quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

POEMA VINTE E DOIS




Já não somos fronteira.
Nem raia, nem mar param o caudal
que transvaza do pote da precaridade.
Somos as praias onde desembarcam
à descoberta de novos brasis
os descendentes de Cabral.
Mas não vieram os reis
nem o clero, nem os nobres
apenas chega a tropa fandanga
Sertão de pobres
baía de vulgaridade
E nós não sendo já fronteira
sonhamos com D.Pedro
e o seu grito do Ipiranga.

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