terça-feira, 30 de novembro de 2010

AINDA A TERTÚLIA

MINISTÉRIO


Pessoa a presidente
a 1º ministro talvez Camões
na saúde Miguel Torga
Antero na pasta dos milhões.
António Nobre nos estrangeiros
Jorge de Sena na defesa
de Portugal
Cesário Eugénio e o O'neil
todos na mesma mesa
estoicamente sentados
defendendo o social.
Florbela na educação
na cultura eleita a Sofia
e na assembleia os deputados
todos todos
os amigos da poesia.

AMIGOS DA POESIA

O mote da poesia da nossa tertúlia era exactamente o título em epígrafe e meia hora antes da reunião saiu-me assim:

se os ventos vindos do mar
fossem palavras e maresias
ouviriam este sussurrar
dos amigos da poesia

sussurros revoltas e lamentos
do navegar do dia-a-dia
são tempestades são os ventos
dos amigos da poesia

e se tantos neste naufragar
discutem orçamentos economia
neste país prestes a afundar
são tão poucos os amigos da poesia.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

MARIO CESARINY

Thursday, November 26, 2009

MÁRIO CESARINY (LISBOA, 9 DE AGOSTO DE 1923 – LISBOA, 26 DE NOVEMBRO DE 2006)


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O Papá que veio do Leste, Mário Cesariny, 1980


PASTELARIA

Afinal o que importa não é a literatura
nem a crítica de arte nem a câmara escura

Afinal o que importa não é bem o negócio
nem o ter dinheiro ao lado de ter horas de ócio

Afinal o que importa não é ser novo e galante
– ele há tanta maneira de compor uma estante

Afinal o que importa é não ter medo:
fechar os olhos frente ao precipício e cair verticalmente no vício

Não é verdade rapaz? E amanhã há bola
antes de haver cinema madame blanche e parola

Que afinal o que importa não é haver gente com fome
porque assim como assim ainda há muita gente que come

Que afinal o que importa é não ter medo
de chamar o gerente e dizer muito alto ao pé de muita gente:
Gerente! Este leite está azedo!

Que afinal o que importa é pôr ao alto a gola do peludo
à saída da pastelaria, e lá fora – ah, lá fora! – rir de tudo

No riso admirável de quem sabe e gosta
ter lavados e muitos dentes brancos à mostra


Mário Cesariny, in Nobílissima Visão, 1959

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

POEMA ESQUECIDO

Descobri este poema que ficou esquecido num pequeno caderno, algures numa gaveta. Vem hoje a lume e está actual.


Sei de um país moribundo mergulhado numa Europa
que tarda em fazer marear as pequenas naus
que nela se aventuraram.

Sei de um país inquinado por marés de incompetentes
que corrompem as amuradas de um barco
que zarpa sem destino.

Sei de um país angustiado que pergunta de boca-em-boca
que presente que futuro que destino.

E os ventos que nos fustigam não trazem novas
são rajadas de dúvidas são males e calamidades
que nos fazem vergar o pensamento
quebrar o corpo aniquilar a esperança.

Sei de um povo que já foi país
que foi para além do seu tamanho
ultrapassou oceanos e adamastores
desbravou savanas no fim do mundo
espalhou padrões em terras longínquas.

Sei de um povo que vive esmagado pelo martírio
encurralado nas tramas que os donos deste país
urdem e tecem no silêncio que o amordaça.

Sei de um povo que tarda em se levantar!

POESIA

A proposta da nossa tertúlia de poesia para esta quarta-feira era "a idade avançada", como deixei correr o tempo só hoje, uma hora antes peguei no tema. Saiu assim:


Já não tenho idade para mamar
pois a minha idade avançada
leva-me apenas a navegar
nas saudades da minha amada.

Mas senhor
porque me dais tanta dor
ao afundar esta nau
estando eu na amurada?

Eu sei, eu sei
que posso naufragar
mas apesar da idade avançada
tenho vela tenho verga
tenho pau
ainda posso remar.

Mas as crianças senhor
vivem de sonhos e não sonham
aonde vão parar
e sem remos e sem amor
têm um juro que lhes deixamos
e que mais tarde vão pagar.

Já não tenho idade para abocanhar
a doce teta, a maminha
desta "vaca" Pátria minha
que deu de mamar aos glutões.

Ah meu país doente
minha Pátria enamorada
quanto de nós precisas
(aqueles de idade avançada)
para que ergamos o país
levantemos a bandeira
e empunhando a espada
dar em alguns uns safanões.

ALMADA NEGREIROS NO SEU MELHOR

"As construções do estado multiplicam-se a olhos vistos, porém as paredes estão nuas como os seus muros, como um livro aberto sem nenhuma história para o povo ler e fixar"



Não me digas Almada, as grandes obras continuam? e o livro continua aberto sem histórias para contar? Onde raio é que eu já ouvi isto?!!

OUTRA VEZ ALMADA NEGREIROS

Últimatum futurista às gerações portuguesas do século XX:

"O povo completo é aquele que tiver reunido no seu máximo, todas as qualidades e todos os defeitos. Coragem portugueses só vos faltam as qualidades!"

AINDA ALMADA NEGREIROS

"É preciso criar a Pátria portuguesa do século XX"


E a do século XXI?

REVIVER ALMADA NEGREIROS

"Uma geração que se deixa representar por um Dantas é uma geração que nunca o foi. É um cóio de indigentes, de indignos e de cegos, é uma resma de charlatães e de vendidos e só pode parir abaixo de zero. Abaixo a geração! Morra o Dantas, morra. PIM!"

IN MANIFESTO ANTI-DANTAS

Será que este manifesto não tem cabimento noutra era e com outro Dantas?

terça-feira, 16 de novembro de 2010

A PENA E A ARMA

Dizem que a pena é uma arma, que dispara palavras, que fere e mata com contundência. Às vezes penso que tenho pena que a minha pena não seja uma arma. Talvez a eficácia fosse maior.

SURREALISMO

Ah Portugal, Portugal
país das maravilhas
do mar e do sol
do cheiro a maresia
dos endémicos
sabedores e doutores
plateia de pindéricos
que falam de crise
dos suprimes
dos sistémicos
água dura
em pedra mole
que nos inunda
e afunda
com palpites e
contágios
que a guita não abunda
na nossa mão
mas na deles não
e falam como entendidos
posam com ar solene
nos nossos "times"
na televisão
falam de governo de salvação
uns sim outros não
querem sufrágios
porque são devotos
aos votos claro
porque os tachos
ai os tachos são tão lindos
os maganões
dão status dão milhões
e o zé preso aos
grilhões
dessa miséria secular
dá-lhes a teta
para mamar
nesta Cornélia em que este país
se transformou
antro de vampiragem
onde uns comem tudo
e os outros pagam
para salvar um país
que é cada vez mais uma miragem.

sábado, 6 de novembro de 2010

AINDA O EL CORTE INGLÈS

Estes cursos que o Âmbito Cultural do El Corte Inglès proporciona, não nos enriquecem apenas no aspecto cultural mas também no aspecto humano. Novos cursos, novos conhecimentos e novas amizades. Como sou um velho frequentador do El Corte Inglès e dos seus programas culturais, ganhei estima pela Susana Santos alma mater destas iniciativas e foi com agrado que na última aula de História de Portugal a ouvi referir-se ao meu livro "Éramos todos bons rapazes" e à ligação que tenho com o El Corte Inglès. Uma palavra para a Mariana Rodrigues, novata nestas andanças do âmbito e que se tem revelado uma simpatia para com os frequentadores dos cursos. Desta vez e ainda que sentado no mesmo lugar de sempre, fiquei rodeado pela Maria José, colega doutros cursos e pela Armanda Gonçalves estreante nestes ambientes mas que simpaticamente, nos deu a sua atenção.

