sábado, 17 de setembro de 2011

BART 1924

Hoje foi o dia do almoço convívio dos camaradas da Ccs do Bart 1924 que nos anos 1967 a 1969 acamparam por terras de Angola, nas povoações de Cuimba e Maquela do Zombo, hoje por hoje, cidades da nova Angola. O último convívio organizado por mim, pelo João Teixeira e pelo Cerejo foi em 2006 no CAS RUNA, centro de apoio social do exército, localizado em Runa-Torres Vedras. Agora, o Patrício, o Victor, e o Ângelo Almeida, tomaram a iniciativa e em menos de um mês puseram de pé esta almoço, realizado em Leiria, no restaurante a grelha. E em menos de nada, aí pelas dez da manhã começou a chegar a "malta" da velha guarda. Uns reconhecíveis, outros, mais gordos, outros carecas e muitos, muitos de cabelo branco a pintar as cabeças onde em tempos de guerra assentavam as boinas e os quiques esverdeados e também aquele pó encarniçado que "alcatroava" as picadas que nos levavam à guerra. Devido a algumas circunstâncias o camarada mais graduado neste convívio foi o Sargento-mor Carlos Silva. O sorja Silva, mecânico e baterista no nosso conjunto musical "os arietes", foi assim eleito o comandante desta "tropa", armada de garfo e faca, de dentes afiados e conversa fiada até às tantas da tarde.

sábado, 3 de setembro de 2011

PESSOAS DE QUEM EU GOSTO

Este país ainda tem gente de valor. De vez em quando aparecem na televisão e falam com aquela sabedoria dos homens de valor. Tenho referidos alguns aqui neste blog, hoje vou falar de um, que tenho acompanhado nalguns colóquios e conferências que o El Corte Inglés tem levado a efeito sobre diversos temas. António Barreto foi hoje falar a uma conferência de jovens do PSD, e mais uma vez demonstrou a sua sensatez na análise aos problemas do país. Vale a pena ouvir António Barreto, pena é que não o oiçam! Portugal tem homens capazes, mas infelizmente a maioria dos que nos governam são homens pequenos.

sábado, 27 de agosto de 2011

E O BURRO SOU EU?

luxo. Hábitos e extravagâncias da elite em Luanda
Têm muito dinheiro e gastam muito dinheiro. Em casas, barcos, aviões
particulares, compras e festas - por tudo e por nada. Sete mil euros numa noite?
É normal. Setecentos mil numa festa de anos? Também. Por Isabel Lacerda
COMO VIVEM os

RICOS
na cidade mais

cara
do mundo
A colecção de
casas, os bairros elitistas e a multidão de empregados
O carro circula na zona mais nobre da cidade. Bem no centro de Miramar, o condutor abranda, baixa um dos vidros escurecidos e anuncia-se. O segurança privado, armado com uma metralhadora AK47, repete o nome para um walkie-talkie. Dentro dos muros altos que rodeiam a moradia de sete quartos, alguém confirma que a pessoa é esperada e autoriza a entrada. Lá dentro estão outros cinco ou seis seguranças. E no acesso à garagem podem estar seis viaturas, todas de luxo, todas da casa, onde moram quatro pessoas.
A frota familiar inclui um BMW, um Audi, um Range Rover, entre outros carros topo de gama. Os automóveis podem ser conduzidos pelos proprietários ou por um dos cinco motoristas: um para o pai, outro para a mãe, um para os assuntos da casa, como levar as empregadas às compras, e dois para os filhos que ainda lá moram - os outros três já saíram de casa e têm carros e motoristas próprios.
A família não dispensa a ama, para quando os netos lá vão, e a equipa de empregados completa-se com um jardineiro, uma cozinheira, uma lavadeira para tratar da roupa e três mulheres para "limpar e arrumar", como explica o membro desta família que falou com a SÁBADO, mas prefere manter o anonimato. Por motivos de segurança e de discrição, admite apenas apresentar-se como filho de dois empresários, um dos quais ligado "ao partido" - o MPLA, evidentemente.
Esta família tem ainda duas casas em dois condomínios privados de luxo em Talatona, na zona sul de Luanda, mais uma na primeira linha de praia na ilha do Mussulo; outra em Lisboa (onde um dos filhos estudou), mais uma em Londres (onde estudou um segundo filho) e outra na África do Sul ("para fins-de-semana ou para quando vamos ao médico"). Somando, o pessoal de apoio mínimo necessário em cada uma (seguranças, empregadas, motoristas, conforme os casos), são "pelo menos 15 a 20 mil euros por mês", só para empregados.
Parece extraordinário, mas, em Luanda, não é. Mais casa, menos casa, mais carro, menos carro, mais empregado, menos empregado, este é apenas um de muitos exemplos de como vive a elite angolana na cidade mais cara do mundo. Pelo segundo ano consecutivo, Luanda ganhou a todas as outras 214 cidades avaliadas pela consultora Mercer, no maior estudo feito sobre o custo de vida para os trabalhadores estrangeiros. Ao contrário destes, os membros da alta sociedade não precisam de arrendar casa pelos preços exorbitantes praticados na capital angolana, mas compram-nas, várias, nas zonas mais exclusivas e caras.


