÉRAMOS TODOS BONS RAPAZES

Foi com imenso agrado que vi ontem na RTP, no programa "As Escolhas de Marcelo", a recomendação ao meu livro "Éramos Todos Bons rapazes". Para quem não assistiu, poderá ver na internet no site da RTP, o vídeo do programa e a lista de livros recomendados neste Domingo 5 de Abril de 2009.

sábado, 4 de abril de 2009

CHAMAR OS BOIS PELOS NOMES

A Sexta-Feira é dia de Jornal Nacional da TVI. Pelas 20 horas não perco a Manuela Moura Guedes e as suas notícias. Sem papas na língua, que os bois são o que são. O caso Freeport, ali, não anda em banho-maria, está quente, bem quentinho. Mudo o canal e vou à Sic Notícias, e apanho no início uma entrevista com o Dr.Pires de Lima. Mais nomes para os bois. Uma delícia ouvir a serenidade e frontalidade deste Senhor. Mas parece que o país não está atento. O Zé gosta mais de telenovelas, de futeboladas e de socretices. Abre o olho Zé Povinho!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

UM DIA NA "EMBAIXADA"

Aspiras o ar e o fumo simultaneamente. O cigarro
Nas tuas mãos delicadas
Decresce a cada fumaça.
O fumo, esse, serpenteia por entre
Os teus cabelos
Castanhos dourados, ou não
Não sei.

Mordes o dedo enquanto
O azul dos teus olhos
Percorre o azul dos meus, ou não
Não sei.

O teu sorriso salpica-se a cada palavra
Que pronuncias à tua companheira enquanto
O nevoeiro do fumo envolve cumplicidades,
Ou não
Não sei.

Tento adivinhar pela tua pose, pelos teus gestos
se és mulher do dia
Da noite, da madrugada
Serás ou não,
Não sei.

O cigarro morre no cinzeiro
O fumo dissipa-se e tu
Recostada na cadeira, sorvendo da taça,
Esse champanhe feito sangria
Continuas a ser para mim
Uma interrogação,
Podes ser rio azul e sereno
Ou mar verde e bravio
Ou não,
Não sei.

E partes, deixando
Como entraste, um rasto de interrogação
E eu sentado na mesa no outro canto
Acabando o resto da coca-cola,
Fico sonhando ou não
Não sei!

EMBAIXADA DOS SABORES

Amadora não é apenas dormitório, pelo contrário é uma cidade com vida, com movimento e com bons restaurantes como prova o restaurante Embaixada dos Sabores. Vale a pena visitar a Amadora e almoçar ou jantar neste restaurante pois tem um ambiente agradável, empregados simpáticos e qualidade no serviço. Amadora no seu melhor. Aqui fica uma pequena homenagem a este espaço:


As meninas




Percorrem a sala vezes sem conta
Em passos de magia, sinuosas gazelas em selva citadina.

Os olhares atentos, os gestos delicados
Os sorrisos fáceis
São os sabores que temperam esta salada
Tão simples, tão colorida.

As mãos frágeis, trazem-me o café
Adoço-o com meio pacote de açúcar
E o mel de um sorriso furtivo.

Hoje, não comi a sobremesa
Essa, fica na ternura de um até amanhã.

HOJE É DIA DAS MENTIRAS

Última hora: Sócrates não está envolvido no caso FREEPORT!

segunda-feira, 30 de março de 2009

PORTUGAL-SUÉCIA

Este nosso futebolzinho
que se torna tão atroz
só pode ter um padrinho:
o "atrazo" Carlos Queiróz