COMEÇOU A NOVA ÉPOCA

Começou em Outubro a época cultural do El Corte Inglès. Dos cursos antigos faltava-me apenas o de Cinema, dado pelo António Pedro Vasconcelos mas porque as inscrições são às centenas só agora e depois de várias tentativas, consegui o desejado ingresso neste curso. Sempre gostei de cinema, vi centenas de filmes até hoje, pertenci a um cine clube, ajudei na programação dos filmes no cinema da minha cidade, numa história curiosa que um dia contarei. No entanto hoje, por razões várias, o meu tempo de cinéfilo resume aos filmes que compro ou vejo na televisão. Raramente vou a uma sala, porque nada é como dantes. Detesto as pipocas, as salas pequenas, os filmes sem intervalo e sobretudo a poluição sonora que debitam na amostragem dos filmes. Mas cinema é cinema e foi bom ouvir o António Pedro Vasconcelos, foi bom reviver pedaços de antigos filmes que marcaram a minha juventude, foi bom conviver com uma plateia que tem os mesmos sentimentos para com o cinema. Mas a minha participação nesta época do âmbito Cultural não se ficou por aqui, pois começou um curso novo de História de Portugal para o qual consegui por via de uma desistência, um lugarzinho ao sol, para ouvir e relembrar a nossa história, tão rica (e pobre...) de quase novecentos anos de vida. Quanto deste Portugal passado está hoje presente nestes discursos de hoje. Novecentos anos de história e não aprendemos nada, repetimos os mesmos erros, dizemos as mesmas palavras, mergulhamos no mesmo abismo. Foram reis e princesas, foram nobres e burgueses, hoje são doutores e ministros, no mesmo tabuleiro, no mesmo mar de enganos, ludibriando, corrompendo. E o Zé meu Deus e o Zé?

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A HISTÓRIA DE UMA TELEFONIA

A Rosalina morreu há alguns anos, Arlindo tinha partido mais cedo e no rescaldo das "grandes" heranças materiais que nos legaram quis eu para mim, apenas duas coisas: Um velho jarro de vidro azul, que jazia no velho aparador da sala do número 48 da rua Vasco da Gama, berço e pátria duma infância e juventude que douraram a minha caminhada, regida sempre pelos "outras heranças" que eles me deram: Deus, Pátria, Família. Aqui não há saudosismos nem Salazares! Deus, porque me encaminharam na defesa do bem, me integraram na fé cristã. Pátria, porque me apontaram o sentido da responsabilidade e a defesa do bem comum. Família, porque me ensinaram os valores cívicos para com a sociedade, do respeito pela irmandade, da obediência aos mais velhos. A segunda herança material que tive, foi uma telefonia, velha e desgastada pelo tempo, carcomida pela idade, que jazia queda e muda numa prateleira que Arlindo cravara na parede da cozinha, junto ao velho aparador. Desde os meus cinco, seis anos a magia e o sortilégio daquela pequena caixa varreram o meu crescimento. A minha primeira lembrança vem dos anos quarenta, quando no após guerra as sirenes tocavam pela noite e os holofotes percorriam os céus procurando aviões inimigos e todas as luzes se apagavam nas pequenas casas e os nossos olhos perscrutavam o vazio da escuridão. Era nessa altura que Arlindo ligava a telefonia e sintonizava a rádio Moscovo, que falava da luta do operariado, do fascismo do regime, da glória do comunismo. A família em surdina, sentava-se em redor do aparelho e escutava a voz da esperança. Depois noutras ocasiões a Emissora Nacional lançava, em programas do regime o slogan: Rádio Moscovo não fala verdade. Era a informação e a contra informação, era a defesa do regime do estado novo e e o ataque feroz das ideias comunistas. Na minha cabeça a informação ia-se acumulando. Noutras alturas Rosalina reunia a vizinhança na cozinha, para depois do almoço ouvirem o folhetim do Tide, episódios rádiofónicos a que chamávamos "a filha da coxinha" e que fazia chorar o mulherio levado pelas desgraças dos personagens. Eram os anos gloriosos da rádio: os parodiantes de Lisboa, os folhetins, o teatro declamado, a música rock em programas que me levavam as tardes de sábado de ouvido colado à telefonia. E almoçávamos ao som das notícias, e dançávamos ao som da música e ouvíamos os relatos do futebol e do hóquei em patins nos anos de ouro das selecções nacionais. E era o Artur Agostinho e o Amadeu José de Freitas que nos entravam casa dentro. E os discos pedidos e os programas de madrugada. E fomos crescendo e fomos à guerra e a telefonia sempre ali, dando notícias fazendo companhia. E casámos e partimos para outras paragens e a telefonia sempre lá, no mesmo sitio. E o Arlindo morreu e a Rosalina morreu e a telefonia morreu com eles, mas ficou lá, na mesma parede. Ao fim de mais de sessenta anos também partiu, veio ter comigo, ficou ali na minha sala, muda, mas não esquecida. Um dia, perto do Natal, peguei nela dei-lhe "banho", maquilhei-a, "vestia-a" com um papel festivo, e levei-a para a ceia de Natal na casa da Rita. Foi a minha prenda. E ali está na sala da Rita e do Gustavo, continua muda, mas se falasse quantas mais histórias ela não contaria?

PS. O Arlindo e a Rosalina eram como é óbvio os meus pais e foram os grandes alicerces da minha vida. A telefonia, que morreu num pequeno curto-circuito, foi parte importante da minha vida.

sábado, 9 de outubro de 2010

JUCA CHAVES E A CANÇÃO DO PORTA-AVIÕES

Brasil já vai a guerra, comprou um porta-avioes
um viva pra inglaterra de oitenta e dois bilhões
ahhhh! mas que ladrões

comenta o zé povinho,
governo varonil,
coitado coitadinho,
do banco do brasil
há há, quase faliu.

a classe proletária
na certa comeria
com a verba gasta diaria
em tal quinquilharia
sem serventia.

alguns bons idiotas,
aplaudem a medida,
e o povo sem comida,
escuta as tais lorotas
dos patriotas.

porém há uma peninha
de quem é o porta avião
é meu diz a marinha,
é meu diz a aviação
ahhhh! revolução!

Brasil, terra adorada
comprou um porta aviões
oitenta e dois bilhões
Brasil, oh pátria amada,
que palhaçada.

PORTUGAL- UMA BARRACA COM UM SUBMARINO À PORTA

Infelizmente não vi a entrevista que Frei Fernando Ventura deu na Sic Notícias há uns dias atrás. Mas felizmente que um amigo me enviou por email esse pequeno momento que todos os portugueses deveriam ver. Não conheço Frei Ventura, mas o seu discurso encantou-me. Falou da crise, de Portugal, dos portugueses, com uma clarividência fora do comum. Este país está no fundo, e não se vislumbra qualquer sinal, qualquer escada a que possamos deitar a mão. A classe política pouco rica de ideias mas rica noutras coisas, os ricos vêm de mansinho dizer que não são eles que têm de pagar a factura, os sindicatos querem aumentos e querem greves, os economistas vêm uns atrás dos outros às televisões e outros orgãos de comunicação dar uns bitaites. E o Zé? o Zé aguenta, mas já não sei até quando. Frei Ventura falou de tudo isto e muito mais. Há muitos anos Juca Chaves, um cantor popular do Brasil, fez uma canção sobre a miséria do seu país e do porta-aviões que os nossos irmão brasucas compraram para... nada. Frei Ventura lançou o mote: Portugal uma barraca com um submarino à porta. Quem se atreve a escrever uma canção?

terça-feira, 31 de agosto de 2010

CACETEIROS

O sacristão do costume, o tal que foi condenado pelo apito dourado, veio a lume dizer que tinham ganho a uns caceteiros. Além de outras coisas que não tem o tal senhor tem memória muito curta, pois de caceteiros devia ele perceber bem, já que na sua equipa fizeram escola : os Rodolfos, os Paulinhos Santos, os Andrés, os Brunos Alves, os Celsos, os Geraldões, enfim já para não ir mais atrás. Ainda não percebi porque é que gente desta ainda anda no futebol e tenha ainda quem os escute e dê os amen.

