POEMA DE EUGÉNIO DE ANDRADE
Do livro Obscuro domínio
O silêncio
Quando a ternura
Parece já do seu ofíicio fatigada,
E o sono, a mais incerta barca,
Inda demora.
Quando azuis irrompem
Os teus olhos
E procuram
Nos meus navegação segura,
É que te falo das palavras
Desamparadas e desertas
Pelo silêncio fascinadas
Presente de Páscoa
Há 12 anos
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