sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

VOLTANDO AO FREEPORT

Há cerca de um ano o ilustre jornalista Alfredo Farinha escreveu em Fevereiro dois artigos sobre o Freeport e a intromissão de José Sócrates. Dizia ele, que em 2004 José Sócrates estava indigitado arguido no caso e por artes e ofícios o documento onde isso estava escarrapado desapareceu da Procuradoria da República. Alfredo Farinha diz, claro e bom som, que se os responsáveis da justiça não encontravam esse documento ele poderia facultar uma cópia. Quando hoje se ouve um tal senhor Pinto (ai que eu não gosto de pintos) e uma dona Cândida a dizer que Sócrates não é arguido, leva-me a voltar atrás, e pensar que é feito do tal papel?. E quando todas as notícias que hoje vêm a lume sobre a face oculta e todas as escutas têm práticamente os mesmos personagens, fico de olho arregalado e pergunto: então como é? Alfredo Farinha, quando ainda vivo, questionou diversas entidades sobre este assunto, desde o Presidente da República até à Judiciária e ninguém lhe deu resposta. Eu, tirando fotocópias desses artigos, também os enviei para a Manuela Moura Guedes, para o Diabo, para a Felícia Cabrita do Sol e mais recentemente para o blogue portugalprofundo do Dr. Balbuino Caldeira e não vejo ninguém pegar no assunto. Será que o Freeport é mesmo free para toda a gente? Sera´que o único culpado é o desgraçado que ficou com o rabo de fora no buraco do super mercado do Algarve? Será que o culpadp é aquele jovem condenado por roubar duas "tretas" num supermercado? Ora eu penso que quem devia ficar entalado naquele buraco do super do Algarve era a própria justiça para que o zé se servisse à vontade da justiça que tem.

ESPANTOSO

Do jornal Destak respigamos este artigo de opinião que toca num ponto crucial e parece que ningúem quer ver.

Pior Solução


É espantoso como as coisas se dirigem para a pior solução possível. Em nome da estabilidade institucional ficamos com um Governo em quem ninguém acredita. Demoliram o Primeiro-ministro e, depois de demolido, mantêm-no. Parece ser a solução que agrada a todos. Vamos andar meses a fingir que o Governo não derrocou, enquanto os jornais dão diariamente novos detalhes dos escombros.

As suspeitas existem e são profundas. Não vale a pena negar a realidade, como alguns tentam. Dada essa realidade, as soluções seriam duas. Infelizmente nenhuma funciona, precisamente pelas razões que geraram o problema. Pode até dizer-se que a incapacidade de solução é o pior sinal do que há a resolver.

Poderia haver uma solução jurídica. Mas foi a incapacidade operativa dos tribunais que lançou a suspeita, a qual, por sua vez, ainda minou mais a confiança na Justiça. Poderia haver uma solução política. Mas foi a inexistência de alternativa credível que levou à reeleição do Primeiro-ministro, sobre quem na altura já existiam fortes suspeitas.

Por isso a melhor solução é a pior: não haver solução. Isto prejudica sobretudo a vida política. Para o Primeiro-ministro, quanto mais ele prolongar o processo para sorver as últimas gotas de poder, pior o seu futuro político e do partido. Para as instituições a perda de credibilidade é crescente.

O país até nem sofre muito, porque o barulho é lateral ao essencial. Nas Finanças, Saúde e Educação a coisa é secundária. Quem mais sofre é a estabilidade institucional. Precisamente aquilo que se diz preservar.

© Destak

João Cézar das Neves

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

REVIVALISMO

DO CORREIO DA MANHÃ:

Comemoração dos 65 anos do fim da 2ª Guerra Mundial

Rússia: Cartazes de Estaline saem à rua

No 65º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial e da vitória russa sobre a Alemanha, centenas de cidadãos saíram à rua em Moscovo para celebrar com cartazes do ditador Joseph Stalin.

Tal acto de comemoração já foi alvo de duras críticas por parte de grupos de defesa dos direitos humanos que argumentam que quem participou na manifestação gostaria de voltar a viver “o terror” estalinista.

De acordo com a imprensa internacional, a manifestação de comemoração foi pedida por um grupo de veteranos da Segunda Grande Guerra.


