quarta-feira, 23 de abril de 2008

POEMA QUARENTA E CINCO

Não sei mais nada
a não ser que o pássaro negro
partiu há muito
deixando as árvores
para as novas aves migrantes
de arribação umas
de rapina outras
que fazem ninhos de mel
nas margens da nossa imaginação

Não sei mais nada
a não ser que nesta seara
campo quase milenário
só alguns mordem o trigo
e os outros engolem o joio

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