LIGA DE FUTEBOL

Começou bem o campeonato, no Naval-Porto foi o que se viu, esta semana no Rio-Ave-Porto a mesma para não variar o mesmo bodo aos ricos, no Braga-Maritimo tudo a norte, no Naval-Sporting. outra roubalheira, só o Benfica é que é beneficiado (??!) Académica e Nacional são caso disso. Estou a ver que vão ser precisas mais escutas e vídeos para dourar os apitos todos.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

EXPOSIÇÕES

Exposições a não perder:

Gulbenkian - Ana Vidigal

Centro Cultural de Cascais - Picasso e outros nomes da pintura mundial, além dos roteiros para um cave em chamas dos meus amigos Ana Viana e Francisco Condessa.

domingo, 8 de agosto de 2010

ARBITRAGEM

Começou a época e já estão a dar que falar. Neste Benfica-Porto, uma grande penalidade por marcar e uns vermelhos transformados em amarelos. Não gostaria nada que os apitos tivessem cor, mas vão ter vão...

AGOSTO

Estamos em pleno Agosto, o mês preferencial de férias. Faz um calor dos demónios, a tertúlia está de férias, a da poesia e a dos críticos que se junta à tarde junto ao cinema velho da Amadora. Estão todos de férias menos eu, que continuo por cá até dia 15. Nada se passa nesta altura a não ser o futebol que começou a dar os primeiros pontapés da época. Para o glorioso, no que diz respeito ao primeiro jogo oficial contra o FCP, não entrou nada bem. Perdeu. Mas isso também é normal em jogos de taça e contra o dito cujo. No entanto há situações que devem ser revistas e já. Das seis contratações que o Benfica fez, nem uma até agora mostrou razão para entrar na primeira equipa. Gosto de dar tempo aos novos jogadores, para poderem se ambientar e depois fazer um juízo das suas qualidades, no entanto parece-me que Roberto vai ter muitas dificuldades para se manter na baliza já que tem cometido erros a mais e o Benfica não se compadece disso. Jara e Gaitan poderão render se... e quando melhor integrados. Fábio Faria parece-me alto e tosco. Oblak o outro guarda-redes, tem 17 anos e vai de certeza para os juniores. Rodrigo é para já o oitavo avançado e nem sei sequer se ficará no plantel. E aí está como o Benfica tem três problemas para resolver: O guarda-redes, o lugar de Ramires ( que foi para o Chelsea) e a substituição de Di Maria que partiu para Madrid. Se isto não for resolvido, muito dificilmente o Benfica ganhará o campeonato. Quanto à equipa em si, parece-me cansada, com jogos a mais na pré época, e prejudicada também com a entrada rápida dos elementos que foram ao mundial e não tiveram a devida preparação de início de temporada. Quanto ao treinador, para além das pastilhas, do cabelo e do fato de treino ( a final da super taça merece outra vestimenta...) deu-lhe agora para inventar tácticas e destruir o que fez de bom ao Fábio Coentrão, empurrando-o para a frente outra vez. Faria melhor se mandasse o César Peixoto para o Brasil atrás da Diana Chaves...

terça-feira, 27 de julho de 2010

PLANO INCLINADO

Semanalmente, pelas 10 hora da noite, continuo a ser fiel a este programa da SIC Notícias. Mário Crespo, Medina Carreira e os seus convidados, Nuno Crato e João Duque continuam a dissecar um País sem rumo. Forte e feio é o mote, mas ninguém quer saber. Os sem-vergonha continuam no poder a saborear o pouco doce que ainda temos e a largar o fel para cima dos mesmos. Portugal e os Zéz deste país à deriva e os "chicos espertos" a mamar na teta da cornélia.

TEMPO DE FÉRIAS

O verão está aí, forte e quente, que deixa o povo atordoado. As férias chegam mas o Zé não parte, isto não está para modas, a Espanha e os Brasis são para poucos, o Algarve para uma minoria, fica a Caparica e as praias da linha para os sulistas e a Foz, o Castelo do Queijo e a Póvoa para os nortistas. Vá para fora cá dentro, diz Cavaco Silva, mas o Zé só tem dinheiro para ficar na "barraca". E fica bem, liga a Tv, ouve as cavacadas, as tretas do pateta alegre, os passos do coelho a querer sair da toca, o stress da banca, o Zézito na maior, no seu país das maravilhas, nada é com ele, não se freeporta nada, não se lhe oculta a face, não se escuta nada porque tudo foi reduzido a cinzas, como afinal parece ser o destino deste pequeno terreno à beira-mar atolado. Mas nada está perdido, vem aí o veneno de Salazar: a bola! A bola que rola e não se atola, que salta por cima da malta, que pula e avança por cima dos apitos dourados, por cima dos tribunais que não "tribunam" nada, por cima dos pintos, dos loureiros que não sofrem nada, porque afinal quem paga é a "jabulani" que é torta e enviezada como ninguém. Vá rapaziada é fartar vilanagem que o povo é sereno!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

GOSTAR OU NÃO GOSTAR

Gosto de safio e de eirózes, não gosto de Queirozes ou melhor, só gosto do Eça do outro não. Mas gosto do Carlos, o da Maia, dos Maias do Eça, mas não gosto do outro, o professor, o doutor, o sabedor a quem, tantos, loas lhe cantam. Prefiro "o mistério da estrada de Sintra" ao mistério das substituições; gosto mais dos Maias do que os meninos de todas as Damaias, Covas da Moura ou bairros de Santa Filomena; não troco a Relíquia pela relíquia vedeta com ar de zangada; exulto mais com a tragédia da rua das flores e choro com a tragédia ou tragicomédia que foi a estratégia do senhor pensante; e finalmente por entre as cidades e as serras descubro A Capital, incomensuravelmente melhor do que o capital de burrice com que o senhor mandarim da coisa nos brindou.

O MENINO SEM MÃE

Todos tiveram pai, todos tiveram mãe, mas agora acontece que nas malhas que a fama tece, há um menino de pai e de mais ninguém. Este país que não permite filhos de pais incógnitos recebe o menino sem mãe, vindo do país das liberdades, com um passaporte atrelado à fama, com nome de pai, sem nome de mãe. Um filho feito de imagem, à medida, com atestado à partida de ser filho famoso de um pai sem coragem para assumir uma família. Um dia, este filho da mãe, ao enfrentar as malévolas perguntas dos meninos da escola, não terá resposta e poderá com manifesta maldade ser apelidado de filho de outra coisa.

terça-feira, 22 de junho de 2010

O OITO E O OITENTA

Não há nada a fazer, somos assim, bestas e bestiais. Ainda a nau ia no oceano e já estávamos a afundá-la, agora que os ventos amainaram, já dobrámos o cabo das tormentas. Não e não. O mar é revolto, os adamastores ainda lá estão, a nau poderá adornar e não haverá Camões que nos salve. O cabo poderá (e deve) ser o da boa-esperança, mas vai depender muito das marés o dobrar de cada escolho que se avizinha neste oceano encrespado.

FADO, FÁTIMA E FUTEBOL

É este o nosso fado, comermos o pão que o diabo (os governos) amassou, ouvirmos umas fadistices nas televisões do nosso burgo, penitenciarmo-nos em três dias de Papa, empaturrarem-nos com 30 dias de futebol e tu António que malandro foste. Ai António, António, escondeste-nos sempre as nossas misérias com programas semanais de 30 minutos, ao Domingo, com o inimitável Alves dos Santos e uns relatitos da bola pelo castiço Artur Agostinho. Directos na televisão? Um horror António, um ou dois desafios por ano, para entorpecer as nossas cabeças. Agora sim, nesta nossa democracia, com jogos à Sexta-feira ao Sábado, ao Domingo, à Segunda-feira e quando não às Terças, Quartas e Quintas. Isto sim, é democracia, nada de intoxicar o povo, que a saúde, a educação, a economia vão uma maravilha. Agora com o mundial é um fartote, de manhã, à tarde, à noite, na Tv1, na tv2, na tv3, na tv4, na tv5, na tv7, na tv8, nas sportevês todas, nas rádios, nos jornais. Que maravilha! E o "burro" era o António? Acorda ZÉ!

AINDA SARAMAGO

Com a devida vénia transcrevo uma nota sobre Saramago do blogue "doportugalprofundo"


O passamento de José Saramago .

