segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

MADRID



Madrid, nove da manhã, hora local. Desembarcamos em Barajas depois de uma viagem calma de uma hora apenas. Como eu gosto. A procura das malas é um desespero, pela grandeza destes aeroportos, onde as distâncias a percorrer são sempre enormes. Espero que o nosso "Jamais" esteja um pouquinho mais organizado. Depois, a procura do metro e a viagem até à estação de Sevilla, na linha vermelha, depois de mudarmos em Colombia para a linha roxa e depois em Príncipe de Vergara para a linha vermelha. E eis Madrid, centro, rumo à gran via e ao hotel N10 Villa la Reina. Um hotel simpático de quatro estrelas, e duas espanholas atenciosas num check in rápido. Foi só um tempo para poisar as malas e partir à descoberta duma cidade desconhecida. Sexta-Feira, manhã cinzenta, uma multidão percorrendo as ruas, enchendo as lojas, os cafés, os bares, os restaurantes. Turistas de câmaras de filmar, de máquinas fotográficas, disparando foto atrás de foto. Um café e um cake num Starbruks de esquina, refaz a energia e leva-nos a galgar a Gran via até à plaza de España, percorrer a calle Baillén até ao Palácio real, tirar fotografias no jardim sabatini, passar pela Catedral de Almudena, ir até à plaza Mayor, ver as torres de los Luanes, correr a calle de Arenal e almoçar na Puerta del sol. Depois, passar pela Igreja de St. Cruz e pelo Palácio de St. cruz, ir até à calle de Alcalá, subindo até às puertas de Alcalá, passando pelo Banco de España, entrando na Plaza Cibelles, percorrendo o paseo de Ricoletos até à Plaza de Colon, vendo o Palácio de Comunicaciones, o palácio de Linares, a Biblioteca Nacional e o Museo Arquiológico. Depois de um sono de três horas apenas na noite anterior, a chegada ao hotel deu apenas para um ligeiro jantar e... cama. Acordar às oito, tomar o pequeno almoço e descer a gran via até à calle Alcalá, entrar na Plaza Cibelles e descer o paseo del Prado até ao Museo Thyssen. Ver Modigliani, encontrar aqui o português conhecido, da praxe, descer o paseo até à estação de Atocha, tão célebre e infelizmente conhecida, apanhar o metro até ao Campo de las Naciones e entrar na Feira de Arte Contemporânea-Arco, motivo principal desta visita. Três enormes pavilhões, centenas de galerias e dezenas de países representados numa mostra da arte que hoje se faz por esse mundo fora. Uma tarde inteira, num passo acelerado, para poder absorver toda essa substância artística. Milhares de pessoas, um almoço rápido, em pé, frente a frente a uma americana, directora de uma revista de arte, a um canto, junto de uma mesa sem cadeiras, num diálogo breve em espanhol e inglês, mastigando um bocadillo e uma cola. Voltar ao hotel, descansar um pouco e sair para uma volta pela noite, correndo à plaza Chueca, descendo a calle Montera com as suas meninas de mini saia, calças justas e preço na ponta da língua. Percorrer o Barrio dos Austrias, jantar por ali junto à barra de um bar na plaza del Calao. Manhã de domingo, cinzenta e mais fria, voltamos a descer Alcalá e o paseo del Prado, visitamos a estação de Atocha e rumamos ao Museu Nacional Rainha Sofia. Picasso está lá. Uma obra vastíssima que milhares de pessoas visitam. Em volta do Museu a agitação é grande, as filas também. Voltamos ao Paseo del Prado, subimos agora pelo lado contrário em direcção ao Prado. Hora e meia na fila para entrar, uma tarde para ver os grandes mestres, um almoço no museu e o resto do tempo para ir ao Barrio de Salamanca. O tempo chegou ao fim. Afinal ficámos a conhecer tão pouco de Madrid. Barajas está a quarenta minutos, o avião à espera e Lisboa a um passo. Voltaremos.

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