PORTUGAL FREEPORT

Portugal porto livre para corruptos, pedófilos, assassinos e vigaristas. Queria eu, Portugal, chamar-te Pátria minha, mas isto mais parece "um Portugal de pequeninos" comandado por bando de incompetentes

sábado, 28 de março de 2009

ALFREDO FARINHA

Morreu o mestre! O jornalista Alfredo Farinha morreu ontem aos 83 anos de idade. Deixa uma lição de vida para quem cá fica, homem de uma uma cultura invulgar, fez escola no meio jornalístico do desporto, especialmente na bíblia dos jornais desportivos "A Bola". Ultimamente escrevia artigos de opinião no semanário "O Diabo", denunciando o que vai mal na nossa democracia. Um dos seus últimos trabalhos, de Fevereiro passado, contraria a posição do M.Público, que dizia que José Sócrates não era, nem nunca tinha sido suspeito ou arguido no caso Freeport. E dizia, que se fosse preciso ele tinha uma fotocopia de um documento que relatava o contrário. Até hoje parece que ninguém leu "O Diabo". Porque sempre li os seus artigos desportivos, e mais recentemente todos os outros, além de que tive o privilégio de o conhecer pessoalmente, aqui fica esta pequena homenagem a este grande JORNALISTA.

É CORRUPTO DIZ SMITH

Conversa gravada em DVD revela Smith a chamar corrupto a SócratesEra uma vez um engenheiro ou não, não sei, embrulhado numa universidade independente, com inglês técnico à mistura, exames fora de horas, amigos e reitores a darem os amen, cursos da treta ou não, não sei. Era uma vez umas casitas lá para os lados da Guarda ou da Covilhã, desenhadas e assinadas por um engenheiro ou não, não sei. Era uma vez um freeport envolto em densas nuvens, com portugueses e ingleses à molhada, dinheiro por cima e por baixo, ministros, advogados, influências, transferências e outras minudências ou não, não sei. Era uma vez um trombone, mostrado em vídeo, com todos os Smiths do mundo a dizerem: é corrupto, e a maralha de cá a encolher os ombros, a fechar os olhos, MP e PJ a dizerem que sim mas também, que o amor é chama que arde sem se ver, ou não , não sei. Era uma vez, um tio, um primo, uma mãe, outro tio também, mais um secretário de estado e outra meia-dúzia de "iluminados" a defenderem o indefensável, ou não, não sei. Era uma vez um país do Zé Povinho, que quando povinho metendo o pé na poça é preso e pio e não se questiona por todos os apitos dourados, casas pias, operações furacão, casos portucale, freeport, bpn, bpp e o que mais adiante surja. Será que os Pintos da Costa, os Valentins Loureiro, os Sócrates, os administradores desses bancos, o governador do banco de Portugal, os Dias Loureiro, os Isaltinos, as Fátimas Felgueiras, são os nossos heróis? Ou não? não sei.

quarta-feira, 18 de março de 2009

PORTUGAL NO SEU MELHOR

O jornal Correio da Manhã publica hoje em capa ARMANDO VARA DUPLICA SALÁRIO NO BCP. Neste país (?!) de brincar, uns são "ARMANDOS", os outros, a maioria anda à "VARA". Quando é que abres os olhos Zé?

BY E BYE MISTER QUIQUE FLORES

Se estivermos à QUOQUA, verificamos que este QUIQUE é uma QUEQUA que só tem QUAQUA na QUUQUA.

sábado, 14 de março de 2009

E AGORA BENFICA?

E agora? É fácil, uma tríade que não apresenta resultados só tem um caminho a seguir: RUA!

Um presidente sem tino
um director desportivo em desatino
um treinador bem cretino

só têm um destino: façam as malas e vão dar uma volta!

UM BENFICA À DERIVA

Biseswar é visto por Rui Costa como boa alternativa para o flanco direito do ataque em 2009/10


Um administrador que não cumpre os objectivos tem que se demitir. E atenção benfiquistas, um bom pedreiro não quer dizer que seja mais tarde um bom mestre de obras. E o caso Rui Costa é um exemplo disso. Tudo o que fez desde o início da época foi errado e as consequências estão à vista: ganhos zero, prejuízos muitos.