Faleceu, dia 18-6-2010, o escritor José Saramago.

Neste blogue não se pratica a hipocrisia, nem a desumanidade.

Gostava pouco do escritor. Apreciava o facto de ser um autodidacta, porque as tertúlias literárias e o decisivo apoio da sua ex-companheira Isabel da Nóbrega - que não consta da sua enviesada biografia (refere-se uma «forte perseguição religiosa» como motivo para ter mudado para Espanha!), da enviesada Wikipedia em língua portuguesa -, não proporcionam a mesma formação do que a frequência da universidade. Não gostava da escrita, não por preconceito ideológico, mas por motivo estético. Faço uma excepção para o seu discurso formal de aceitação do Prémio Nobel. Na arte e na cultura, não adiro, nem me encanto, por afinidade ideológica, mas pelo conteúdo e pela forma. Não gosto da forma de Saramago: aborrece-me o seu pretensiosismo ostensivo, os seus períodos longos - era melhor nos períodos curtos, onde sobressaía a sua secura. E tenho consciência de que o seu indiscutível êxito nacional, e ainda maior, internacional deste escritor comunista se deveu ao Marketing capitalista...

E não gostava da sua figura política, nem do homem.

No homem, não gostava da sua arrogância e rispidez, só temperadas com a sua última fragilidade, nem das suas contradições. Embora não esperasse que o carácter dos artistas esteja à altura da sua produção estética. Menos ainda gostava da figura política, que foi, em Portugal e no estrangeiro, com maior projecção do que a de escritor, apesar de revoadas de mudança dos autores obrigatórios nos programas liceais portugueses.

Foi uma figura política de enorme relevo. Até na morte serviu ao poder dominante para atacar o Presidente da República - que promulgou dois dias de luto nacional e respeitou o homem, quando não cedeu à fácil hipocrisia de vir dos Açores, onde se encontrava, para o funeral de alguém que o odiava e desprezava (como «génio da banalidade»). Comunista já antes do 25 de Abril de 1974, de humanidade selectiva - chorava os milhares de mortos da Inquisição, mas não condenava, com ímpeto semelhante, o genocídio estalinista de milhões, nem o Gulag - como lembra o Osservatore Romano, «A omnipotência (presumida) do narrador». No tórrido verão de 1975, no revolucionário Diário de Notícias censor e saneador de 24 jornalistas, e ele próprio depois saneado, no 25 de Novembro. Excluído, em 1992, o seu livro «O Evangelho Segundo Jesus Cristo» da candidatura portuguesa ao Prémio Literário Europeu, pelo Sub-secretário de Estado António Sousa Lara, auto-exila-se na ilha canária de Lanzarote, para onde partiu amargurado com o Estado cavaquista e o povo e enamorado de sua nova mulher, a jornalista espanhola Pilar del Rio. Embevecidos, os espanhóis tratam-no como um dos seus, por causa da sua adesão ao iberismo mítico espanhol, que pretende Portugal uma rebelde província espanhola - e é por causa disso que se notou, no seu passamento, ainda maior comoção em Espanha do que em Portugal e que a vice-presidente do Governo espanhol, Maria Teresa Fernández de la Vega veio a Lisboa à cerimónia das suas exéquias, que reuniram no Paço do Concelho de Lisboa, a nova aliança política Costa-Jerónimo (para contrabalançar a aliança Sócrates-Louçã). Ganha o Nobel, em 1998, muito para além da sua escrita, sobre outros candidatos mais notáveis, porque era comunista, que a ingénua e tímida esquerda escandinava sempre admirou, e porque era um autor português, na sequência de uma campanha publicitária e de relações públicas, na Suécia, do primeiro Governo Guterres, em 1997. Vituperando o capitalismo, deve muito do seu sucesso ao conhecimento que ganhou no inominável Marketing (como expôs o Carlos Santos) literário e do negócio dos livros, no contacto com as tertútilas literárias; por isso, escolhia como temas dos seus livros questões em moda, pois sabia que atrairiam imediatamente atenção mundial. Produzia declarações violentas contra personalidades e temas contestados, o que lhe garantia ainda mais fama - embarcando também na onda anti-sionista (em contraste com um cuidadoso silêncio sobre o fundamentalismo islâmico). Tornou-se uma espécie de pré-clássico, mais aclamado do que lido, pois, para além dos fiéis leitores e dos jovens que o tiveram como autor obrigatório nos liceus, a sua difícil literatura é muito louvada por quem nunca completou um dos seus livros ou sequer leu uma linha do que aí escreveu. Apreciado como uma espécie de último abencerragem da esquerda ortodoxa, pelos comunistas e socialistas, conseguiu o aplauso do campo ateísta, onde se reuniu a frente popular dos vencidos do marxismo - daí também a sua veneração no Brasil. E, no entanto, acho que, na sua repulsa, tinha uma funda atitude religiosa, precipitada no caldo de ódio-amor em que fervia a sua angústia.

Saramago morreu. Cada vez que morre um homem, com exclusão dos tiranos - e, nem mesmo aí, o homem tem a função do juízo último de Deus -, morre um pouco da humanidade. Portanto, apesar de lamentar o mal que o seu comunismo, o seu ateísmo e o seu iberismo, provocaram no mundo, condôo-me com a sua morte. A vida terrena é apenas um trânsito, enquanto não chegamos ao eterno sossego. Descanse em paz!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

PORTUGAL

Entrou mal Portugal no mundial? Não creio, entrou com aquilo que tem o que é pouco, pois com este lote de jogadores e sobretudo com este seleccionador não vamos a lado nenhum. Com este seleccionador "queixinhas" e com desculpas para tudo, a equipa das quinas, não irá longe. Há por aí muito comentador que tem deitado a baixo o trabalho que Scolari fez. Mas comparem lá o curriculo de um e de outro e verão que o senhor Queiroz, para além do trabalho com os "miúdos", não conseguiu brilhar em lado nenhum (e não foram poucos..) e nem ganhou título algum. Ao contrário Scolari...

MUNDIAL DE FUTEBOL

Ainda agora o campeonato começou e já há meia-dúzia de jornalistas e comentadores que se apressam a apontar favoritos pelo que viram num só jogo. Talvez se enganem e apareça por aí alguma surpresa... mas descansem que não é Portugal.

SARAMAGO

Morreu José Saramago! Escritor e homem controverso, deixa o País mais pobre com a sua partida. Escritor de Portugal e para o mundo deixa uma vasta obra e mais um prémio Nobel para a Nação Lusa. Não sou, como muitos portugueses apreciador de Saramago, tanto como escritor, mas também como personagem. Li vários livros dele e destaco sobretudo "Levantado do chão". No entanto não posso ficar indiferente à sua obra e ao que ela representou para a nossa literatura. Deixo pois, aqui, a minha homenagem a um homem que lutou pelos seus ideais.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

APITO DOURADO

A inacreditável odisseia de um bando de apitadores e não só que foram apanhados com a boca no telefone e agora estão como os passarinhos: livres! Mas que fique registado que o que eles disseram ao telefone são apenas... palavrinhas de amor... Justiça em Portugal? só para aquele desgraçado que ficou com o rabo entalado no buraco do supermercado.

EXPOSIÇÃO DE PINTURA

Hoje pela manhã fui até Algés ao centro de Arte Manuel Brito, que se encontra no Palácio Anjos.
Duas exposições estão patentes ao público, uma da pintora Graça Morais, com obras de 1985 a 2005, a outra "Por Paris" integra trabalhos da colecção de Manuel Brito sobre pintores portugueses e não só, que passaram por Paris. O espaço do Palácio é extremamente agradável com o museu rodeado por um enorme jardim, mesmo no centro de Algés. O espaço expositivo é amplo e merece uma visita de todos aqueles que se interessam pela arte. Mais adiante falarei sobre os pintores expostos.

