sábado, 5 de janeiro de 2008

O LIVRO TEMPO PER VERSO 3



Confesso que tive medo! Eram três da tarde e caminhei em passos apressados, fugindo à chuva, para a Galeria Artur Bual na Câmara Municipal da Amadora, onde estava previsto se realizar pelas 16 horas o lançamento do livro "Tempo per verso 3" da nossa tertúlia poética. E tive medo porque à chegada só encontrei os quatro elementos dos U'Tópicos, os jograis que iam dizer a nossa poesia, a Cecília Neves, responsável da Biblioteca Municipal, e mais dois ou três elementos da Tertúlia. Tive medo porque o evento já tinha sido marcado para outra data e desmarcado porque não tínhamos ainda o livro; porque os convites foram em cima da hora; porque com uma tarde chuvosa e as festas natalícias ainda frescas, as pessoas podiam não comparecer. Esta dúvida continuou tempo fora, mas perto da hora marcada, de repente, a sala começou a encher-se e foi necessário até recorrer a mais cadeiras para poder sentar toda a gente. Suspirei de alívio, eu e a Cecília Neves, pois para quem realiza o evento e para quem lança o livro é sempre penalizante ter uma casa vazia. Mas não, a sala encheu-se, (mais de cem pessoas) falou quem tinha de falar, disse poesia quem sabe do métier, e ficámos todos orgulhosos de ter realizado uma bonita sessão de poesia. Para a história deste nosso terceiro livro aqui ficam as palavras que, por motivos vários tive que dizer:


Boa tarde, agradeço a todos a vossa presença, e queria para começar, citar uma frase de José Carlos Ary dos Santos, retirada da canção "A desfolhada" interpretada pela Simone de Oliveira, " Quem faz um filho fá-lo por gosto". Ora este filho que aqui temos foi feito com muito carinho por este grupo de pais-avós que não desistem destes actos de amor. Mas foi uma gravidez dificil, num país onde se fecham maternidades e tudo se torna mais caro, não tivemos outra alternativa senão fazer nascer esta criança no outro lado da fronteira, em Espanha. Mas como diz o ditado "de Espanha nem bons ventos, nem bons casamentos" e neste caso, "nem bons ventos, nem bons nascimentos". Foi um parto dificil, com todas estas tecnologias modernas , passámos o tempo em telefonemas, em email's, em mensagens e o baptizado marcado para 15 de Dezembro, com tudo pronto e convites enviados. por questões técnicas o livro só chegou 3 dias depois da data. Foi um parto tirado a ferros , e como tal, deixou sequelas, pequenas é certo e por isso pedidos desculpas a todos. Este livro foi um trabalho de um ano de reuniões na Biblioteca Municipal e no restaurante "O Fernando", em que se tinha de fazer poesia subordinada a tema, mas no entanto penso que faltou um tema: "o imprevisto" não só pelo que se passou anteriormente mas também pelo telefonema que recebi ontem à noite onde me foi dito que "os padrinhos" que deviam de estar aqui no meu lugar a falar, estavam doentes e não podiam comparecer. Assim, fiquei com a criança nos braços, mas o baptizado vai continuar e por isso passo a palavra ao Manuel Diogo, que dirá algumas palavras e poesia também. Obrigado.

1 comentário:

Anónimo disse...

Lá diz o ditado, há males que vêm por bem... Talvez a apresentação do nosso 3º. rebento não tivesse sido o êxito que foi se tudo tivesse corrido direitinho. Parabéns pelo seu empenho e pelo seu trabalho. Em poucas palavras conseguiu dizer tudo e de uma forma leve e graciosa. Foi bem ao jeito da sua poesia.
Muito obrigada!
M.Clara