segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

POEMA TREZE




Quantas vezes as tempestades
irromperam nos castelos das nossas naus
varrendo o convés da proa à ré
Adamastores em fúria tentando derrubar a marinhagem
e os homens aguentavam as ondas desciam as velas
expulsavam as marés
e ressurgiam na crista dos oceanos vitoriosos

Quantas vezes as intempéries
percorrem hoje os frágeis fios que tecem
as velas do nosso descontentamento
são vampiros disfarçados de adamastores
que tentam afundar as nossas caravelas
neste oceano de desigualdades

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