O QUE DIZ QUIQUE fLORES


Quique Flores disse que a goleada (7-1) do Sporting frente ao Bayern foi um “acidente do futebol”
Discurso directo

"Bento não pode ser sacrificado”

... Mas Quique pode e deve!

quinta-feira, 5 de março de 2009

NOTÍCIAS QUE ME PREOCUPAM

* Onde param os 14 mil milhões de euros de fundos europeus destinados ao norte?

* Emigrantes enviam menos dinheiro para Portugal

* Há um milhão de idosos com menos de 300 euros por mês para viver

* O extenso "currículo" de Armando Vara e a quantidade de "tachos" que acumula


ISTO É PORTUGAL NO SEU MELHOR

A PINTURA E O LIVRO

O LIVRO E A PINTURA

O LIVRO E A PINTURA

quarta-feira, 4 de março de 2009

INTERROGAÇÃO

A PINTURA E O LIVRO

Esta colecção da Porto Editora tem o mérito de, além de proporcionar aos professores um conjunto de livros de inegável interesse, colocar nas capas pinturas de obras de diversos pintores, demonstrando assim que a arte pode ser divulgada a vários níveis. A capa deste 25º e último livro da colecção, inclui um pintura deste modesto pintor.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

TILDINHA

Curiosas são as palavras que a Tildinha quer introduzir no léxico nacional.

Assim para o feminino de lutadora responde luteira, para o de padre, diz padra, para herói, lá vai heroa e finalmente para pinguim, simplesmente pinguína. Se o bué já entrou, se a caminho vem um chorrilho de brasileiradas, porque não esta linguagem de uma portuguesita de 3 anos?

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O CONGRESSO DOS PINÓQUIOS

Pinóquio, por Gris Grimly... e toca a mentir!

CONGRESSO DO PS-RECORDE PARA O GUINESS

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4d/Pinocchio_3ak.jpg

CASAMENTO ENTRE HOMOSSEXUAIS

Grande Dicionário da Língua Portuguesa de Cândido Figueiredo.

CASAMENTO: União legítima entre homem e mulher.

CASAL: Par composto de macho e fêmea, de marido e mulher.

HOMOSSEXUAIS ?

MARICAS-MARICÃO-RABO-RABETA-LARILA-RABICHO-PANASCA-PEDERASTA e na gíria popular aquele que "atraca pela popa", que "engole a palhinha", que "abafa a costeleta" mas na realidade simplesmente Paneleiros.

CAMPANHA NEGRA?


Só se for na Cova da Moura - Amadora!

CARNAVAL

Vale a pena revisitarmos estes dias passados do Carnaval e vermos o que nos rodeia. O nosso entrudo não é este, já não bastava termos aviões cheios de jogadores de futebol vindos do Brasil, já não bastava termos as nossas cidades invadidas pelas prostitutas brasileiras, já não bastava termos de falar e escrever como os ditos indígenas, como agora termos que levar com as escolas de samba nos nossos desfiles de Carnaval. Basta de Brasileiradas!

sábado, 21 de fevereiro de 2009

CONTRA CAPA DO LIVRO ESTE MAR QUE ARDE


Aqui fica o registo da excelente prosa poética que a poeta e pintora Ana Viana me presenteou na contra-capa do meu livro "Este Mar Que Arde".

ESTE PAÍS QUE TEMOS


Éramos o país dos três efes: Fátima Fado e Futebol. Agora somos o país dos Pinóquios!



BORDALO PINHEIRO


Somos Zé e somos Povinho mas atenção!


PS: Não somos atrasados mentais!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

ARTIGO DE OPINIÃO

Não admira que num país assim emerjam cavalgaduras, que chegam ao topo, dizendo ter formação, que nunca adquiriram, que usem dinheiros públicos (fortunas escandalosas) para se promoverem pessoalmente face a um público acrítico, burro e embrutecido.