QUALQUER DIA, INFELIZMENTE, SAEM OS DO DR. SALAZAR!

GUINESS

Portugal deve ser o país com o maior número de recordes no guiness. Todos no pior sentido é claro.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

O VÍGARO

Do blogue do Dr. José Maria Martins transcrevo este breve trecho

O Vígaro

O tipo é um vígaro da pior espécie, rodeado por um conjunto de escroques.
O tipo é um trapaceiro e corrupto, rodeado por um conjunto de pedófilos e corruptos.
O tipo mete nojo.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

BRILHA O SOL

Há algum tempo que não almoço fora, mas amanhã vou fazer uma excepção: vou à Embaixada dos Sabores comer um polvo à lagareiro. Isto porque não posso "comer" outros polvos. Amanhã com o Sol a bater-me na mesa, o petisco vai ter outro sabor.

SOL

Com frio e chuva, felizmente o SOL brilha neste país!

MAIS VERGONHA

Na contra capa do Correio da manhã de hoje, o Dr. Pires de Lima, classifica de aldrabão de feira, o nosso querido dito cujo.

VERGONHA

Com a devida vénia transcrevo do Correio da Manhã o artigo de opinião de Carlos Abreu Amorim.



11 Fevereiro 2010 - 00h30

Heresias

A coisa pega-se

Tenho vergonha que José Sócrates seja primeiro-ministro de Portugal. Não é uma questão política mas sim de pudor. Alguém que amontoa atrás de si um acervo de escândalos demasiado caudaloso para ser ignorado, mantém-se no poder com o ar indiferente dos que há muito largaram os pruridos de consciência.

Sócrates tem a consideração pela democracia de um tiranete sul-americano e age sobre a liberdade de imprensa com a desfaçatez de um Berlusconi.

Mas, pelos vistos, as pessoas de bem do PS encarreiraram na arte de negar o carácter molhado da chuva: desmentindo a história do PS, preferem os ganhos imediatos do partido aos interesses do País.

Só isso traz alguma luz às singulares declarações de Alberto Martins, aos silêncios de António José Seguro e de Jaime Gama, entre outros.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

AI BENFICA, BENFICA

O Benfica empatou ontem com o Vitória de Setúbal, perdendo dois pontos (preciosos, vão ver!). Tenho dito na roda dos meus amigos que o Benfica perdeu gaz, está mais lento, não pressiona como o fez na primeira volta do campeonato, tem jogadores chaves em clara baixa de forma, mas mesmo assim vai ganhando. Mas não joga o suficiente para garantir aquela superioridade que é necessária para abordar o resto do campeonato. No entanto, os jornais e meia-dúzia de jornalista continuam a engrandecer os feitos de pequenas vitórias e grandes pechas. Estes dois pontos vão ser fatais, pois o Porto e o Porto B (Braga) estão à perna e o "sistema" ainda não está desactivado. Se o Benfica não activar a forma do Máxi, do David Luiz, do Javi Garcia e de mais um ou dois, o retorno do investimento feito sré zero. Do Cardozo não falo, pois apesar de ter 16 golos. poderia ter o dobro se fosse um ponta de lança a sério. Aguardemos.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

CARTA AO GANDA ZÉZITO

Permite que te trate assim, pois embora não andássemos na mesma escola, também eu tirei o curso na universidade do Intendente, o exame do meu inglês técnico, feito em meia folha de papel de embrulho, que enviei ao reitor meu amigo no dia de Natal, foi altamente classificado devido ao meu inglês das docas, com cheirinho a camones e prostitutas que frequentavam a universidade do Cais do Sodré em dias das chegadas dos américas lá para os lados de Alcântara, onde vais implementar um jardim de contentores. Não penses que escrevo a pedir algum favor, não, apesar de ter um filho arquitecto, que bem precisaria que lhe desses umas lições de desenho e lhe ensinasses a projectar umas casitas, mas não quero esse favor pois sei que não fazes favores a ninguém. Como há emprego com fartura também podia recorrer à tua pessoa, para lhe arranjares um tachito no novo aeroporto, pois com a aprendizagem dos teus projectos ele faria um figuraço, ou no TGV, desenhando linhas, curvas e contra-curvas como só tu sabes fazer, ou ainda nesta ou naquela alteração ao freeport, mas caramba, tu não conheces lá ninguém e favores destes não se pedem a uma pessoa íntegra como tu. Pois Zézito, escrevo-te porque ando angustiado, penso que é mais um problema de informação que me atormenta, esta malta das cabalas, jornaleiros de buraco de fechadura, bombardeiam-me com notícias falsas, escutas indevidas, programas de televisão travestidos de mentiras. Ó meu caro Zézito, é tempo de fazeres qualquer coisa, porque não telefonas ao Armandito e lhe pedes para arrumar com os gajos?! Porque não mandas calar a SIC, a TVI, o Sol, o Correio, e todos os pasquins das mentiras? E na molhada junta a Manelita mais o eduardito, o zé manel e o Márito. Vá Zézito, não tenhas medo, estamos em democracia, podemos fazer tudo aquilo que quizermos.
Um abraço deste teu admirador,