O TACHO

Há algum tempo todos os partidos votaram na Assembleia da República, por unanimidade (coisa rara) uma lei em que os dinheiros para os partidos iam ser aumentados (mais coisa menos coisa). Agora quando se levanta a hipótese de reduzir o número de deputados, todos (os partidos) se levantam a gritar aqui del Rei que não pode ser. Os dinheiros do orçamento para a AR vão ser aumentados e os partidos nem pio. É claro que é o pobre do ZÉ que tem que pagar toda esta crise e mais alguma que estará na manga destes ilustres políticos que nós temos. Para fazer estas tristes cenas será melhor atentarmos no que dizia Eça de Queiroz no seu livro os Maias: " Vós políticos sois uns doutores, conhecedores, sabedores como não há igual, mas o país está na miséria. Porque é que não experimentam pôr os estúpidos a governar? ". Como diria o Senhor Medina Carreira, qualquer dona de casa faria melhor do que estes políticos da "treta". (sublinhado meu).

segunda-feira, 31 de maio de 2010

FUTEBOL

Uma palavra enorme para o Glorioso, se alguém tinha dúvidas sobre o Benfica e Jorge de Jesus, elas ficaram dissipadas: os melhores ganharam! Para o ano há mais.
Outra palavra para José Mourinho, pois além de bonito, bonito, bonito é vencer, mais bonito ainda é mostrar que ainda há portugueses que enfrentam de frente meia dúzia de culturas que pensam que os portugas são todos uns tótós.

CIDINHA CAMPOS

Houvesse em Portugal uma Cidinha Campos e na nossa AR teríamos alguém que frente a frente diria a determinados senhores: Você é um ladrão! Você mentiu! Então e o cursinho ao Domingo? e as casinhas lá do norte? E o caso do centro comercial? E a face obscura? E a casinha da mamãe? e as comunicações? e os boys? e os impostos? Ah Cidinha que falta fazes na nossa AR.

terça-feira, 18 de maio de 2010

DAR OU NÃO DAR CAVACO

Tivemos um senhor Jorge que sem mais nem menos não deu cavaco ao senhor Pedro e pô-lo na alheta. Temos um senhor José que tem feito todas as diatribes do mundo e o senhor Aníbal não lhe deu com o cavaco. Todas as razões do mundo deram azo para que o senhor Aníbal viesse à TV dar cavaco ao Zé e pôr em sentido o tal senhor José . Nem cavaco! E agora que meia dúzia de mariconços querem enfiar o cavaco uns nos outros , vem o tal dito senhor Aníbal à dita televisão dar a sua benção aos ditos cujos. Claro que neste país da tanga não há assuntos mais importantes para tratar do que falar maricagem.

OS 4 EFES

Agora mais do que nunca os EFES estão na moda. No tempo da velha senhora eram apenas três, mas esta coisa da inflacção faz milagres. O grande triunfo do glorioso fez tremer o país, alargou o sorriso de Sócrates e iluminou esse grande efe que é o futebol. Logo, logo a seguir, Bento XVI, invadiu o país e abençoou esta grande pátria de Fátima. E Sócrates gargalhou. Pela calada das calendas gregas, os ocultistas banqueteiam-se, enchem a "pança" e glorificam o F de fartar... vilanagem. E resta finalmente o último F, esse efe de fado, fado maldito de uns Zés que tiveram a desdita de nascer neste sítio mal frequentado, encurralado entre o mar e o nada, este "cú de Judas" prestes a se afogar neste mar de desencantos que uns pagadores de promessas vomitam a cada instante. Atenção Zé, ainda há um 5 F que se pode utilizar, o Efe de FORA, fora com eles, esses predadores da Pátria Lusitana, tão vampiros como os do Zeca Afonso. Atenção Zé, eles comem tudo e não deixam nada!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

FUTEBOL

Confesso que não vi o jogo do Benfica no Porto. Acreditem que já estava a adivinhar o que se iria passar. Antes do jogo confessei a um meu amigo, que esse jogo era, naturalmente um jogo de perder e que seria melhor não meter na equipa aqueles seis jogadores que estavam à beira de serem "amarelados". Dos quatro que Jesus pôs a jogar, a breve trecho três deles foram logo iluminados pelo senhor Benquerença. Acredito que se mais estivessem a jogar mais seriam coloridos. Não vi o jogo e pouco vi do resumo, por isso não vou comentar as oligariadas que lá foram cometidas. Já conheço o jeito, destas coisa da bola. E depois de ver as fifiadas dos guarda-redes que defrontaram o Braga nos últimos jogos mais se vem há memória uma frase que eu disse após o jogo com o Vitória de Setúbal "aquele pénalti falhado pelo Cardozo no último minuto ainda nos vai fazer muita falta". Deus queira que não e que o guarda-redes do Nacional não esteja à mesma altura (ou outra coisa) dos seus homónimos do Naval, do Leiria e do Paços de Ferreira. A ver vamos.

A GRÉCIA E PORTUGAL

Eu não conheço o PEC, na realidade não estou inPEC, porque o país está nas ruas da amargura. Se calhar nem sei se isto é um país ou um quintal situado nas traseiras da Europa, onde toda a gente despeja as desigualdades duma união que mais dia menos dia dá "bota". Andam agora umas televisõeszecas a questionar os nossos pacatos cidadãos com perguntas que têm água no bico, como aquelas do fundo de desemprego, dos 13º e 14ª mês e outras regalias que o Zé tem. Também o corte nas pensões tem vindo a lume, como não quer a coisa, a ver se o Zé compreende que mais dia menos dia lhe vão ao bolso. Não vejo ninguém levantar a voz para as reformas que muitos "meninos" da nossa praça têm, mesmo sem terem a idade de poder usufruir de tal. Podem, podem, respondem alguns, está na lei. Pois sim, mas enquanto o Zé, mesmo que tenha trabalhado para duas ou três reformas teve que esperar até aos 65 anos para as poder juntar, e receber uma só, referente aos valores descontados de tais eventos. No entanto, "os meninos" apesar de estarem um ou dois anos numa instituição, ou duas , ou três, vão receber uma pensão por cada uma, e não estão sujeitos a estas regras que o Zé aguenta. Depois ainda há "meninos" que vão à TV, dar uns bitaites, dizendo que é preciso cortar e depois, velhinhos como estão e reformados, são nomeados para administradores de empresas, para receberem mais uma reforma. Ai Zé, até quando aguentas tu isto?

OUTRA RECEITA

"Evitai o desemprego comprando produtos portugueses"


Cartaz publicitário de 1931

LÁ, TAL COMO CÁ...

Em Barcelona tal como no Porto, a canalha do futebol é a mesma. Para querer ganhar ao Inter de Milão, todoas as artimanhas foram feitas pelos espanhóis de Barcelona. Desde foguetes e fogo de artifício às quatro da manhã em frente do hotel onde pernoitavam os elementos italianos; desde a presença da polícia para querer prender um jogador do Inter, por não ter pago os impostos em Espanha; desde o trajecto hotel estádio que normalmente se faz em 5 minutos e se fez numa hora, e para finalizar, abrir os aspersores de rega do estádio, quando os italianos festejavam no relvado. Por cá, o autocarro do Benfica foi apedrejado e alvo da fúria portista, os jogadores foram molestados com bolas de golfe atiradas das bancadas. Lá como cá esta rivalidade bacôca de de meia-dúzia de fanáticos que é incentivada por dirigentes que há muito deviam estar "noutro sítio" que não a dirigier clubes. Lá como cá, esta rivalidade de cidade de província contra a capital, para tirar dividendos no campo desportivo. Espero que a vinda a Portugal do verdadeiro PAPA, ilumine a cabeça desse que tem incendiado o país futebolístico e que nem para sacristão de província tem categoria! O futebol está farto de corrupções, compadrios e arruaceiros. Haja alguém que ponha cobro a isto!