Este é um país em que a Câmara Municipalde Lisboa, desde o 25 de Abril distribui casas de RENDA ECONÓMICA - mas não de construção económica - aos seus altos funcionários e jornalistas, em que estes últimos, em atitude de gratidão, passaram a esconder as verdadeiras
notícias e passaram a "prostituir-se" na sua dignidade profissional, a troco de participar nos roubos de dinheiros públicos, destinados a gente carenciada, mas mais honesta que estes bandalhos.

Em dado momento a actividade do jornalismo constituiu-se como O VERDADEIRO PODER. Só pela sua acção se sabia a verdade sobre os podres forjados pelos políticos e pelo poder judicial. gora contínua a ser o VERDADEIRO PODER mas senta-se à mesa dos corruptos e com eles partilha os despojos, rapando os ossos ao esqueleto deste povo burro e embrutecido. Para garantir que vai continuar burro o grande cavallia (que em português significa cavalgadura) desferiu o golpe de morte ao ensino público e coroou a acção com a criação das Novas Oportunidades.

Gente assim mal formada vai aceitar tudo e o país será o pátio de recreio dos mafiosos.

A justiça portuguesa não é apenas cega. É surda, muda, coxa e marreca.


Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso, apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção. Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros. Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um fim, ponto final, assunto arrumado. Não se fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada.

Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que, nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas Consequências, nada é definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.

Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia, foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao caso Casa Pia, sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou, nem quem são os
criminosos ou quantos crimes houve.

Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituámo-nos a prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal, e que este é um país onde as coisas importantes são "abafadas", como se vivêssemos ainda em ditadura.

E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este estado de coisas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogs, dos computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e
esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.

Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport Lisboa Benfica, da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de
Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga Parques ao grande empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho, há por aí alguém quem acredite que algum destes secretos arquivos e seus possíveis e alegados, muitos alegados crimes, acabem
por ser investigados, julgados e devidamente punidos?

Vale e Azevedo pagou por todos?

Quem se lembra dos doentes infectados por acidente e negligência de Leonor Beleza com o vírus da sida?

Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado num parque aquático?

Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico?

Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana?,

Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?

Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma.

No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível, alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a condenar alguém?

As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da criança, contribuindo para a confusão desta investigação em que a Polícia espalha rumores e indícios que não têm substância.

E a miúda desaparecida em Figueira? Oque lhe aconteceu? E todas as crianças desaparecida antes delas, quem as procurou?

E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos, alguns menores, onde tanta gente "importante" estava envolvida, o que aconteceu?

Arranjou-se um bode expiatório, foi o que aconteceu.

E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela reconheceu imensa gente "importante", jogadores de futebol, milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu e porquê?

E os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran mais os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que isso pára?

O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha.

E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter assassinado doentes por negligência? Exerce medicina?

E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é apenas cega, é surda, muda, coxa e marreca.

Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao esquecimento.

Ninguém quer saber a verdade. Ou, pelo menos, tentar saber a verdade.

Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e abusarão de crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto que os abusos sobre meninas ficaram sempre na sombra.

Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de protecções e lavagens , de corporações e famílias , de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade.

Este é o maior fracasso da democracia portuguesa

Clara Ferreira Alves - "Expresso"