Zé Povinho

LAMENTA?

Com a devida vénia, aqui transcrevo parte das afirmações de José Sócrates ao Correio da manhã.
Devo no entento colocar a segunite questão: E nós portugueses não lamentamos esta democracia (com d pequeno) ? E nós portugueses, não lamentemos um primeiro-ministro ( com p m pequeno) deste quilate? E nós portugueses não lamentamos que nos últimos 15 anos de governo socialista, (com dois e pouco de interregno Psd) nos tenham mandado para o buraco ( não o da fechadura) pantanoso onde vivemos? Lamenta? Nós é que lamentamos que com tudo o que se tem passado, o senhor 1º ministro não tenha ido à vida ( o que já não era mau para ele). Um último apontamento para o presidente (também com p pequeno) que navega à tona este barco desgovernado: num barco à deriva, sem leme, sem velas, sem rumo, para que serve o comandante?






06 Fevereiro 2010 - 13h08

Primeiro-ministro diz que são conversas privadas

Sócrates: “Lamento esse jornalismo de buraco da fechadura”

O primeiro-ministro José Sócrates não quis comentar este sábado o teor das escutas que foram divulgadas no âmbito do processo Face Oculta, referindo um plano do Governo para controlar os meios de comunicação social, por entender que se tratam de conversas privadas.

“Acho lamentar que esse jornalismo, que considero de buraco da fechadura, baseado em conversas privadas, se faça com o objectivo para atacar pessoas”, disse à margem da adjudicação dos concursos de Redes de Nova Geração nas zonas rurais do Alentejo, em Terreiro do Paço Ducal, Vila Viçosa.

“Não contribuo para essa infâmia”, acrescentou, referindo ainda: “Era o que faltava que ficasse na posição de comentar conversas privadas.”

A CAPOEIRA DOS PINTOS

Há muito tempo que venho falando e escrevendo que há por aí muitos pintos à solta neste "chiqueiro" que se tornou Portugal. A capoeira que existe neste quintal, tem muitos poleiros apetecidos e para se trepar não há nada como dizer amén ao galo da "pandilha" (amén e não só). O Sol ontem brilhou, e pela manhã, o Correio abriu-se radiante: A face não está tão oculta como muitos pensaram. Um pinto por estes dias passados (nunca me enganou) veio à tona, "não há nada, não há nada" disse, mas face ao explendor do Sol, ai há, há. E agora, senhor Galo-mor deste deste quintal à beira-mar emporcalhado? Metemos a cabeça na... ou por uma vez por todas damos uma vassourada nestes pintos todos que há 15 anos nos tentam passar a asa?

NINGUÉM ME OUVE

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

É ISTO DEMOCRACIA?

O texto de Mário Crespo que não foi publicado

O Jornal de Notícias não publica hoje a habitual crónica de Mário Crespo. O texto de opinião aborda um encontro, onde Crespo foi referido por membros do Governo como um «problema» que tinha de ter «solução».

O texto de Mário Crespo que não foi publicadoO Fim da Linha

Mário Crespo

Notícias Relacionadas

Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento.

O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa.

Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal.

Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o.

Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos.

Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados.

Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre.

Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009.

O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu.

O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”.

O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”.

Foi-se o “problema” que era o Director do Público.

Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu.

Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.

Nota: Artigo originalmente redigido para ser publicado hoje (1/2/2010) na imprensa.