terça-feira, 27 de julho de 2010

PLANO INCLINADO

Semanalmente, pelas 10 hora da noite, continuo a ser fiel a este programa da SIC Notícias. Mário Crespo, Medina Carreira e os seus convidados, Nuno Crato e João Duque continuam a dissecar um País sem rumo. Forte e feio é o mote, mas ninguém quer saber. Os sem-vergonha continuam no poder a saborear o pouco doce que ainda temos e a largar o fel para cima dos mesmos. Portugal e os Zéz deste país à deriva e os "chicos espertos" a mamar na teta da cornélia.

TEMPO DE FÉRIAS

O verão está aí, forte e quente, que deixa o povo atordoado. As férias chegam mas o Zé não parte, isto não está para modas, a Espanha e os Brasis são para poucos, o Algarve para uma minoria, fica a Caparica e as praias da linha para os sulistas e a Foz, o Castelo do Queijo e a Póvoa para os nortistas. Vá para fora cá dentro, diz Cavaco Silva, mas o Zé só tem dinheiro para ficar na "barraca". E fica bem, liga a Tv, ouve as cavacadas, as tretas do pateta alegre, os passos do coelho a querer sair da toca, o stress da banca, o Zézito na maior, no seu país das maravilhas, nada é com ele, não se freeporta nada, não se lhe oculta a face, não se escuta nada porque tudo foi reduzido a cinzas, como afinal parece ser o destino deste pequeno terreno à beira-mar atolado. Mas nada está perdido, vem aí o veneno de Salazar: a bola! A bola que rola e não se atola, que salta por cima da malta, que pula e avança por cima dos apitos dourados, por cima dos tribunais que não "tribunam" nada, por cima dos pintos, dos loureiros que não sofrem nada, porque afinal quem paga é a "jabulani" que é torta e enviezada como ninguém. Vá rapaziada é fartar vilanagem que o povo é sereno!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

GOSTAR OU NÃO GOSTAR

Gosto de safio e de eirózes, não gosto de Queirozes ou melhor, só gosto do Eça do outro não. Mas gosto do Carlos, o da Maia, dos Maias do Eça, mas não gosto do outro, o professor, o doutor, o sabedor a quem, tantos, loas lhe cantam. Prefiro "o mistério da estrada de Sintra" ao mistério das substituições; gosto mais dos Maias do que os meninos de todas as Damaias, Covas da Moura ou bairros de Santa Filomena; não troco a Relíquia pela relíquia vedeta com ar de zangada; exulto mais com a tragédia da rua das flores e choro com a tragédia ou tragicomédia que foi a estratégia do senhor pensante; e finalmente por entre as cidades e as serras descubro A Capital, incomensuravelmente melhor do que o capital de burrice com que o senhor mandarim da coisa nos brindou.

O MENINO SEM MÃE

Todos tiveram pai, todos tiveram mãe, mas agora acontece que nas malhas que a fama tece, há um menino de pai e de mais ninguém. Este país que não permite filhos de pais incógnitos recebe o menino sem mãe, vindo do país das liberdades, com um passaporte atrelado à fama, com nome de pai, sem nome de mãe. Um filho feito de imagem, à medida, com atestado à partida de ser filho famoso de um pai sem coragem para assumir uma família. Um dia, este filho da mãe, ao enfrentar as malévolas perguntas dos meninos da escola, não terá resposta e poderá com manifesta maldade ser apelidado de filho de outra coisa.