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

ARTIGO DE OPINIÃO

MÁRIO CRESPO IN JORNAL DE NOTÍCIAS




Está bem... façamos de conta
Ontem

Façamos de conta que nada aconteceu no Freeport. Que não houve invulgaridades no processo de licenciamento e que despachos ministeriais a três dias do fim de um governo são coisa normal. Que não houve tios e primos a falar para sobrinhas e sobrinhos e a referir montantes de milhões (contos, libras, euros?). Façamos de conta que a Universidade que licenciou José Sócrates não está fechada no meio de um caso de polícia com arguidos e tudo.
Façamos de conta que José Sócrates sabe mesmo falar Inglês. Façamos de conta que é de aceitar a tese do professor Freitas do Amaral de que, pelo que sabe, no Freeport está tudo bem e é em termos quid juris irrepreensível. Façamos de conta que aceitamos o mestrado em Gestão com que na mesma entrevista Freitas do Amaral distinguiu o primeiro-ministro e façamos de conta que não é absurdo colocá-lo numa das "melhores posições no Mundo" para enfrentar a crise devido aos prodígios académicos que Freitas do Amaral lhe reconheceu. Façamos de conta que, como o afirma o professor Correia de Campos, tudo isto não passa de uma invenção dos média. Façamos de conta que o "Magalhães" é a sério e que nunca houve alunos/figurantes contratados para encenar acções de propaganda do Governo sobre a educação. Façamos de conta que a OCDE se pronunciou sobre a educação em Portugal considerando-a do melhor que há no Mundo. Façamos de conta que Jorge Coelho nunca disse que "quem se mete com o PS leva". Façamos de conta que Augusto Santos Silva nunca disse que do que gostava mesmo era de "malhar na Direita" (acho que Klaus Barbie disse o mesmo da Esquerda). Façamos de conta que o director do Sol não declarou que teve pressões e ameaças de represálias económicas se publicasse reportagens sobre o Freeport. Façamos de conta que o ministro da Presidência Pedro Silva Pereira não me telefonou a tentar saber por "onde é que eu ia começar" a entrevista que lhe fiz sobre o Freeport e não me voltou a telefonar pouco antes da entrevista a dizer que queria ser tratado por ministro e sem confianças de natureza pessoal. Façamos de conta que Edmundo Pedro não está preocupado com a "falta de liberdade". E Manuel Alegre também. Façamos de conta que não é infinitamente ridículo e perverso comparar o Caso Freeport ao Caso Dreyfus. Façamos de conta que não aconteceu nada com o professor Charrua e que não houve indagações da Polícia antes de manifestações legais de professores. Façamos de conta que é normal a sequência de entrevistas do Ministério Público e são normais e de boa prática democrática as declarações do procurador-geral da República. Façamos de conta que não há SIS. Façamos de conta que o presidente da República não chamou o PGR sobre o Freeport e quando disse que isto era assunto de Estado não queria dizer nada disso. Façamos de conta que esta democracia está a funcionar e votemos. Votemos, já que temos a valsa começada, e o nada há-de acabar-se como todas as coisas. Votemos Chaves, Mugabe, Castro, Eduardo dos Santos, Kabila ou o que quer que seja. Votemos por unanimidade porque de facto não interessa. A continuar assim, é só a fazer de conta que votamos.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

CASAMENTO ENTRE HOMOSEXUAIS

Pergunta inocente:

Se por acaso um PR ou um Primeiro Ministro, (só por mero acaso), for homosexual, será que nas cerimónias oficiais teremos uma primeira-dama "machona" e de bigode farfalhudo?

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

DRAGÕES

Desse leito de palavras ambíguas
onde mergulhámos
saltam dragões que incendeiam
as pontes levadiças
do nosso castelo desencantado.

NÓS POR CÁ...

Discurso do ex-1º Ministro Australiano John Howard à Comunidade Muçulmana

Esperemos que a Europa siga o exemplo...

Discurso do 1º Ministro Australiano à comunidade Muçulmana


Aos Muçulmanos que querem viver de acordo com a lei do Sharia
Islâmico foi-lhes dito muito recentemente para deixarem a Australia,
no âmbito das medidas de segurança tomadas para continuar a fazer face
aos eventuais ataques terroristas.
Aparentemente, o Primeiro Ministro John Howard chocou alguns
muçulmanos australianos declarando que apoiava agências-espiãs
encarregadas de supervisionar as mesquitas da nação. Citação:

