quarta-feira, 19 de outubro de 2005

A GRIPE



Gripei no tempo! Não pelo frio que se arremessa ou pelas folhas que vão caindo, mas sim pelo rendilhado de palavras que diariamente nos lançam e perturbam. Vem aí a gripe das desgraças, das contaminações, das pandemias- dizem uns- é preciso matar, esfolar, vacinar, não tocar em aves, não comer aves, não esvoaçar com as aves. Outros, que não senhor, é preciso ter calma, a coisa não se pega para humanos, só quem lida com os animais é que deve ter cuidados. Então encomendamos milhões de vacinas. Então somos milhões a lidar com galináceos.
Vem aí a gripe nos vôos migratórios das aves turistas que percorrem o mundo. E os nossos caçadores esperam por elas, escondidos nas moitas, agachados nas albufeiras e barragens prontos a disparar. Estou a ver depois da queda da caça, o caçador de máscara e luvas brancas a prender o animal, com muito cuidado junto ao fato especial que comprou para o efeito ou ainda mais refinado, ver o cão de máscara na boca, tipo preservativo, para poder abocanhar as aves sem perigo para a sua vida.
E as vacinas que não vacinam nada estão esgotadas e as outras que podem ou não ter efeito só as teremos no segundo semestre de 2006. E entramos agora no mundo dos ses. Se houver gripe se houver mutação, se houver aves, se houver humanos, se houver pandemia.
Haja pandemia ou não este país é um pandemónio.

1 comentário:

julio mira disse...

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