terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

POEMA TRINTA E SETE

Quantas vezes me sento na muralha junto ao rio e regresso
ao tempo da partida
descia então o rio aquele emaranhado humano que se acotovelava
na amurada do navio
e os nossos acenos descobriam junto ao cais as lágrimas de quem via partir
um pedaço da pátria o gentio
Quantas vezes me sento na muralha junto ao rio e regresso
ao tempo da chegada
subia então o rio aquele barco em cuja amurada
faltava alguém para responder à chamada

1 comentário:

Anónimo disse...

também me sentei junto à muralha e regressei aos dois tempos: Partida e chegada e revivi as lágrimas de angústia à partida e as de alegria quando respondi à chamada.
Um abraço
M.Clara