OS IMIGRANTES NÃO-AUSTRALIANOS, DEVEM ADAPTAR-SE. É pegar ou

largar ! Estou cansado de saber que esta nação se inquieta ao
ofendermos certos indivíduos ou a sua cultura. Desde os ataques
terroristas em Bali, assistimos a uma subida de patriotismo na maioria
do Australianos.'
A nossa cultura está desenvolvida desde há mais de dois séculos
de lutas, de habilidade e de vitórias de milhões de homens e mulheres
que procuraram a liberdade.'
A nossa língua oficial é o Inglês; não é o Espagnol, o Libanês,
o Árabe, o Chinês, o Japonês, ou qualquer outra língua. Por
conseguinte, se desejam fazer parte da nossa sociedade, aprendam a
nossa língua!'
A maior parte do Australianos crê em Deus. Não se trata de uma
obrigação cristã, de influência da direita ou pressão política, mas é
um facto, porque homens e mulheres fundaram esta nação sobre
princípios cristãos, e isso é ensinado oficialmente. É perfeitamente
adequado afixá-lo sobre os muros das nossas escolas. Se Deus vos
ofende, sugiro-vos então que encarem outra parte do mundo como o vosso
país de acolhimento, porque Deus
faz parte da nossa cultura.'
Nós aceitaremos as vossas crenças sem fazer perguntas. Tudo o
que vos pedimos é que aceitem as nossas e vivam em harmonia e em paz
connosco.
ESTE É O NOSSO PAÍS, A NOSSA TERRA, E O NOSSO ESTILO DE VIDA'.
E oferecemos-vos a oportunidade de aproveitar tudo isto. Mas se vocês
têem muitas razões de queixa, se estão fartos da nossa bandeira, do
nosso compromisso, das nossas crenças cristãs, ou do nosso estilo de
vida, incentivo-os fortemente a tirarem partido de uma outra grande
liberdade autraliana, : 'O DIREITO de PARTIR.' 'Se não são felizes
aqui, então PARTAM.
Não vos forçamos a vir para aqui. Vocês pediram para vir para cá.
Então, aceitem o país que vos aceitou.'

domingo, 8 de fevereiro de 2009

QUATRO CASAMENTOS E UM FUNERAL

Segunda-feira, nove da manhã, desço a rua Alexandre Herculano, volto aos sinais e sigo em frente até à rotunda. Volto à direita e vou pela rua paralela à via férrea, atravesso o jardim central e estaciono junto à Universidade Sénior. Desço a escada e estou na minha sala de aulas, arrumando as mesas, colocando o material e esperando pelos alunos.

Terça-feira bem cedo rumo à IC 19, percorro o trajecto em andamento mais ou menos rápido até à Segunda Circular, tomo o lugar na fila que escorre mais lentamente e passando o nó de Pina Manique rápido estou nas torres de Lisboa. Entro na empresa, faço o ritual dos visitantes e depressa estou no elevador até ao terceiro andar. Na sala respira-se o trabalho, eu sou a desestabilização, entro pé-ante-pé, percorro as secretárias, dou um olá em geral e vou até aos meus antigos colegas. Um beijo, um aperto de mão, o convite para o café, e lá vamos os oito para o pequeno bar mordiscar um sortido de chocolate, pôr as notícias da semana em dia e dizer em surdina: "bolas o euromilhões não há meio de nos sair". Um adeus, até para a semana, sair para outros andares, ver uma e outra cara conhecida e sair horas depois naquela liberdade que eles não têm. Aquela "prisão" que já foi minha é agora um areal onde de me vou espraiar...

Quarta-feira vou pela tarde até Telheiras, espero junto ao colégio pela hora certa. Entro. Espreito pela vidraça da porta o desassossego da pequenada, assim que me vê, M... salta da cadeira e corre aos gritos para os meus braços: avô... E os dois, bem juntos porque a chuva não pára, corremos para o carro e rumamos a casa. As histórias sucedem-se, a irreverência continua, e ambos no chão da sala revivemos a Bela Adormecida, a Aurora e o Príncipe, as pollis, o Mickey e a Minnie. A noite chega, a chuva continua a cair e nós vivemos.

