sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

POEMA TRINTA E UM

Abram as portas das prisões, soltem os criminosos
dêem-lhe esta liberdade envenenada e
prendam essa cáfila de pobretanas que se arrastam na miséria
à mingua, sem eira nem beira.
Construam novas prisões e aprisionem lá aqueles que ficam no desemprego
acantonem os jovens licenciados sem emprego
obriguem-nos a trabalhos forçados.
Encarcerem os reformados, esses velhos párias
que andam para aí a tomar conta dos netos
tirando miseravelmente essa função ao estado
que sobrevivem com essas pensões de luxo de duzentos euros.
Chaga social que exige remédios mais baratos, que ainda quer estudar
nessas universidades da terceira idade- oh luxo! -
gente que quer ter proveitos com os certificados de aforro
e invejam os pequenos lucros dos bancos.
Massa povo que não tem pena dos pedófilos nem do apito dourado!
Prendamos essa escumalha da classe média!
Que país é este que deixa em liberdade esta caterva de ignorantes
que forjam ilegalidades, manuseiam traficâncias, evidenciam corrupção e
pelo contrário ataca essa classe de gestores, administradores e outros doutores
que com os seus parcos recursos andam pela vida a estender a mão...

2 comentários:

Anónimo disse...

Boa...
M.Clara

Anónimo disse...

Cheguei aqui através de algo que temos em comum, o gosto por Aznavour. Tenho estado a dar uma leitura pelo seu blog, gostei, embora a música seja demasiado calma para o meu gosto e atendento ao conteúdo do blog (e note que sou pessoa da sua idade mais ou menos). Este poema, achei muito adequado à conjuntura actual. Parabéns. Maria Rita