Permite que te trate assim, pois embora não andássemos na mesma escola, também eu tirei o curso na universidade do Intendente, o exame do meu inglês técnico, feito em meia folha de papel de embrulho, que enviei ao reitor meu amigo no dia de Natal, foi altamente classificado devido ao meu inglês das docas, com cheirinho a camones e prostitutas que frequentavam a universidade do Cais do Sodré em dias das chegadas dos américas lá para os lados de Alcântara, onde vais implementar um jardim de contentores. Não penses que escrevo a pedir algum favor, não, apesar de ter um filho arquitecto, que bem precisaria que lhe desses umas lições de desenho e lhe ensinasses a projectar umas casitas, mas não quero esse favor pois sei que não fazes favores a ninguém. Como há emprego com fartura também podia recorrer à tua pessoa, para lhe arranjares um tachito no novo aeroporto, pois com a aprendizagem dos teus projectos ele faria um figuraço, ou no TGV, desenhando linhas, curvas e contra-curvas como só tu sabes fazer, ou ainda nesta ou naquela alteração ao freeport, mas caramba, tu não conheces lá ninguém e favores destes não se pedem a uma pessoa íntegra como tu. Pois Zézito, escrevo-te porque ando angustiado, penso que é mais um problema de informação que me atormenta, esta malta das cabalas, jornaleiros de buraco de fechadura, bombardeiam-me com notícias falsas, escutas indevidas, programas de televisão travestidos de mentiras. Ó meu caro Zézito, é tempo de fazeres qualquer coisa, porque não telefonas ao Armandito e lhe pedes para arrumar com os gajos?! Porque não mandas calar a SIC, a TVI, o Sol, o Correio, e todos os pasquins das mentiras? E na molhada junta a Manelita mais o eduardito, o zé manel e o Márito. Vá Zézito, não tenhas medo, estamos em democracia, podemos fazer tudo aquilo que quizermos.
Um abraço deste teu admirador,
Zé Povinho
Um abraço deste teu admirador,
Zé Povinho
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