Quinta-feira. O Atelier espera por mim, pelo chão dois ou três quadros inacabados, a um canto o retrato de M por acabar, em cima da mesa junto a um pequeno sofá um livro que terminei de ler e que espera uma arrumação na estante. Não me apetece pintar, ler também não, muito menos arquivar aquele monte de papéis que esperam a sua vez, vou para o computador e escrevo. Pelas cinco da tarde passo pelos meus amigos que se reúnem em plena rua ao frio e à chuva. Dois dedos de conversa, encontros e desencontros de palavras, discussão dessa clubite aguda e consenso geral: este país está uma merda. Volto a casa, arrumo os tarecos, ponho a loiça a lavar, faço o jantar e espero que pelas dez da noite venha a primeira dama (morta de trabalho) e o príncipe herdeiro para um jantar feito de palavras gastas.

E UM FUNERAL

Percorro a IC 19 até Sintra debaixo de um tempo esquisito. Ora nublado ora solarengo. As novas obras, com a abertura de uma nova via, deviam fazer-me chegar rápido ao destino, mas infelizmente e à portuguesa, fazem-se desvios, sinalizados só no primeiro troço, depois... bem depois é atirar à sorte o rumo que devemos seguir. Por puro instinto desviei-me sempre bem e cheguei à capela a horas. O sol estava fortíssimo, as nuvens inquietas, a chuva recolhida. Puro engano! Em pleno cemitério, o sol recolheu-se, as nuvens zangaram-se e a chuva desabou, em catadupas. Mas a vida continua.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O DIA "D"

Nunca escrevi um diário, ou por outra, comecei já lá vão muitos anos, quando de partida para a guerra, um esboço que se ficou por meia-dúzia de páginas, enquanto o velho "Niassa" navegava oceano fora. Morreu ali, mesmo às portas do cais de Luanda. Não mais escrevi uma linha em "diário". Durante a guerra o meu diário foi ficando gravado na memória. Os tempos, os ventos, as marés, estão ainda bem vivos algures numa "gaveta", ou se quisermos, na memória ram da minha cabeça-computador. De lá já retirei pequenos pedaços de vida e que registei no livro "Éramos todos bons rapazes" que publiquei em 2008. Poderia dizer que no meu blogue todos os registos são pequenas peças de um diário, o que não é de todo mentira, mas não é um diário na verdadeira acepção da palavra. Agora, que uma das minhas alunas da pintura me ofereceu um pequeno livro, com o retrato de Fernando Pessoa na capa (que ela retirou do meu blogue) dá-me vontade de começar a escrever. Mas penso que poderei também retirar dele breves trechos de escrita e fazer um mini diário no meu blogue. Hoje é o dia D.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

A PALAVRA DOS OUTROS

"Se José Sócrates acha suspeito que isto surja agora em vésperas de eleições então deveria achar natural que se suspeite dele por ter aprovado o Freeport também em vésperas de eleições"

Pedro Almeida Vieira
in jornal "O Diabo"

MANIFESTO

Este meu poema foi escrito em 2008. Volta agora aqui, porque os ésses estão na moda. Há quem afirme que este assunto tem que ser tratado com pinças. Eu diria que com luvas, de pelica, de cabedal ou pele, porque na nossa pele vamos sentir as outras.