LUANDA


ANGOLA TERRA PROMETIDA

Angola, Terra Prometida

ANGOLA

Angola de ontem , Angola de hoje. Durante a minha curta estadia de férias no Algarve, li o livro de Ana Sofia Fonseca "Angola terra prometida" que narra a vida que os portugueses deixaram. Nessa mesma semana saiu a revista Sábado, com o título " Luanda, a vida de luxo na cidade mais cara do mundo". Aconselho todos os meus amigos a lerem estes dois documentos. E como diria Scolari: e o burro sou eu?...

quinta-feira, 28 de julho de 2011

CUIMBA

Foi aqui nesta pequena aldeola que vivemos ano e meio. Um aquartelamento sem grades, sem redes, sem fronteiras. Três ou quatro casas coloniais, uns quantos barracões de chapa zincada e o capim por vedação. O mato por ali era mato. Ao longe a serra da Canda como cenário. A avenida da Liberdade atravessava o aquartelamento, com o seu pavimento de areia avermelhada, começando no términus da picada que vinha de S.Salvador e terminando na picada que seguia para Coma e Luvaca, poisos dos aquartelamentos que albergavam outros militares, outras companhias. Mais tarde o nosso batalhão construiu um aldeamento para os nativos. Hoje Cuimba está diferente, é uma vila com milhares de habitantes, vindos do Congo e de outra regiões, fugidos da guerra fraticida que se estabeleceu. Aquelas casas coloniais estão hoje destruídas e milhares de cubatas invadiram Cuimba. Espero publicar em breve imagens do google terra que permitem ver a realidade destra terra do norte de Angola.

CUIMBA 1967 /1968

http://www.prof2000.pt/users/secjeste/arkidigi/Angola/Cuimba/Cuimba004.jpg

terça-feira, 21 de junho de 2011

A GUERRA COLONIAL

Se tiverem o cuidado de ir à minha página do facebook constatarão que a foto que lá está, foi retirada duma fotografia do meu batalhão aquando da nossa partida para Angola. Ali, no cais da fundição em Santa Apolónia, nos alinhámos para as despedidas dos pais, dos familiares, dos amigos e também do solo pátrio. Como éramos jovens e como éramos todos bons rapazes... dali partimos em 1967 no navio "Niassa" e uns bons metros mais à frente no cais da Rocha de Conde de Óbidos, chegámos em 1969 a bordo do navio Império. Fomos à guerra e voltámos. Cinquenta anos passados do início das convulsões é bom lembrar que houve guerra, para o bem e para o mal, aconteceu, e atingiu grande parte da nossa juventude, homens e mulheres, mães e pais, namoradas que ficaram, esposas que partiram. Vamos lembrar.

O FACEBOOK E A GUERRA COLONIAL

Não tenho ligado muita importância ao facebook mas agora que um amigo meu "postou" fotografias da guerra colonial, tenho levado o tempo a comunicar com alguns camaradas que comigo estiveram em Angola. É o tempo de recordar e lembrar que estamos vivos. Agora, tenho que ir ao meu baú de recordações e vasculhar velhas fotos para colocar no face e no blog.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

50 ANOS DE GUERRA

Angola 1961.Faz agora cinquenta anos que começou a guerra no ultramar. Uma guerra esquecida por um país inteiro mas lembrada por aquela meia-dúzia que deu da sua juventude a sua quota-parte. Mas há quem queira relembrar a este país que houve uma guerra. De Coimbra veio o grito, do CES, Centro de Estudos Sociais, da Universidade, a acção. A pesquisa e a recolha de material poético para memória futura. Assim nasceu a "Antologia da memória poética da guerra colonial". Graças ao trabalho de uma vasta equipa chefiada pela Drª Margarida Ribeiro foi possível reunir centenas de poemas de guerra, seleccionados, tratados e inseridos nas 646 páginas que esta antologia nos oferece. É uma honra para mim estar representado nesta obra, ao lado de grandes vultos da poesia portuguesa, os que por lá andaram, os que por cá ficaram e os outros que fugiram da guerra. Fernando Pessoa, Sophia de Mello Breyner, Fernando Assis Pacheco, Fiama Pais Brandão,António Gedeão, Manuel Alegre, Jorge de Sena entre outros, são alguns dos poetas que marcam este livro. A minha memória também lá está.

