terça-feira, 9 de maio de 2006

MATERNIDADES




Fechem-se maternidades dizem uns,
abram-se maternidades dizem outros
faltam médicos, há médicos a mais, há crianças a menos
querem é matar a gente, vamos todos a Lisboa
Fala o povo, fala o ministro, fala o Presidente da Câmara
fala o médico e a ordem e a desordem também
grita a mãe, a criança e a avó
agita-se a assembleia, o partido, o governo cala
o deputado protesta, o padre proclama
ergue-se o gesto, o desvario
incendeia-se a chama
e o governo nem pio
Cantam os galos de Barcelos
excitam-se os de Santo Tirso
e os de Torres e outros que mais
e os de Elvas ó Elvas erguem bem alto a voz
e vem de lá então o governo e diz:
querem criancinhas de caracóis?
pois vão todos para Badajoz
para terem filhos espanhóis!

1 comentário:

Anónimo disse...

Se calhar em Badajoz até são mais bem servidos e atendidos. Num sábado, fui ao Amadora-Sintra com uma cólica renal, deram-me os analgésicos habituais e mandaram-me embora com a receita dos mesmos análgésicos só que se esqueceram de receitar o medicamento para evitar os vómitos. Passei o domingo a vomitar, resolvi ir aos Vigilantes que funcionavam até às 6H, cheguei lá já não estava ninguem. Esperei por 2ª.feira para me atenderem numa urgência ao fim do dia e então lá me receitaram o tal medicamento esquecido pelo hospital. A pedra não saía, comecei a ter febre e na sexta lá fui outra vez aos Vigilantes e tive de me impôr para ser atendida. Queixei-me de fortíssimas dores de cabeça. Lá me receitaram um antibiótico e lá fui para casa até que eu mesma descobri que as dores era devidas a um dos medicamentos. Voltei ao médico (um especialista) que me confirmou logo que as dores eram do medicamento (os 2 médicos anteriores não viram) e disse-me que se fosse ele a consultar-me quando me queixei de febre me tinha enviado logo para o hospital porque estava em risco de vida. Se eu tenho ido a Badajoz provavelmente não tinha passado 9 dias dolorosos e não tinha corrido risco de vida...
Clara