MANIFESTO ANTI-S

Eu não gosto de ésses.Basta de ésses!
Abaixo os ésses, a dinastia dos ésses, a pluralidade dos ésses
dos de sá, que me lembra o pinto e o pinto que me lembra costa
e o mar que me salga, que destila sal, que vai à sala e
por azar também é sa, de sal, de Salazar
e do ar, que nos deu, inquinado ou não, conforme a opinião
ar de mar, de maresia, de opinar, de cortar o pensamento e degredar.
Não gosto de ésses
abaixo a monarquia dos ésses!
Abaixo os reis, abaixo o S de Sebastião, mas abaixo o nosso reizinho, não!
Abaixo o se de bastião, não gosto de bastiões, nem sequer envoltos em nevoeiro
que os ésses podem voltarem em manhãs de escuridão
mas às vezes, porque não, servir um certo abanão
à mesa dos comilões.
Não gosto do S de salmão, mas gosto de salmão, posso tirar-lhe o S e gritar p'rá cozinha:
sai um prato de almão, mas nós não temos almão
temos apenas alminha, tão débil, tão quebradiça
que nem a hóstea da missa, servida em taças de prata
nos equilibra a balança, e o mundo pula e avança como bola colorida
e não nos enche a pança, não nos sara a ferida
aberta por esses ses da nossa peregrinação.
Basta de ésses!
O ésse é de servil!
o ésse é de sorumbático!
o ésse é de salsada!
o ésse é de salafrário!
o ésse não pode morrer solteiro!
Eu não gosto dos ésses, abaixo os ésses de saloíce, do seguidismo, dos salamaleques
mas eu gosto da Ofia Mello Breyner, mas não gosto do Sousa, o Tavares
mas eu gosto da Ofia Loren, do José Aramago, só não gosto dos ésses.
O ésse vem no fim do abecedário, gosta de plurais, eu sou mais singular, sou mais um por todos
mesmo que um Benfica em mó de baixo
não gosto do ésse no todos por um, porque me cheira a todos por um tacho
não gosto do ésse de Sporting
não gosto do ésse da Sportv
não gosto das tv's que nos servem
não gostos dos salários que nos servem.
Abaixo os ésses e os ses!
Não gosto do S no início da palavra, não gosto do S no fim da palavra
Não gosto de Sócrates, o antigo, porque tem dois ésses
não gosto de Sócrates, o moderno, porque não gosto que me socratizem
porque tem dois ésses, porque de só, só gosto do António Nobre.
Abaixo o S
abaixo o so de solidão, de sofismas, de sofrimento
abaixo os ésses de safardanas, de sacripantas, de sidosos
porque o S é de sacana, de senil, é de senhor doutor
porque é também serpenteante, tem curvas, contra-curvas, ravinas
percorre o sul, o sotavento. É o princípio dos sismos, acaba em tempestades
temos que abolir o S do nosso vocabulário, já!
Para que precisamos do S em S. Bento? e a segurança social é melhor com dois ésses?
e a saúde com S?
Não aos S, aos SS, aos sistemas, aos esquemas
aos emblemas.
Abaixo o S! Abaixo o sa, o sal, o sala, o Salazar
Abaixo o só, o sozinho, o sozista, o Sócrates, os socráticos e os socreteiros!
Porque o António era um homem só, porque quem mandava era um homem só, porque isolados éramos um país só, em redoma periclitante.
porque não gosto de gente arrogante, nem de gente mareante, que navega
em naus douradas, enquanto a nossa pesca se afunda.
Basta de ésses.
Fora com os ésses de mentirosos
fora com os ésses de sabichões, de licenciados até ver, de doutores
de contadores de histórias, de aldrabões.
Fora com o sopro dourado dos apitos, com o sopro estrangulado da casa pia.
A verdade não tem ésse! a justiça não tem ésse!
Que os ésses sejam julgados no Rossio.
Fora com os ésses de senadores
abaixo as comissões, as assembleias, os colóquios
abaixo os ilusionistas, os malabaristas
Portugal não tem ésse
o povo não tem ésse
mas Sócrates tem
fora com os pinóquios, já!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

A PERGUNTA DO DIA

Até quando a nossa paciência
tolerância ou patetice
ignorância ou ciência
que nós temos por suporte
Dá para aguentar esta socretice
do mistério do freeport?

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

O PAÍS DAS COISAS BOAS

O PAÍS DAS COISAS MÁS

ANO NOVO, VIDA...

Acabei o ano escrevendo sobre D. Manga no país das coisas boas. Começo o ano falando de D. Pinóquio "S" no país das coisas más. No dealbar deste ano, é tempo de fazer o inventário e balanço das coisas passadas e, como é natural, fazer também uma previsão e alguns planos para este ano de 2009. Um bom ano para todos os meus amigos.

EM TERRA DE CEGOS QUEM TEM UM OLHO...