RECEITA PARA A CRISE

Há crise?
Eis a receita:

1-Equilibrar o orçamento a todo o custo
2-Concentração do potencial financeiro para fins essencialmente públicos
3-Suavizar alguns impostosn que incindem sobre o funcionalismo público
4-Agravar alguns impostos (predial, rústico e urbano)
5-Redução drástica de despesas
6-Decretar incompatibilidade e acumulação de cargos
7-Cada cidadão não poderá ter mais que dois empregos
8-Eliminar alguns "Tachos" bem remunerados.
9-Reorganizar os impostos
10- Dotar o contencioso das Finanças, de meios para melhorar a cobrança fiscal


PS: Receita de 1928 do ministro das finanças Dr.Oliveira Salazar...

terça-feira, 23 de março de 2010

OS CACETEIROS DO NORTE

De repente toda a gente começou a fazer de Bruno Alves, o melhor do mundo, de jogador, de profissional, de pacificador. Pergunto eu: andamos a brincar ou quê? Bruno Alves que passa os jogos, a não jogar futebol, ficando impune, que vem duma escola própria desse clube do norte, onde se formaram André, Jorge Costa, Paulinho Santos já para não falar em Rodolfo, Celso ou Geraldão. Clube de caceteiros que desde há largos anos vêem numa face oculta a desvirtuar todos os apitos do mundo. Capitão duma equipa à Porto? Claro, caceteiros sem castigo que viveram do sistema e que ganhando nunca souberam ganhar, e quando perdem... vem ao de cima a qualidade intelectual da bicharada. Dentro deste país (chamemo-lhe assim) o desporto futebol é mais uma nódoa que em nada dignifica e contribui para a evolução cultural do mesmo.

NOTÍCIA DE HOJE

UM EM CADA CINCO PORTUGUESES SOFREM DE SAÚDE MENTAL!

Vejam bem, ministros, secretários de estado e sub-secretários, 250 deputados, somem tudo, dividam por cinco e vejam por quem somos governados!

OS SUBORNOS E AS PRENDAS

Somos um país de subornados e subornandos, de vigaristas de trapezistas e outros artistas. Somos um país onde meio mundo quer enganar o mundo inteiro. Do Zé ao Maioral! Somos enganados pelo coxo, que não é coxo nem cego; somos enganados pelos vendedores de rifas e peditórios; somos enganados na praça quando compramos às vendedeiras; Somos enganados nos saldos, nos descontos, nas pechinchas; somos enganados pelo tio, pelo primo, pelo irmão e da mulher nem se fala; somos enganados nos bancos, pelos spreds, pelos juros, pelos cartões. Somos um país onde se pedem favores, se trocam louvores, se untam os doutores. Subornamos o vizinho, o caixa do banco o empregado da pequena e da grande empresa. Subornamos a função pública, as finanças, as crianças, e as nossas próprias maningâncias. A tudo e todos damos prendas e prendinhas: umas garrafitas de vinho, umas jarras a alguns jarrões e até umas florzitas a uma colega na mira dum "queca" ao virar da esquina. Mas há prendas e prendas e aquela que há tempos me ofereceram e me está atravessada até ao limite é este senhor doutor, arquitecto, engenheiro ou meio engenheiro, de curso de pacotilha, domingueiro, que se chama José e que todos os dias me colocam na minha varanda diária que é o meu televisor. Felizmente que o meu tele comando funciona direitinho, e dando a volta manda-o pelo cano abaixo.

sexta-feira, 19 de março de 2010

PEC ( O PECADO)

Veio hoje a público através do jornal O SOL, a lista de prendas e presentes que um tal Manuel Godinho ofereceu a meia dúzia de ocultistas cujas faces vêem bem explicitas no artigo. Tenho pena que não abram o talego do Zé para ver o que salta lá de dentro: impostos camuflados de certeza!

quinta-feira, 18 de março de 2010

PEC

PEC-Por Este Caminho estamos condenados. Em quase mil anos estes senhores doutores não conseguem governar esta amostra de país, ao menos, como dizia Eça, "deixem governar os estúpidos".

FOI LANÇADO O MOVIMENTO VAMOS LIMPAR PORTUGAL

Ok. Óptima ideia, mas comecemos pela Assembleia da República e pelos ministros!

sexta-feira, 5 de março de 2010

CCB

Esta manhã resolvi dar um salto ao Centro Cultural de Belém, porque não fui à inauguração da exposição da Joana Vasconcelos. Neste momento o Museu Berardo apresenta várias exposições e qualquer delas dignas de serem vistas. Em fevereiro vi a correr o BES photo 2009 e o "Body Without Limits" de Judith Barry. Depois já em Março dei uma olhadela aos "Auto-retratos do Mundo" de Annemarie Schwarzenbach. Hoje, também de fugida espreitei uma retrospectiva de Robert Longo, o novo percurso pela colecção Berardo chamado "Sous la dictée de l'image", com muitas obras que eu já conheço, no entanto nunca é demais tornar a ver. Finalmente "Sem rede" de Joana Vasconcelos com os seus imaginários fabulosos. Voltarei a falar destas exposições depois de, com mais calma, fazer uma visita mais prolongada. Vale a pena uma visita ao CCB. Apenas quero referir dois pequenos erros que estão em dois mapas colocados no novo percurso da colecção Berardo: num deles associa-se a Pollock um pintor chamado Biopelle, chamei a atenção de quem de direito pois o pintor chama-se Riopelle e está efectivamente na linha de Pollock. Noutro mapa, com várias árvores de pintores, está numa pernada, um pintor Pollack, que eu efectivamente não conheço e daí, também a minha chamada de atenção. Tudo bem, veremos se na próxima visita já está tudo no devido lugar.

quinta-feira, 4 de março de 2010

MAIS UMA PEQUENA SOLUÇÃO PARA A CRISE

Muita gente tem vindo a terreiro dizer de sua justiça quanto às soluções para a crise em que vivemos. Da Grécia vêm notícias de cortes do 13º mês e outras medidas, da Irlanda vêm as diminuições dos ordenados e pensões, por cá fala-se do congelamento de ordenados. Ora, cá por mim, tam´bém tenho uma sugestão a fazer e desta vez socorro-me do Dr Salazar, que quando entro para o Governo, fez sair uma lei em que se dizia que não era permitido ter mais que dois empregos. Se temos mais de quarenta mil licenciados desempregados, uma lei deste tipo, traria concerteza emprego a muita gente, já que há por aí menino que tem quatro e cinco empregos, quando não dez ou mais. E já não falo das pensões de certos boys, que atingem a raia do inimaginário. Ser administrador de várias empresas é um luxo que muito gestor da nossa praça vive, mas não só...

JUDITE DE SOUSA E MEDINA CARREIRA

Finalmente a RTP deu tempo de antena a Medina Carreira. Meia hora apenas no programa da Judite de Sousa mas ainda assim deu para ouvir um homem sereno, conhecedor dos problemas da nação, e que diz para quem o quer ouvir as verdades que ninguém se atreve a dizer. Frontalidade e verticalidade são como já sabemos, o seu timbre; chamar os bois pelos seus nomes, sem olhar a quem e lançar os reptos a quem se esconde nas "tábuas" são também a sua marca. Perante tanta mediocridade na vida política é bom saber que ainda há portugueses que olham para Portugal com outros olhos.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

VOLTANDO AO FREEPORT

Há cerca de um ano o ilustre jornalista Alfredo Farinha escreveu em Fevereiro dois artigos sobre o Freeport e a intromissão de José Sócrates. Dizia ele, que em 2004 José Sócrates estava indigitado arguido no caso e por artes e ofícios o documento onde isso estava escarrapado desapareceu da Procuradoria da República. Alfredo Farinha diz, claro e bom som, que se os responsáveis da justiça não encontravam esse documento ele poderia facultar uma cópia. Quando hoje se ouve um tal senhor Pinto (ai que eu não gosto de pintos) e uma dona Cândida a dizer que Sócrates não é arguido, leva-me a voltar atrás, e pensar que é feito do tal papel?. E quando todas as notícias que hoje vêm a lume sobre a face oculta e todas as escutas têm práticamente os mesmos personagens, fico de olho arregalado e pergunto: então como é? Alfredo Farinha, quando ainda vivo, questionou diversas entidades sobre este assunto, desde o Presidente da República até à Judiciária e ninguém lhe deu resposta. Eu, tirando fotocópias desses artigos, também os enviei para a Manuela Moura Guedes, para o Diabo, para a Felícia Cabrita do Sol e mais recentemente para o blogue portugalprofundo do Dr. Balbuino Caldeira e não vejo ninguém pegar no assunto. Será que o Freeport é mesmo free para toda a gente? Sera´que o único culpado é o desgraçado que ficou com o rabo de fora no buraco do super mercado do Algarve? Será que o culpadp é aquele jovem condenado por roubar duas "tretas" num supermercado? Ora eu penso que quem devia ficar entalado naquele buraco do super do Algarve era a própria justiça para que o zé se servisse à vontade da justiça que tem.

