segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

DIA DOIS, POEMA QUATRO

GEOGRAFIA


Sentem-se as areias movediças debaixo das estruturas
o esqueleto balança prestes a se afundar e não sei
se esta dança de visões apocalípticas futuras
sejam no final a realidade que no futuro encontrarei.

A nossa geografia desfez-se para nosso desencanto
de padrão em padrão o mar não é mais nosso
de Camões aos lusíadas não há mais canto
do império que éramos não somos mais que um esboço.

Somos do império restante este pequeno nada
mortalmente encostados ao sul, globalizados
somos apenas marinheiros de palavra acabada
e acabaremos colonizadores escravizados.

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