sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

POEMA QUARENTA

Já não são as marés que desmaiam na orla do teu corpo
e escorrem em pequenos riachos para a reentrância do teu ventre
que adornam a minha nau
Já não são os ventos que se amainam nas encostas dos teus seios
e acariciam o aveludado dos teus cabelos
que enfunam as velas da minha caravela
Já não são as noites de luar que se projectam no teu rosto
e iluminam o teu sorriso
que inundam o porão do meu navio

São as tempestades que se avizinham que tornam este oceano tumultuoso
e levam esta frágil armada a naufragar

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