ESPANTOSO

Do jornal Destak respigamos este artigo de opinião que toca num ponto crucial e parece que ningúem quer ver.

Pior Solução


É espantoso como as coisas se dirigem para a pior solução possível. Em nome da estabilidade institucional ficamos com um Governo em quem ninguém acredita. Demoliram o Primeiro-ministro e, depois de demolido, mantêm-no. Parece ser a solução que agrada a todos. Vamos andar meses a fingir que o Governo não derrocou, enquanto os jornais dão diariamente novos detalhes dos escombros.

As suspeitas existem e são profundas. Não vale a pena negar a realidade, como alguns tentam. Dada essa realidade, as soluções seriam duas. Infelizmente nenhuma funciona, precisamente pelas razões que geraram o problema. Pode até dizer-se que a incapacidade de solução é o pior sinal do que há a resolver.

Poderia haver uma solução jurídica. Mas foi a incapacidade operativa dos tribunais que lançou a suspeita, a qual, por sua vez, ainda minou mais a confiança na Justiça. Poderia haver uma solução política. Mas foi a inexistência de alternativa credível que levou à reeleição do Primeiro-ministro, sobre quem na altura já existiam fortes suspeitas.

Por isso a melhor solução é a pior: não haver solução. Isto prejudica sobretudo a vida política. Para o Primeiro-ministro, quanto mais ele prolongar o processo para sorver as últimas gotas de poder, pior o seu futuro político e do partido. Para as instituições a perda de credibilidade é crescente.

O país até nem sofre muito, porque o barulho é lateral ao essencial. Nas Finanças, Saúde e Educação a coisa é secundária. Quem mais sofre é a estabilidade institucional. Precisamente aquilo que se diz preservar.

© Destak

João Cézar das Neves

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

REVIVALISMO

DO CORREIO DA MANHÃ:

Comemoração dos 65 anos do fim da 2ª Guerra Mundial

Rússia: Cartazes de Estaline saem à rua

No 65º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial e da vitória russa sobre a Alemanha, centenas de cidadãos saíram à rua em Moscovo para celebrar com cartazes do ditador Joseph Stalin.

Tal acto de comemoração já foi alvo de duras críticas por parte de grupos de defesa dos direitos humanos que argumentam que quem participou na manifestação gostaria de voltar a viver “o terror” estalinista.

De acordo com a imprensa internacional, a manifestação de comemoração foi pedida por um grupo de veteranos da Segunda Grande Guerra.


QUALQUER DIA, INFELIZMENTE, SAEM OS DO DR. SALAZAR!

GUINESS

Portugal deve ser o país com o maior número de recordes no guiness. Todos no pior sentido é claro.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

O VÍGARO

Do blogue do Dr. José Maria Martins transcrevo este breve trecho

O Vígaro

O tipo é um vígaro da pior espécie, rodeado por um conjunto de escroques.
O tipo é um trapaceiro e corrupto, rodeado por um conjunto de pedófilos e corruptos.
O tipo mete nojo.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

BRILHA O SOL

Há algum tempo que não almoço fora, mas amanhã vou fazer uma excepção: vou à Embaixada dos Sabores comer um polvo à lagareiro. Isto porque não posso "comer" outros polvos. Amanhã com o Sol a bater-me na mesa, o petisco vai ter outro sabor.

SOL

Com frio e chuva, felizmente o SOL brilha neste país!

MAIS VERGONHA

Na contra capa do Correio da manhã de hoje, o Dr. Pires de Lima, classifica de aldrabão de feira, o nosso querido dito cujo.

VERGONHA

Com a devida vénia transcrevo do Correio da Manhã o artigo de opinião de Carlos Abreu Amorim.



11 Fevereiro 2010 - 00h30

Heresias

A coisa pega-se

Tenho vergonha que José Sócrates seja primeiro-ministro de Portugal. Não é uma questão política mas sim de pudor. Alguém que amontoa atrás de si um acervo de escândalos demasiado caudaloso para ser ignorado, mantém-se no poder com o ar indiferente dos que há muito largaram os pruridos de consciência.

Sócrates tem a consideração pela democracia de um tiranete sul-americano e age sobre a liberdade de imprensa com a desfaçatez de um Berlusconi.

Mas, pelos vistos, as pessoas de bem do PS encarreiraram na arte de negar o carácter molhado da chuva: desmentindo a história do PS, preferem os ganhos imediatos do partido aos interesses do País.

Só isso traz alguma luz às singulares declarações de Alberto Martins, aos silêncios de António José Seguro e de Jaime Gama, entre outros.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

AI BENFICA, BENFICA

O Benfica empatou ontem com o Vitória de Setúbal, perdendo dois pontos (preciosos, vão ver!). Tenho dito na roda dos meus amigos que o Benfica perdeu gaz, está mais lento, não pressiona como o fez na primeira volta do campeonato, tem jogadores chaves em clara baixa de forma, mas mesmo assim vai ganhando. Mas não joga o suficiente para garantir aquela superioridade que é necessária para abordar o resto do campeonato. No entanto, os jornais e meia-dúzia de jornalista continuam a engrandecer os feitos de pequenas vitórias e grandes pechas. Estes dois pontos vão ser fatais, pois o Porto e o Porto B (Braga) estão à perna e o "sistema" ainda não está desactivado. Se o Benfica não activar a forma do Máxi, do David Luiz, do Javi Garcia e de mais um ou dois, o retorno do investimento feito sré zero. Do Cardozo não falo, pois apesar de ter 16 golos. poderia ter o dobro se fosse um ponta de lança a sério. Aguardemos.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

CARTA AO GANDA ZÉZITO

Permite que te trate assim, pois embora não andássemos na mesma escola, também eu tirei o curso na universidade do Intendente, o exame do meu inglês técnico, feito em meia folha de papel de embrulho, que enviei ao reitor meu amigo no dia de Natal, foi altamente classificado devido ao meu inglês das docas, com cheirinho a camones e prostitutas que frequentavam a universidade do Cais do Sodré em dias das chegadas dos américas lá para os lados de Alcântara, onde vais implementar um jardim de contentores. Não penses que escrevo a pedir algum favor, não, apesar de ter um filho arquitecto, que bem precisaria que lhe desses umas lições de desenho e lhe ensinasses a projectar umas casitas, mas não quero esse favor pois sei que não fazes favores a ninguém. Como há emprego com fartura também podia recorrer à tua pessoa, para lhe arranjares um tachito no novo aeroporto, pois com a aprendizagem dos teus projectos ele faria um figuraço, ou no TGV, desenhando linhas, curvas e contra-curvas como só tu sabes fazer, ou ainda nesta ou naquela alteração ao freeport, mas caramba, tu não conheces lá ninguém e favores destes não se pedem a uma pessoa íntegra como tu. Pois Zézito, escrevo-te porque ando angustiado, penso que é mais um problema de informação que me atormenta, esta malta das cabalas, jornaleiros de buraco de fechadura, bombardeiam-me com notícias falsas, escutas indevidas, programas de televisão travestidos de mentiras. Ó meu caro Zézito, é tempo de fazeres qualquer coisa, porque não telefonas ao Armandito e lhe pedes para arrumar com os gajos?! Porque não mandas calar a SIC, a TVI, o Sol, o Correio, e todos os pasquins das mentiras? E na molhada junta a Manelita mais o eduardito, o zé manel e o Márito. Vá Zézito, não tenhas medo, estamos em democracia, podemos fazer tudo aquilo que quizermos.
Um abraço deste teu admirador,

Zé Povinho

LAMENTA?

