terça-feira, 8 de janeiro de 2008

POEMA SETE



Não tenho tempo nem época
essa ampulheta da vida esvaziou-se nesse deserto
que construí em dias contados
e se misturou nesses grãos de areia que teimam
em emperrar a engrenagem

E se a maresia me trouxe uma miragem
foram apenas imagens de um rio
que nunca chegou a ser mar
e se transformou em tempestades
que me delimitaram a viagem

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