domingo, 15 de maio de 2011

A MALTA DA AMADORA

A cidade da Amadora já não é o que era. Lá vai o tempo que o Recreios da Amadora, o ring de patinagem, a havaneza e até a Ninfa eram locais de "culto". Hoje, ciganos, pretos, romenos e outras etnias ocupam o centro da cidade. A gente da Amadora, aqueles que aqui nasceram, que frequentaram o Alexandre Herculano e o Mestre de Avis, partiram há muito para outros lugares. Foram à vida, mas ficou aquele resto de saudade, e de vez em quando dão um salto à infância. Não é de entranhar pois, que um grupo de carolas se lembre de fazer de quando em vez, um almoço, para juntar à mesma mesa "a malta" e reviver o passado, contar o presente e para todos eles, não pensar no futuro.
Foi o que aconteceu ontem, Sábado, num restaurante de Tala, ali para os lados de Belas, onde se reuniram mais de setenta destes pioneiros amadorenses. Um obrigado ao Félix, mais conhecido pelo pássaro, que teve esta trabalheira toda. Voltarei ao assunto.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

CORTES?

Toda a gente fala agora nos direitos adquiridos. Toda a gente fala mas sempre com o Zé na mira. Eu cá por mim não me importo desde que o corte seja para todos, assim:

- que tal termos só 150 deputados?
- que tal a reforma dos deputados ter eficiência apenas quando forem para a reforma com a mesma idade do Zé (65 anos) ?
- que tal toda a gente ter apenas 2 empregos?
- que tal acabarem com as secretárias, assessores, consultores e outros doutores?
- que tal refazerem as reformas daqueles meninos que têm várias, por terem trabalhado um ano ou dois em qualquer "boteco" e transformar esses grandes tachos, numa só reforma no fim do tempo limite de trabalho?
- que tal acabar com um sem número de fundações e institutos que só mamam à conta?
- que tal acabar com a renovação das ditas "bombas"?
- que tal acabar com os cartões de crédito, as ajudas de custo e outras tetas que só depauperam a "Cornélia"?


e não venham com a treta de que os direitos adquiridos são só para nos baixarem a reforma e tirar os 13º e 14º mês.

ELEIÇÕES

Não quero acreditar no dizem as sondagens! E se no dia da prova dos nove, Sócrates vier à tona, desde logo peço a minha demissão de português, vou filiar-me noutro país ou vou para a terra do meu pai, os Açores, faço uma revolução e torno o arquipélago independente! Este país tem o povo que merece.

sábado, 16 de abril de 2011

AI A CRISE

Uns quantos senhores pintam a manta
mas o que me surpreende e espanta
é que uns vão de férias p/manta rota
e os outros estão na banca rota

PORTUGAL

Há meses veio a drª Manuela Ferreira Leite dizer aos portugueses que era melhor fechar a democracia por seis meses e dar a volta a isto. Caíu o Carmo e a Trindade! Hoje, o ilustre advogado e manda- chuva da respectiva ordem, Marinho Pinto, vem dizer-nos que seria bom fechar a porta da democracia por um dia, fazendo greve às eleições. Fico à espera das respectivas reacções. No entanto, lá por cima, no assento etéreo, o senhor António deve estar a dar umas boas gargalhadas, ele que era um adepto incondicional da não-democracia.

terça-feira, 8 de março de 2011

A QUESTÃO CEREALÍFERA

Retirado do livro: Salazar, uma biografia política


"Portugal deveria tornar-se auto-suficiente em cereais, especialmente trigo, fazê-lo era um imperativo económico e financeiro"

" em todo o caso, toda a dissertação sugeria uma preferência pela agricultura como principal fonte de riqueza da economia portuguesa"

" Portugal não podia continuar a importar mais do que exportava. Portugal tinha de se manter a si próprio, produzindo aquilo que consumia e encontrando mercados para as suas exportações."

A QUESTÃO CEREALÍFERA

SIMPLESMENTE A LETRA "A"

O que mudou realmente no antes e depois de Abril foi efectivamente a letra "A"

antes: DEUS, PÁTRIA, FAMÍLIA

depois: ADEUS, PÁTRIA, FAMÍLIA

AINDA ONTEM E HOJE

De ontem:
"Educar é dar a Deus bons cristãos, à sociedade cidadãos úteis, à família filhos ternos e pais exemplares"

De hoje:
"Educar é dar ao país ateus, à sociedade cidadãos inúteis, à família filhos drogados e pais separados"