Com a devida vénia, aqui transcrevo parte das afirmações de José Sócrates ao Correio da manhã.
Devo no entento colocar a segunite questão: E nós portugueses não lamentamos esta democracia (com d pequeno) ? E nós portugueses, não lamentemos um primeiro-ministro ( com p m pequeno) deste quilate? E nós portugueses não lamentamos que nos últimos 15 anos de governo socialista, (com dois e pouco de interregno Psd) nos tenham mandado para o buraco ( não o da fechadura) pantanoso onde vivemos? Lamenta? Nós é que lamentamos que com tudo o que se tem passado, o senhor 1º ministro não tenha ido à vida ( o que já não era mau para ele). Um último apontamento para o presidente (também com p pequeno) que navega à tona este barco desgovernado: num barco à deriva, sem leme, sem velas, sem rumo, para que serve o comandante?






06 Fevereiro 2010 - 13h08

Primeiro-ministro diz que são conversas privadas

Sócrates: “Lamento esse jornalismo de buraco da fechadura”

O primeiro-ministro José Sócrates não quis comentar este sábado o teor das escutas que foram divulgadas no âmbito do processo Face Oculta, referindo um plano do Governo para controlar os meios de comunicação social, por entender que se tratam de conversas privadas.

“Acho lamentar que esse jornalismo, que considero de buraco da fechadura, baseado em conversas privadas, se faça com o objectivo para atacar pessoas”, disse à margem da adjudicação dos concursos de Redes de Nova Geração nas zonas rurais do Alentejo, em Terreiro do Paço Ducal, Vila Viçosa.

“Não contribuo para essa infâmia”, acrescentou, referindo ainda: “Era o que faltava que ficasse na posição de comentar conversas privadas.”

A CAPOEIRA DOS PINTOS

Há muito tempo que venho falando e escrevendo que há por aí muitos pintos à solta neste "chiqueiro" que se tornou Portugal. A capoeira que existe neste quintal, tem muitos poleiros apetecidos e para se trepar não há nada como dizer amén ao galo da "pandilha" (amén e não só). O Sol ontem brilhou, e pela manhã, o Correio abriu-se radiante: A face não está tão oculta como muitos pensaram. Um pinto por estes dias passados (nunca me enganou) veio à tona, "não há nada, não há nada" disse, mas face ao explendor do Sol, ai há, há. E agora, senhor Galo-mor deste deste quintal à beira-mar emporcalhado? Metemos a cabeça na... ou por uma vez por todas damos uma vassourada nestes pintos todos que há 15 anos nos tentam passar a asa?

NINGUÉM ME OUVE

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

É ISTO DEMOCRACIA?

O texto de Mário Crespo que não foi publicado

O Jornal de Notícias não publica hoje a habitual crónica de Mário Crespo. O texto de opinião aborda um encontro, onde Crespo foi referido por membros do Governo como um «problema» que tinha de ter «solução».

O texto de Mário Crespo que não foi publicadoO Fim da Linha

Mário Crespo

Notícias Relacionadas

Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento.

O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa.

Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal.

Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o.

Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos.

Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados.

Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre.

Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009.

O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu.

O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”.

O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”.

Foi-se o “problema” que era o Director do Público.

Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu.

Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.

Nota: Artigo originalmente redigido para ser publicado hoje (1/2/2010) na imprensa.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

ERA UMA VEZ UM PAÍS

Portugal, uma lixeira à beira-mar plantada!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

PRESIDENCIAIS OUTRA VEZ

Já experimentaram chegar ao google e colocar esta simples pergunta: É o poeta desertor? vão lá e terão algumas surpresas.

sábado, 16 de janeiro de 2010

PRESIDENCIAIS

Tinha jurado a mim mesmo que não votaria nas próximas eleições presidenciais. O actual presidente tem sido brando demais e tem desiludido quem nele apostou como uma figura que pusesse cobro aos desmandos que este país atravessa. Por muito menos, o presidente anterior chutou para canto o Dr.Santana Lopes e a sua equipa. Agora, com tudo o que se tem visto, deste governo e especialmente do seu Primeiro-Ministro, o Presidente , cala e consente, esperando talvez uns votozinhos dos "chuchas". Está enganado. O ataque começou agora, com a intenção do tal poeta, em pôr-se à disposição para salvar a Pátria, Pátria minha que não dele. Já que em tempos se passou para o outro lado. Somos um país de poetas, mas não quero um presidente que abandonou os camaradas de armas. Vou votar triste sim, porque não quero votar alegre!

sábado, 9 de janeiro de 2010

A ESTAÇÃO DA PORTELA

Sentado na cadeira que apoia a mesa da caixa registadora, da pequena feira do livro que está neste momento numa pequena loja da estação da Portela de Sintra, tenho uma pequena visão para o exterior onde se parqueiam os autocarros que apoiam os utentes da linha de Sintra e que partem periódicamente para os lugares vizinhos, desde a Colares até à Ericeira. Ao fim da tarde, o burburinho é grande pois os combóios vão chegando trazendo de Lisboa quem foi à vida pela manhã, e das escolas que circundam a estação vêm magotes de putos, estudantes ou não, que acampam nas imediações até chegar o autocarro das suas carreiras. O espaço de tempo que medeia entre a chegada ao terminal e a efectiva partida é preenchido quase sempre por gritos, insultos, asneiradas. As raparigas são as piores, seja de doze ou treze anos ou de quinze e dezasseis, usam uma linguagem, que fica muito a dever à língua de Camões, comportamentos públicos de censurar, indumentárias e posturas físicas de lamentar. Rapazes e raparigas de aspecto bizarro, com conversas da treta, que serão a gente de amanhã. Quantas vezes me tenho questionado se Portugal tem futuro, mas agora interrogo-me se o Homem tem futuro.

OS GAYS E A ADOPÇÃO

Certo dia uma criança adoptada por um casal de gays, repara no pai que saía do banho e diz muito curiosa: ena pai que grande pila que tu tens. Grande? disse o pai- havias de ver a da tua mãe"

CASAMENTOS GAY

E se porventura e por suposição, apenas por mera suposição, um primeiro ministro qualquer fosse homossexual e fosse casado, também por mera suposição, com um artistazinho qualquer, como seriam as apresentações nas cerimónias oficiais? Aparecia ele com um marmanjão de bigodaça de braço dado? E nos jantares, como seria? onde se sentaria o partenaire? Creio que isto é um caso para a Paula Bobone e as suas etiquetas.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

TOP TEN

Gostaria de deixar aqui umas breves notas em jeito de balanço, dos últimos tempos deste Portugal à beira-mar corrompido.


1 - ZÉZITO - o campeão que passa pelos intervalos da chuva e não se molha porque leva a face
oculta, no cartão de engenhocas da universidade domingueira, que aterra nos
aterros, que freeporta nos ingleses, que projecta arquitectices, nas obras primas
da covilhã.

2 - FACE OCULTA - De balconista a banqueiro, muito se salta à vara neste país.

3 - CASA PIA - Grande malandro esse Bibi, comeu, comeu e no fim foi comido.

4 - BANCOS - Entidades a que se poderia chamar MESA, onde alguns se sentam e comem
tudo.

5 - PINTOS - Neste galinheiro que é este país há meia-dúzia de pintos a dar bicadas: o da costa
que dizem papa, mas não passa de sacristão de aldeia; o Adriano que na bisca lambida dava "chitos"; o de sousa cujo apito era dourado; o Lourenço que
entalou o Silva do Algarve; o Monteiro que procura as escutas e nada encontra;
o João que além de boxeur agora é comentador.

6 - LOUREIROS - Árvores cujas folhas são empregadas como condimentos em grandes
cozinhados. E comem tudo e deixam o tacho vazio.

7 - SARAMAGO - Ah como eu gostaria de o ouvir gritar: caim, caim, caim...

8 - TGV - T - tanto G - gamanço V - (à) vista

9 - CÂMARAS MUNICIPAIS - Isaltino. Felgueiras. Ferreira Torres e outros pardais.

10 - CARDENHO - amanhanço, desvio, furto, gamanço, roubalheira e tanto surripianço.