quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006

TATE MODERN


Galgar a cidade para sul, sair no underground de Mansion House, percorrer algumas centenas de metros sob um frio de - 4º, atravessar o Tamisa pela Southwork bridge com um vento de cortar só podia ser por uma boa causa: a Tate Modern! Londres tem quatro versões da Tate Gallery, o tempo só deu para visitar parte da Modern, onde se encontra uma vasta colecção de arte contemporânea. Não falarei hoje de Matisse, de Picasso ou de tantos outros pintores famosos que fazem parte do espólio da Tate, o meu deslumbramento vai para os expressionistas abstractos ali representados, nunca tinha visto tamanha representação duma pintura que me apaixona: Pollock, Newman, Still, Franz Kline, De Kooning e sobretudo Marc Rothko, com uma sala só para si, representado numa mão cheia de enormes telas, derramando emoções e extensões de cor que extravasam os quadros e nos remetem para uma profunda calma interior. Sentado no banco corrido a meio da sala, à média luz, mastiguei lentamente as sensações quentes e profundas que pairavam no ar.
Uma palavra para quatro pintores que eu não conhecia e vão merecer uma análise mais cuidada:
Cy Twombly e as suas quatro estações, pintadas em quatro enormes telas, a argentina Eilleen Agar e a autobiografia de Embryo, Constant com after us, liberty e Philip Guston com a tela de 1956 The return.
Uma tarde fria e cinzenta que foi aquecida pelo génio da pintura. Voltarei à Tate, aqui, para lembrar outros pintores representados no museu e voltarei a Londres para, então sim, percorrer a rota das quatro Tates.

Sem comentários: