sábado, 5 de novembro de 2005

POEMA DE EUGÉNIO DE ANDRADE
Do livro Obscuro domínio



O silêncio



Quando a ternura
Parece já do seu ofíicio fatigada,
E o sono, a mais incerta barca,
Inda demora.
Quando azuis irrompem
Os teus olhos
E procuram
Nos meus navegação segura,
É que te falo das palavras
Desamparadas e desertas
Pelo silêncio fascinadas

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